30 de novembro // 10:18
Normalmente, Jimin dava um tempo entre o ato de assinar o contrato e a primeira coleta, assim os doadores se acostumavam com a ideia de serem sugados. Mas com S/n, Jimin não resistiu, ele tinha que prova-la logo, ele tinha que saber se o gosto era tão bom quanto o cheiro e era.
Assim que as presas de Jimin fincaram na pele fraca de S/n e o sangue começou a fluir do pescoço para os lábios, língua e por todo o sistema de Jimin, e ali ele descobriu um novo vicio, o sangue de S/n. Ele estava tão intoxicado naquele gosto que só percebeu que tinha que se afastar quando sentiu a pulsação de S/n diminuir levemente, ele beijou o pescoço de S/n após se afastar.
-Jimin. – Ele se apresenta oficialmente sorrindo.
-S/n. – Ela responde um pouco pasma.
-Prazer. – Ele fala segurando a mão da jovem. – Venha, eu vou te mostrar seu quarto.
Um passo e S/n cambaleou.
-Você está bem? – Jimin pergunta visivelmente preocupado.
-Estou, só um pouco zonza. – Ela fala segurando o braço que Jimin ofereceu.
-Quando foi a última vez que você comeu? – Ele indaga abaixando um pouco para olhar nos olhos de S/n
-Sinceramente, não lembro. – S/n responde fraca.
-Aí caramba. – Jimin exclama pegando S/n no colo.
-O que você está fazendo? - S/n fala surpresa. – Onde vamos?
-Estou cuidado de você. – Jimin diz de forma simples. – Vamos para a cozinha, vou preparar algo para você comer.
30 de novembro // 11:03
-Coma. – Jimin fala colocando um prato na frente de S/n.
-Obrigada. – Ela responde logo dando uma garfada no macarrão feito por Jimin.
-O que houve com você? – Jimin pergunta sentando na frente de S/n a vendo comer. -Por que você não tem comido regularmente?
S/n não queria dizer que era por causa de sua avó, não porque não confiasse em Jimin, mas porque ela não gostava de colocar seus problemas nas costas dos outros.
-Eu fui demitida recentemente e – Ela pausa para mastigar a comida. – E não tive tempo.
-Você precisa comer. – Jimin a repreende. – Não importa mais, eu sou responsável por isso agora.
-Obrigada, Jimin. – S/n fala após terminar a refeição.
-Eu só fiz o que o contrato diz. – Jimin fala pegando o prato e o colocando na pia. – Mas de nada.
Ele se vira e encara S/n intensamente por alguns segundos.
-Certo. – Jimin diz por fim. – Agora sim vou te mostrar seu quarto, consegue andar?
-Consigo, não se preocupe.
Mas mesmo com a fala de S/n, Jimin se preocupou e ficou o caminho inteiro em alerta a qualquer sinal de fraqueza.
-Chegamos. – Jimin fala parando em frente a uma porta. – Espero que goste, tudo que você precisa já está ali dentro. Qualquer coisa, avise o Taehyung.
E com um leve sorriso, Jimin se afasta. Com um suspiro, S/n toma coragem e gira a maçaneta do quarto e entra.
Aquele quarto parecia maior que toda a casa de S/n. Havia uma cama colossal bem no meio, a direita da porta havia uma larga cômoda, e a esquerda um espelho majestoso. Do lado esquerdo da cama havia uma porta aberta que dava uma visão para o banheiro que parecia tão grande quanto o quarto em si, do lado direito da cama tinha duas poltronas e um tapete, branco redondo entre elas e uma janela com vista para o quintal.
S/n fechou a porta e caminhou até a cama onde se jogou e ali ficou até adormecer.
30 de novembro // 13:23
S/n acordou com duas batidas fracas na porta.
-Um minuto. – Ela fala sonolenta enquanto se levantava da cama.
Ela caminhou até a porta e a abriu encontrando ali Taehyung.
-Parece que você gostou na cama. – Ele comenta rindo fraco.
-Foi o melhor cochilo da minha vida. – S/n diz com um bocejo.
-Eu vim chama-la para o almoço. – Taehyung fala rindo. – Como você ainda não conhece muito a casa, eu vou ser seu guia por esses dias.
-Legal. – S/n exclama saindo do quarto. – Vamos que eu estou morta de fome.
30 de novembro // 13:30
-Você não vai comer? – S/n pergunta assim que um prato cheio de comida foi posto em sua frente.
-Depois. – Taehyung responde.
S/n olha para o prato e depois para Taehyung.
-Alguma coisa errada? – Ele pergunta.
-Senta aí, Taehyung. – S/n fala. – Coma comigo.
-Não pre...
-É sério, Taehyung. – S/n fala sem muita paciência. – Eu só vou comer se você vier comer comigo.
Taehyung analisa aquela situação por alguns instantes antes de pegar um prato e enche-lo de comida antes de se sentar ao lado de S/n.
-Bom apetite. – Ela fala começando a devorar a comida.
30 de novembro // 13:30
Jimin sentiu o cheiro de S/n do quarto e pouco tempo depois a ouviu debater com Taehyung sobre como ele deveria comer com ela e pelo que Jimin deduziu ela havia conseguido convencê-lo. Com um sorriso no rosto, Jimin continuou a prestar atenção na conversa que acontecia na bancada da cozinha.
-Não precisa dessa formalidade toda, Taehyung. – S/n falou. – Eu sou uma empregada igual a você, ou pelo menos era.
-Eu não sei se... – Taehyung diz incerto.
-Eu vou viver aqui por um ano, Taehyung. -S/n exclama. – E eu acho que não sei melhor amiga do Jimin, mas eu posso ser sua amiga. Quero dizer, eu não quero me sentir sozinha nessa casa.
Por algum motivo aquilo incomodou, Jimin. Era obvio que eles tinham que manter a relação profissional, mas...
-Acho justo. – Jimin ouviu Taehyung responder. – Eu também fico sozinho aqui. Jimin está sempre ocupado e os outros doadores que tivemos estão sempre ocupados em tentar conquistar o Jimin de alguma forma. Acho que seria legal ter uma amiga para variar.
-Perfeito. – S/n exclama animada. – Amigos então.
Jimin soltou um suspiro e decidiu focar sua atenção em outro lugar, mas era muito difícil, não por causa das conversas e risadas, mas por causa do cheiro. Era difícil e nem um pouco comum para Jimin, ele havia acabado de se alimentar, mas, mesmo assim aquele cheiro o instigava a querer, mais e mais e mais.
Um pensamento muito perigoso passou pela mente de Jimin. Por um breve segundo Jimin imaginou a si mesmos sugando toda a vida do corpo de S/n, ela era pequena, não haveria muito, mas com certeza teria o suficiente para satisfaze-lo. Mas o quão rápido esse pensamento veio, Jimin o afastou. Ele respeitava muito o contrato e não o quebraria dessa forma, nem mesmo pela mais doce tentação.
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Bloody Contract (Jimin Long Story)
FanficUma doença inesperada Um contrato de um ano Duas pessoas e um sentimento.