CAPÍTULO 5 - PÉSSIMAS LEMBRANÇAS & FAVORES

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   “ – Por quê? – Eu perguntava desesperada. – Por que insiste em fazer isso comigo? O que eu te fiz? – Minha voz saia embargada devido ao desespero e choro incontroláveis.
    - Cala a boca! – Sua voz grossa ecoava pelo cômodo.
    - Por favor, não me obrigue a fazer isso...
    - Eu já mandei você calar a porra dessa boca! Faça tudo que eu mandar, ou...
    Suas mãos nojentas percorriam pelo meu corpo, meu organismo correspondia aos seus toques me deixando com náuseas. Tudo que eu conseguia pensar naquele momento era nas diversas maneiras de acabar com a minha vida de merda. “


                         (+_+)


    Já se passaram duas semanas desde o desastroso jantar.       Naquela noite, Jin me trouxe pra casa, pois era caminho pra ele de qualquer jeito e blá blá blá.
    Meu telefone começa a tocar, Tzuyu, “que novidade”, rio de meu pensamento. Desde a notícia do casamento ambos os quatro estamos correndo pra lá e pra cá, em busca de deixar tudo pronto dentro de três meses.
    - Alô? – Atendo.
    - Seon Min! Ainda bem. – Ela diz do outro lado da linha, parecendo preocupada com algo.
    - Aconteceu alguma coisa?
    - Sim, preciso que você vá sem mim para a provação de bolos.
    - Mas não são vocês quem tem que decidir isso?
    - Deveria, mas... Você pode fazer isso por mim? Por favor...
    - Tudo bem, eu sou a madrinha, não é mesmo?
    - Obrigada! Sabia que podia contar com você.
    - De nadinha... – Digo sorrindo.
    - Só mais uma coisinha.
    - O quê? – Pergunto meio receosa.
    - Nada de damasco ou ameixa, por favor! Não quero meu noivo passando nossa noite de núpcias no banheiro...
    - Meu Deus! – Começo a rir. – Tudo bem, nada dessas coisinhas, anotado.
    - Você é um anjo! – Ela desliga.
    - Não, eu não sou... – Digo para mim mesma.
    Fecho meus olhos, involuntariamente mais lembranças me atingem.
    “ – Clara, você tem certeza sobre isso? – Namjoon pergunta.
    - Nunca estive tão certa sobre algo antes. – Respondi firme. – Você não sabe como é, Nam.
    - Como é o quê?
    - Ter medo de abrir os olhos, de respirar. Medo de acordar e ver que não é um maldito pesadelo, mas real. Eu me sinto sozinha, tudo o que eu quero é que esse sentimento de solidão suma. Quero poder ter um sonho comum, como as outras pessoas...”
    Sinto uma lágrima quente escorrer pelo meu rosto, libertando-me do transe. Minhas mãos começam a tremer e sem conseguir me conter, desabo. Mais lágrimas começam a trilhar minha face, sem forças para continuar em pé, me ajoelho espalmando uma mão em minha coxa e levando a outra até o meu peito.
    DIIING – DOOONG
    Escuto a campainha tocando e começo a me recompor de imediato. Seco meu rosto com as costas das mãos e vou em direção a porta para abri-la.
    - Oi! – Ele diz animado.
    - O quê está fazendo aqui?

Awake - Kim SeokjinOnde histórias criam vida. Descubra agora