Dos

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Primeiro dia de trabalho normalmente é um nervosismo para as pessoas e com Maria não seria muito diferente.

Vestiu seu top da Adidas cinza e a camiseta do uniforme que havia ganhado por cima, uma calça legging preta também da Adidas, e para finalizar um casaco que vinha com uniforme. E para não atrapalhar sua visão amarrou seu cabelo em um rabo de cavalo alto.

Não passou muita maquiagem já que só ia trabalhar então não era necessário muita coisa. Passou só uma base, rímel e um batom nude num tom rosado.

Pediu um táxi pelo aplicativo e avisou que estaria na frente do seu prédio em 5 minutos. Apressou-se em pegar sua bolsa e conferiu se seu celular e sua carteira estava dentro e saiu.

•••

Quando chegou na Ciudad del Real Madrid não precisou se identificar como da última vez que estava aqui.

Havia sido avisada que quando chegasse alguém iria buscá-la para mostrar onde iria trabalhar, já que ontem não teve oportunidade.

— Prazer sou Javier, seu parceiro de trabalho. — um homem estendeu a mão para a garota que sorriu para o mais velho.

— Prazer todo meu, sou Maria, acho que já deve saber disso. — sorriu e cumprimentou o homem. — Então vamos começar nossa tour?

Primeiro ele mostrou a sala em que trabalhariam e Maria amou os "brinquedinhos" que tinha por ali.

Seguiram pela as residências onde era os quartos que tinha por ali, cada um tinha o seu e se entrava no quarto com a sua digital.

– Põe seu dedo ali. — Javier apontou para o equipamento.

Colocou o polegar e a porta se abriu automaticamente e Maria ficou surpresa com a chiqueza daquele local. Havia uma cama gigantesca com almofadas e travesseiros decorada com o símbolo do Real Madrid. Tinha uma televisão na cômoda de frente para a cama.

Tinha uma varanda com porta de vidro de frente para um dos campos do Real Madrid na qual via se os jogadores treinando.

— Eu posso morar aqui? — entrou no banheiro gigantesco.

— Acho que você pode. — Riu Javier já que ele teve a mesma reação que a brasileira quando entrou no seu há 3 anos atrás.

— Estou pensando realmente em me mudar pra cá, é maravilhoso.

Próximo lugar que viram foi o refeitório e Maria cumprimentou as cozinheiras que sorriram largamente para a mulher.

Seguiram em direção a sala de jogos onde havia uma mesa Ping-Pong e de sinuca. Havia jogos de simulação de carros, entre outros.

Foram para o campo na qual a brasileira viu os jogadores correndo e viu o Zinedine Zidane vir na sua direção, seu coração começou acelerar ao se lembrar da cabeçada que ele deu em uma copa do mundo.

— Olá, sou Zinedine Zidane. — Sorriu para a garota que sorriu também. — Você é a nova fisioterapeuta, certo? — Assentiu com a cabeça.

— Prazer Maria. É uma honra conhecer o senhor.

— Estou muito jovem ainda, pode me chamar de você. – sorriu — Você é daqui?

No, no. Eu sou do Brasil, meu pai que é daqui. – e a partir desse momento lembrou-se que tinha que ligar para seus pais, e os mesmos estavam sem notícias dela a alguns dias

— Mais uma brasileira para o nosso time, gostei. Veio ver os jogadores treinar?

— Javier, estava me fazendo um pequeno tour por aqui. — o homem não estava mais ali do lado de Maria quando foi citado, o que ela estranhou. — E acabamos parando por aqui.

— Certo, já que tá sem fazer nada, vai lá se aquecer junto com os jogadores. — o francês colocou a mão nas costas da brasileira empurrando de leve para o campo.

— Ah não, estoy muy bien aquí. Já está quente demais.

— Que nada, vai se entrosar com os garotos. — mau sabia o francês que ela era um pouco tímida.

— Só porque você pediu. — riram mais uma vez.

Maria bufou e tirou o casaco deixando em um cantinho por ali. Começou a correr em direção aos jogadores sorrindo minimamente para eles.

Mas um certo português apareceu do nada, o que assustou a fisioterapeuta com a movimentação do jogador repentinamente.

Dios mio!

— Me desculpe, não quis assustar-la.

— Sem problemas, é que não é todo dia que você vê o melhor jogador do mundo ao seu lado. — e o camisa sete se permitiu rir.

E mesmo por ter trabalhado com um time, como o Atlético, era um dos seus ídolos ali do lado iria ser difícil para ela se acostumar.

— Vem cá, você não é acostumada a correr, não é?

— Deu pra notar né? Não sou muito acostumada, mas de vem em quando eu ia na academia para pode manter esse corpinho. – apontou para si mesma, mas diretamente para sua barriga.

— Só se for de vez em nunca. – o português brincou, abrindo um sorriso. — Já estou vendo que alguém vai sofrer na minha mão.

— Se bem que não seria uma má ideia sabe? – abriu um sorriso malicioso, que fez o jogador rir e ela acompanhar depois.

O colombiano observava os dois conversando e rindo enquanto corriam, e ás vezes queria ter essa mesma coragem que seu amigo tinha em falar com as mulheres tão normalmente.

Não que ele não seja bom em falar com elas, mas a timidez sempre lhe atrapalhava dependendo da mulher.

Só que com Maria ele queria ser diferente.

with all the love, m

physiotherapist ✦ j. rodríguez [concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora