Nanda Narrando
Como eu estava com o carro de Renan, passei em casa para pegar ele para irmos juntos ao enterro
Nanda: Pelo amor de Deus, fica na sua quando chegar lá
Renan: Só ele fica na dele que eu fico na minha
Nanda: Renan, lá não é lugar para ficar fazendo bagunça
Renan: Eu sei e digo isso para você também
Nanda: Eu vou ficar na minha, mas se me provocar eu falo mesmo
Renan: Não estou te entendendo - diz e balança a cabeça negativando
Nanda: To nervosa - digo ao entrar na rua do velório
Renan: Qual dos motivos você quis dizer?
Nanda: Vai se ferra - digo e estacionei o carro atrás do carro do meu pai que logo identifiquei
Descemos o carro e avistamos Gi também entrando
Começamos à chamar ela e ela nos esperou para entrar juntos
Giovana: Amiga - diz com a voz de choro
Nanda: Assim eu não aguento - digo sensível
Ficamos abraçados por um bom tempo até eu lembrar que Renan deve estar fazendo cara de paisagem do nosso lado então acabo o braço me distanciando
Eles dão um selinho, mas não aguentam e acabam se abraçando
Ouço pessoas se aproximarem e quando olho para trás vejo todo o pessoal do morro vindo em nossa direção pois iriam entrar
Uma conhecidência ou azar por todos chegarem junto
VL: Nanda - diz vindo com os braços abertos me abraçar
Abracei tão forte ele, parecia que estávamos anos sem se ver
Claro, tenho muitas saudades dele, aliás não estávamos mais se vendo todo dia como antigamente
Nanda: Não sei se choro de saudades ou pelo Menor - digo ainda em seu abraço
VL: Eu acredito que ele está em um lugar melhor
Nanda: Sim - digo e ele beija minha testa acabando com o abraço
Olho para o lado e vejo Manuela olhando aquela cena com uma cara de que estava achando fofo tudo aquilo
Faço uma cara de nojo e passo reto sem ao menos cumprimentar ela
Ergo os braços vendo Rafael todo vermelho de tanto chorar
RH: Eu podia ter impedido - diz e eu abraço ele
Nanda: Ele não morreu por causa da bala
RH: Não era a hora dele - diz e eu coloco seu rosto em meu ombro tentando acalma-lo
Nanda: Vai ficar tudo bem - digo e desfaço o abraço pois estávamos congestionando a entrada do cemitério
Olhei para o Pedro pois era o único que faltava para cumprimentar
Ficamos nos entreolhando não sabendo o que fazer
Quando resolvo dar o primeiro passo para pelo menos cumprimentar com um beijo em sua bochecha Renan me tira a atenção
Reviro os olhos para cima, olho para Renan depois para Pedro
Pedro me dá uma piscada de olhar como se estivesse deixando que eu fosse, retribui a piscada e fui até o Renan
Renan: O que eu te falei?
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A filha do delegado
RomansaFernanda é uma menina de 16 anos, desaforada e tudo que quer ganha com seu pai delegado. Pedro vulgo PH é dono da Rocinha, arrogante e não é de contar sua vida pra ninguém. Oque era pra ser apenas um dia comum o destino resolveu tornar o primeiro di...