• Capítulo 62 - Enterro •

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Nanda Narrando

Como eu estava com o carro de Renan, passei em casa para pegar ele para irmos juntos ao enterro

Nanda: Pelo amor de Deus, fica na sua quando chegar lá

Renan: Só ele fica na dele que eu fico na minha

Nanda: Renan, lá não é lugar para ficar fazendo bagunça

Renan: Eu sei e digo isso para você também

Nanda: Eu vou ficar na minha, mas se me provocar eu falo mesmo

Renan: Não estou te entendendo - diz e balança a cabeça negativando

Nanda: To nervosa - digo ao entrar na rua do velório

Renan: Qual dos motivos você quis dizer?

Nanda: Vai se ferra - digo e estacionei o carro atrás do carro do meu pai que logo identifiquei

Descemos o carro e avistamos Gi também entrando

Começamos à chamar ela e ela nos esperou para entrar juntos

Giovana: Amiga - diz com a voz de choro

Nanda: Assim eu não aguento - digo sensível

Ficamos abraçados por um bom tempo até eu lembrar que Renan deve estar fazendo cara de paisagem do nosso lado então acabo o braço me distanciando

Eles dão um selinho, mas não aguentam e acabam se abraçando

Ouço pessoas se aproximarem e quando olho para trás vejo todo o pessoal do morro vindo em nossa direção pois iriam entrar

Uma conhecidência ou azar por todos chegarem junto

VL: Nanda - diz vindo com os braços abertos me abraçar

Abracei tão forte ele, parecia que estávamos anos sem se ver

Claro, tenho muitas saudades dele, aliás não estávamos mais se vendo todo dia como antigamente

Nanda: Não sei se choro de saudades ou pelo Menor - digo ainda em seu abraço

VL: Eu acredito que ele está em um lugar melhor

Nanda: Sim - digo e ele beija minha testa acabando com o abraço

Olho para o lado e vejo Manuela olhando aquela cena com uma cara de que estava achando fofo tudo aquilo

Faço uma cara de nojo e passo reto sem ao menos cumprimentar ela

Ergo os braços vendo Rafael todo vermelho de tanto chorar

RH: Eu podia ter impedido - diz e eu abraço ele

Nanda: Ele não morreu por causa da bala

RH: Não era a hora dele - diz e eu coloco seu rosto em meu ombro tentando acalma-lo

Nanda: Vai ficar tudo bem - digo e desfaço o abraço pois estávamos congestionando a entrada do cemitério

Olhei para o Pedro pois era o único que faltava para cumprimentar

Ficamos nos entreolhando não sabendo o que fazer

Quando resolvo dar o primeiro passo para pelo menos cumprimentar com um beijo em sua bochecha Renan me tira a atenção

Reviro os olhos para cima, olho para Renan depois para Pedro

Pedro me dá uma piscada de olhar como se estivesse deixando que eu fosse, retribui a piscada e fui até o Renan

Renan: O que eu te falei?

A filha do delegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora