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Volto para casa e encontro com todos na sala conversando e bebendo. 

-O que aconteceu? Você parece triste. - pergunta Anne

-Meu pai, morreu.

-O que? eu sinto muito! ela me abraça, com um abraço sincero.

 Isac se aproxima e pergunta o que ele pode fazer, eu digo que meu pai não tem onde ser sepultado, então Isac liga para o seu advogado e pede para ele resolver esse problema. O resto da noite eu fico acordada sonhando acordada, com tudo que vivi com o meu pai. Já é madrugada, e acabo dormindo com um chá que tomei, que  a Ruth havia me levado. Durante o sono, sonho com o mesmo sonho de sempre... e acordo assustada. Me levanto e vou até o banheiro, lavo o meu rosto e abro a janela do meu quarto e vejo que já é dia. Olho o relógio e jão são quase 7:00 da manhã. Tomo o meu banho, coloco uma roupa do meu luto, e vou até a cozinha. Davi e sua mãe, Sônia estão tomando o seu café da manha, quando também Anne chega. Ela sorrir para mim e logo após ela me abraça. 

-Querida, depois que você tomar o seu café, o vamos até o velório do seu pai. Quer dizer o Márcio irá te acompanhar. - diz Sônia

-Ok, Obrigada

Sento na cadeira ao lado do Davi e em frente a Anne, bebo suco e também como uma fruta e um pedaço de queijo, saio da mesa e escovo os meus dentes, pego a minha bolsa e depois espero o Márcio na sala. Ele está com uma blusa mais social preta e com sua roupa de trabalho, terno e gravata. 

-Vamos? - Pergunta ele. 

Concordo e eu o sigo, ele vai ate a garagem e ele pega um dos carros da família. Abre a porta do carro e eu entro, ele fecha logo após e depois ele entra e liga o carro. 

-Você quer passar em algum lugar antes? - pergunta ele.

-Não, podemos ir direto.

-ok - ele fala e seguimos até a vila onde morávamos.

A quase três meses que eu não fazia esse trajeto e me sinto estranha. Começo a me lembrar de várias coisas e até que Márcio para, eu abro os meus olhos e vejo que chegamos. 

-Eu sei que nós não damos bem, mas se você chegar comigo, você pode ficar falada. É melhor nos assumirmos como noivos, já que nós estamos. Pelo menos aqui, como uma forma de proteção para você, Pérola.

-É verdade! 

Ele abre uma caixinha que estava no seu bolso e dentro há duas alianças. Lindas! E assim ficamos visivelmente noivos. Ele beija a minha testa.

-Vou estar com você em todo momento. Vamos?

-Vamos. Ele sorrir e abre a porta do carro, ele sai, da volta e abre a porta para mim.
Segura a minha mão e eu saio do carro, nós andamos juntos até a portaria e lá há algumas pessoas,  o corpo do meu pai já está sendo velado. Vejo alguns vizinhos e primos, tios, várias pessoas. Elas estão bem. Ninguém no fundo gostava muito do meu pai. Márcio fica atrás de mim, em uma longa distância!  Vou até o corpo do pai, que está do jeito que eu lembrava dele e com alguns hematomas escondidos pela roupa. Mas nas mãos são visíveis.

"É. ESPERO QUE VOCÊ... NÃO EU NÃO CONSIGO TE PERDOAR. ADEUS." - Penso.

Fico sem sentir nada, algumas pessoas se aproximam de mim e me abraçam. Depois sento na cadeira e o Márcio se aproxima. Sinto os olhares sobre nós.

-Você quer algo?  Água?

-Sim. Obrigada.

Ele concorda e some dentro do imenso local. Fico quieta e em silêncio, em meio ao entra e sai. Até que chega uma moça, deve ter uns 40 anos, com um corpo bonito, pela machucada pelo sol, simples e com seus cabelos presos. Ela segura uma criança de talvez dois,  no seu colo e ela está grávida. E na sua outra mão, ela está segurando uma criança de mais ou menos 7 anos. O maior está chorando, se aproxima do caixão e começa a chorar ainda mais alto.

-Papai! Papai! Papai! - Ele grita chorando...

A moça tenta acalma - lo mas nada adiantou e os três choram. Fixo meus olhos naquela cena. E o Márcio vêm até a mim, assustando.

-Você tem irmãos? - ele pergunta sem entender.

-Não.

Olho para ele com os olhos cheios de lágrimas. Ele me abraça e faz carinho nas minhas costas. E eu voltei a ser a cena no ambiente. Todos olham para nós. O padre chega e fica branco ao ver a família, ele conversa com a moça que também fica branca e me olha assustada... Ela me ver e me olha de cima para baixo  ( provavelmente as roupas que estou usando a chamou a atenção ). O padre então, se aproxima de mim.

-Minha filha! - Ele exclama.

Márcio olha para ele. E eu o comprimento.

-Padre, esse é o Márcio. Ele é o meu noivo.

-Prazer Padre. Os dois apertam às mãos.

-Podemos conversar?

-Claro!

Márcio segura minhas mão e nós saímos dali, e vamos até a igreja que fica ao lado. Vamos até a sala de reunião.

Nos acomodamos.

-Filha, fiquei impensadamente Feliz por você está noiva desse rapaz.

-Que bom Padre, Obrigada pelo apoio.

-Mas te trouxe aqui, ( eu seguro a mão do Márcio, não deve ser coisa boa ). Pois, você precisa saber a verdade..

A mãe de Pérola, tinha um namorado escondido dos seus pais, um garoto da capital, mas seus pais não deixam ela namorar com ele quando soube e muito menos se casar. Então, eles a casaram a força e logo depois ela me teve. Mas o bebê não era do marido, mas sim do ex.

Agora eu entendo o porque ele nunca me ter tido como filha.

quando o bebê nasceu ele viu que não era dele. E fez outra família, com uma moça de um povoado distante. ( meu pai viaja muito por isso ). Ele tem 5  filhos com essa moça e está grávida de mais um. O outro,  que não está no velório, ele tem 15 anos. Um de 10, um de 8, uma menina de 2 e está grávida.

Nota da autora: Não esqueçam de comentar o que estão achando e o que pode melhorar. E também dar a estrela.

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