Dois dias depois.MARTIN.
Martin estava em uma parte auta da floresta, vendo o nascer do sol. O céu mostrava algumas nuvens sobre a cidade, mas sem risco de chuva.
— Oi, Bom dia - Diz Lúcia.
— Não precisava vir - Martin a encara, o sol resplandecendo em seus olhos. — Íamos se encontrar lá na cabana.
— Não custava nada vir - Lúcia o abraça. — Consegue sentir isso?!
— Um arrepio e um conforto? Estou sentindo - Diz Martin.
— Sinto você, por mais que seja quase impossível dizer como...
— Eu sei - Martin deixa escapar uma lágrima.
Na volta, Lúcia caminha ao lado de Martin, ambos chegam na cabana em silêncio. Finn está dormindo, enquanto Marilyn estava checando os alimentos restantes.
— Como vai contar para ela? - Pergunta Lúcia.
— O que nós dois sabemos - Diz Martin.
— Não foi culpa sua, por mais que nos primeiros dias disso, eu tenho pensado que era - Conforta Lúcia.
— Eu estava lá, uma parte disso...
— Martin! - Marilyn sorri ao ver o amigo. — Nossa, está prestes a chover.
— Marilyn - Martin entrou, pegou a mão dela e a levou para o sofá. Lúcia passou por Marilyn e se sentou ao lado de Martin.
— Que arrepio - Disse Marilyn e olhou para Martin. — Vai me contar?
— Já tem dois dias, acho que posso contar - Diz Martin e olha Lúcia. Marilyn acompanha o olhar, mas não vê ela ali.
— Pode começar - Diz Lúcia pegando na mão de Martin.
— Participei de uma excursão as montanhas - Lembrava Martin mergulhando nas memórias ruins. — Chamei Lúcia para ir comigo, os meninos queriam que ela fosse. Lúcia também chamou algumas amigas, e no último dia para voltar para casa, visitamos a montanha mais alta do acampamento. As meninas não quiseram ir, então eu acompanhei Lúcia, e mais alguns amigos - Martin olhou Lúcia. — Eles pediram para eu levar uma arma, disseram que era para caçar e se proteger, caso houvesse algum animal feroz na montanha. Eu neguei no início, mas amizades ruins você deve imaginar...
Martin respirou fundo.
— Tinha um menino em nosso grupo que era a fim de Lúcia, mas Lúcia e eu, estávamos separados a dois dias antes da excursão. Nisso ele queria beijá-la a força, pegou a arma e me ameaçou quando fui proteger Lúcia, nisso todos se ajuntaram para tirar a arma dele e acabou disparando - Martin segurou o choro. — Lúcia foi atingida no peito, resistiu por algumas horas, mas... Se foi. Me culpei por ter levado a arma, me culpei por não ter dado o que aquele garoto merecia...
— Eu sinto muito Lúcia - Finn apareceu na sala, limpando os olhos de sono e sentando ao lado de Lúcia.
— Lúcia apareceu para mim, demorei a acostumar, ainda me culpava e em um impulso fui atrás do garoto, chamei uns caras barra pesada e demos um jeito nele, queria matá-lo, mas Lúcia me segurou... Eu senti, não apenas vi. É difícil de explicar, mas o erro foi parte minha também - Martin olhou Lúcia.
— Você tem que ir agora? - Pergunta Finn a Lúcia.
— Não foi culpa de você, Martin, mas agora que você contou isso aos aqui presente... Sinto que já posso ir tranquila - Lúcia sorri e pega na mão de Ambos. — Vou ficar bem, fiquem tranquilos. E Martin, eu sei que você está em boas mãos.
Martin olhou Marilyn e sorriu, Ela olhou Martin e Finn. Queria poder vê-la também, mas dava para senti-la.
— Diga a ela que todos vamos ficar bem - Lúcia se levanta e vai até a porta. — Foi bom conhecer você, Finn. Gizelle me disse que está com saudade. Martin, Eu te amo. Marilyn, hum, ele gosta de você! - Abriu a porta e saiu fechando.
— O que ela disse? - Pergunta Marilyn.
— Martin gosta de você - Sorri Finn e vai brincar.
— Ah - Marilyn sorri e fica vermelha, Martin dá de ombros. — Vamos almoçar?
— Não está decepcionada comigo?
— Não, Martin - Ela o encara. — Eu errei também, e penso que é pior do que você possa imaginar. Mas, ainda não estou pronta para contar, então vamos almoçar.
∆
MARCUS.
— Coloquem as armas nos carros - Ordenava Marcus. — Sem enrolação, Vamos fazer isso logo.
— Ainda tem muita gente viva por ai, essa cidade é grande - Disse seu superior. — Se resistirem em vir com vocês, tem minha autorização para matar.
— Sim senhor - Marcus assentiu e entrou no carro. — Que comece a retaliação.
Fim.
THE RAIN
DEPOIS DA CHUVA - PARTE 2.UMA HISTÓRIA DE PATRICK R.
ATÉ UMA PRÓXIMA.
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The Rain - Depois da chuva -Pt2
Hayran KurguEm sua segunda parte, a trama irá focar no segmento de um personagem e em um segredo de um dos personagens.