Capítulo II

16 4 3
                                    

Acordou no seu quarto. Os lençóis estavam meio caídos no chão. Sentia a respiração ofegante e suava por tudo o que era sítio. Assim que reparou que tudo não passava de um simples pesadelo, respirou fundo de alívio. Quando foi ver o relógio, eram 7:29h da manhã.

Deitou-se na cama e ficou a refletir sobre o que acabara de viver. Tinha passado horas no escuro frio, até que finalmente viu uma luz e encontrou lá uma rapariga que só com um grito lhe conseguiu arrebentar os tímpanos. Ela já tinha chegado à conclusão que tinha sido um pesadelo, mas pareceu-lhe tão real que os ouvidos ainda lhe doíam e ainda sentia o calor do sangue a escorrer-lhe pela cara.

O despertador tocou, indicando as 7:30h. Depois de o ter desligado, dirigiu-se à casa-de-banho para se lavar. Quando olhou ao espelho, para além de ter reparado nas suas enormes olheiras, comprovou as suas suspeitas de ter vivido um dos pesadelos mais realistas de sempre: nem uma única gota de sangue.

Quando voltou para o seu quarto, Miss Kit estava à sua espera. A sua gata branca e preta de olhos verdes estava sentada na cama a marcar território. Como é que ela sabia as intenções da felina? Porque esta seguia atentamente com o olhar todos os seus movimentos. Ignorando Miss Kit, foi-se vestir.

Ao descer as escadas, deparou-se com uma sala fria e escura, uma aragem de ar proveniente da cozinha. Parecia de novo no seu sonho, enterrada no escuro com o frio a bater-lhe na cara. Encaminhou-se até às janelas e abriu-as, deixando o calor do Sol iluminar a sala. Quando foi para a cozinha reparou que a janela tinha sido deixada aberta na noite anterior, com as frestas dos estores à espreita.

Assim que acabou de tomar o pequeno-almoço, foi buscar a mochila da escola ao seu quarto e voltou a descer as escadas.

A campainha tocou.

Visões SonhadasOnde histórias criam vida. Descubra agora