Episódio 2.

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AGORA.

— Ainda deixamos aquele cara entrar na casa da Elle - Diz Gizelle. Que caminhava a passos receosos e desviava de algumas poças de água.

   Martin passou por alguns mercados e viu algumas coisas ali, decidiu então parar e entrar com os amigos.

— Pode ser uma armadilha - Diz Finn agarrado a Gizelle.

— Nós sabemos, Finn - Diz Marilyn. — Mas o que roubariam da gente?

— Shh - Diz Martin e param ao mesmo tempo. O silêncio é quase notório ali dentro. O vento entra, alguns pássaros levantam vôo e um cachorro sai correndo de dentro do mercado. — Tem algumas coisas aqui! - Martin volta a falar.

   Nas prateleiras quase inteiramente vazias, tinha pelo menos três latas em conservas, alguns sacos de biscoitos, produtos de higiene.

— Dessas três latas, uma passou da data de validade - Diz Martin olhando os amigos.

— Podemos comer só duas? - Pergunta Finn acanhado.

— No momento sim, bom, lembra dos homens maus que machucaram a tia Elle? - Finn assente lentamente sobre os olhos de Gizelle. — Então, tem muito mais pessoas ruins por ai, e que levaram quase tudo o que eram das outras pessoas. Pessoas más foram egoístas e saquearam, fizeram com que a cidade se ruísse rapidamente...

   Gizelle se juntou ao irmão e pediu para que Martín parasse.

— Vamos pegar isso, por que estamos longe de casa e estamos em missão - Diz Gizelle e encara Martin. — Vamos pegar o cara mal que machucou a tia Elle, e vamos fazer isso juntos. Você quer completar a missão, não é?

   Finn assente e levanta o braço direito para o auto.

— Como nas histórias de heróis que o papai contava, não é? - Gizelle assente e seus olhos se enchem de lágrimas.

— Bom, vamos ter que ir coletando no caminho - Diz Marilyn e olha ao redor. — Estamos longe de casa, e em missão. Odeio morar aqui e sabendo que teve pessoas que acabaram com isso em um mês, desde que a chuva... - Respirou fundo. — Eles se mataram, mas do que a chuva fez por eles...

— Você se torna um monstro em um estralar de dedos - Diz Martin olhando para fora. — Ou em um segundo, depois que a primeira gota caí.

   Pegando as coisas que tinham ali, Martin, Marilyn e os outros foram no que achavam rastro dos carros que os homens de Marcus usava. Enquanto isso a chuva se apresentava nos céus, como intensas nuvens cinzas e carregadas.

— Vocês andaram longe - Martin se vira e vê Lúcia. — Pareço péssima?

— Já teve dias melhores - Martin a encara nos olhos. — Não vou perguntar como me achou...

— É, eu sei - Lúcia foi até Martin, enquanto os amigos circulavam entre a mata e a cidade. — Estava seguindo vocês, seria mais fácil se me aceitasse para seu grupo de sobrevivência e caça contra Marcus...

   Martin foi para pegar em Lúcia, mas ela deu um passo para trás.

— Você sabe que não era fácil antes, imagina em dias assim... - Martin olhou ao redor. — Marcus matou uma amiga nossa e...

— Elle... Eu conheci ela e pude...

— Martin! - Chamou Finn.

— Tenho que ir - Diz Martin e encara Lúcia. — Eu sinto muito.

— Eu sinto.

   Voltando aos amigos, Finn lhe entregou um pacote de batatas fritas. Enquanto encarava para marcas de pneus.

— Isso leva para a floresta, e sabemos que tem outras rotas que leva para o outro lado da Cidade - Diz Marilyn. — Ele ainda não sabe como sair...

— Pessoal, acho melhor a gente achar uma cobertura! - Gizelle apontava para as nuvens que descarregavam chuva próximo deles e que chegaria logo, logo neles.

   Correndo para uma distribuidora abandonada, conseguiram evitar o pior e ficaram secos, continuando vivos.

— Fique seco. Continue vivo - Era como um mantra para Martin, que encostado na parede de um dos pilares, pensava em Lúcia.

THE RAIN
DEPOIS DA CHUVA - PARTE 2.

The Rain - Depois da chuva -Pt2Onde histórias criam vida. Descubra agora