Olá! Sim, publicando com um "leve" atraso e sim, antes do capítulo (ahaha). Gostaria de dizer que neste capítulo teremos duas narrações (Maxon e da America), não se preocupem está tudo bem mercadinho e tals. Espero muito que gostem!
Boa leitura! :)Capítulo Sete (duas narrações: Maxon e America)
Visão Maxon:
Eu estava com a cabeça a mil!
Não conseguia parar de andar em círculos pelo meu quarto. Desde a minha recente discussão com meu pai no gabinete por ter "esclarecido" algumas coisas com as meninas, principalmente com a Kriss, eu estava uma pilha.
Há muito tempo eu não conseguia encontrar a paz, um momento de descanso. Atualmente tudo em minha vida se resumia em incertezas. Não conseguia me lembrar de absolutamente nada do que ocorreu na Seleção, só conseguia sentir uma enorme saudade e eu nem sabia muito bem de quem. As duras palavras de meu pai, minha falta de memória, as fracassadas terapias, as garotas, aquela saudade...tudo vinha em minha mente de uma vez só trazendo um turbilhão de sentimentos que eu não poderia suportar. Precisava de ar. Precisava respirar ar puro sem ninguém por perto. Sem guardas. Sem Kriss. Sem meu pai.
Dei as costas para meu quarto, dirigindo-me rapidamente para o salão próximo ao jardim onde dispensei os guardas. Eles hesitaram (como era de esperado), mas eu ordenei. Precisava ficar sozinho no jardim, lá conseguiria me acalmar. E assim foi feito. Finalmente sozinho eu comecei a caminhar sem destino pelo jardim. Percorri praticamente todo o jardim e só parei ao me deparar com a mais bela criatura que eu jamais vira na vida! Ela era ruiva da cor do fogo, branca como a neve, a mulher mais bela de todo o mundo.
Estava completamente encantado, a observava de longe, mas bem atentamente. Ela parecia não acreditar na liberdade por não haver nenhum guarda de vigia por perto, maravilhada por pisar naquela grama sem ninguém para impedi-la e eu, maravilhado por poder observá-la. No meio de todo o meu fascínio comecei a perceber meu coração pulsando cada vez mais forte e aquela saudade desaparecendo. Senti ter encontrado a paz que tanto almejava. Era como estar perto de um porto seguro, sentia-me em paz ao observar aquela mulher. Começava a sentir que eu já a conhecera e lembrei-me do meu mural de fotos, da minha conversa com Lucy...America, seria ela? Sim! Era ela!
Visão America:
Ah, a paz daquele jardim. Os grilos, a brisa do vento. Tudo estava na mais perfeita harmonia. Estava sentada naquele mesmo banco de ferro olhando para o terceiro andar do palácio. Imaginava como estaria Maxon, como poderia ajudá-lo e como seria quando ele recuperasse a memória.
Estava tão mergulhada em meus pensamentos que demorou para eu sentir e notar a presença de alguém. Primeiro senti um cheiro de perfume elegantemente masculino e depois ouvi os passos na grama. Levantei-me e me virei em direção ao som daqueles passos na grama e folhas secas completamente assustada, era ele: Maxon Schreave.
Há algum tempo eu não o via, mas parecia que passaram-se anos. Sentia-me mole ao vê-lo. Nunca imaginara tamanha saudade que eu sentia dele. Não podia pensar em palavras, apenas em seus olhos. Então, ele anunciou:
- Desculpe-me, não queria assustá-la. O que fazes aqui fora? – Maxon se aproximava cada vez mais encostando seus dedos nos meus – Sinto que lhe conheço. Chega a ser hilário, mas eu realmente sinto que lhe conheço.
Por mais que minha vontade fosse agarrá-lo, beijá-lo ou até mesmo estapeá-lo pela nossa última briga, eu sabia que deveria me segurar. Maxon não se lembraria de mim, por mais que eu me lembrasse exatamente de tudo, ele não poderia:
- Sim, realmente é hilário, Alteza – disse fazendo uma meia reverência que o fez sorrir – E sim, nós já nos conhecemos. Meu nome é America – estendi a mão e notei o brilho em seus olhos que me fizeram corar, com certeza.
- A famosa America...Disseram-me muitas coisas sobre você, sobre nós. – corei ainda mais com a afirmação de Maxon, entretanto não podia deixar passar em branco:
- Sim, e estão certos. Fiz parte da sua Seleção. Digamos que eu era a garota problema. Para você ter uma noção eu poderia ter sido expulsa na mesma noite que cheguei aqui.
- Verdade? E qual foi o grave motivo, senhorita America?
- Bom, Alteza. Nos conhecemos exatamente neste lugar, neste banco. E eu fui meio rude, confesso. O pior mesmo foi em nosso primeiro encontro...dei-lhe um belíssimo chute em suas...partes reais, mas foi por puro reflexo!
Maxon não conseguiu conter a gargalhada e eu também:
- Realmente senhorita, este foi um gravíssimo erro. E como se deu nosso primeiro encontro?
- Ah, de uma aposta furada! Tenho certeza! Era impossível que minha irmã não tivesse chorado ao comer aquela torta de morango...
Conversamos por um bom tempo, ver o sorriso e os olhos brilhantes de Maxon foi muito gratificante para mim. Relembrar nossos melhores momentos então foi ainda melhor. De repente, paramos de falar. Um olhou profundamente no olho do outro, automaticamente estávamos nos inclinando um sob o outro, a respiração ficava cada vez mais ofegante, o brilho em seus olhos cada vez mais intenso e nossas bocas cada vez mais próximas. Já conseguia sentir o sabor de seus beijos quando uma voz interrompeu e destruído por completo aquele momento, era Kriss:
-MAXON! Estava te procurando.
Pulamos do banco completamente assustados e envergonhados. É claro que Kriss estaria o procurando, ela era sua noiva. Me senti uma tola. Comecei a transbordar de raiva culpada pela aquela situação. Maxon não dissera uma palavra e Kriss nos olhava impaciente:
- Desculpem-me, p-preciso i..., com licença! – sai batendo meus pés o mais firmemente naquela grama, mesmo distante ainda pude ouvir Kriss indagar-se com Maxon:
- Mas o que ela está fazendo aqui?
Ah, aquela pergunta foi a gota da água para mim, entrei o mais rápido que pude e voei para meu quarto, corri sem me importar em ser vista por alguém.
Ao chegar em meu quarto tranquei a porta e pulei na cama. Comecei a relembrar do que acabara de acontecer junto com Maxon, nosso quase beijo. Comecei a me lembrar de nossos momentos juntos, de nossos beijos, encontros, de todas as coisas boas de nossa relação. E claro, do que mais me marcara, ele entrando pela aquela porta. Imaginei e cena e como desejei que ele viesse bater em minha porta, fechei os olhos e criei aquela cena até que realmente ouvi batidas na porta. Meu coração acelerou, será que...?
Corri saltitante para abrir a porta, na verdade, para o meu pior pesadelo. Ao abrir uma pequena fresta da porta eu desejei sumir da face da terra. Nunca imaginaria que aquele seria o meu visitante, exatamente quem eu nunca mais desejaria ver na minha frente novamente: o rei Clarkson.
Tremia.
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Um conto depois de "A Escolha"
FanfictionSinopse: E se eu te contar que o ataque demorou um pouco mais para acontecer e permitiu que o príncipe Maxon agisse pela emoção à flor da pele que sentia no momento? E se eu te dissesse que Maxon terá que lutar para reconquistar seu grande amor, a...