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Quando eu acordo, minha mãe está do meu lado.

-Mãe!?

-Oi filho! Que bom que você acordou!

-Onde nós estamos?

-Estamos no hospital. Você desmaiou, e te trouxemos para cá.

-Mãe. Cadê a Pérola?

-Ela..Ela morreu filho...

-Não mãe. Ela não pode ter me deixado.

-Márcio,  me ouve! Por favor.

-Não mãe. Eu quero ver a Pérola!  Agora.

Minha mãe tenta me convencer, mas nada adiantou. Ela então, conversa com alguma médicos e enquanto ela conversa ou olho ao meu redor. Estou em uma sala branca, de um hospital particular. Há alguns monitores e estou recebendo soro, que já está no final. Eu olho o outro lado,  e há uma grande janela, e a cortina tampa a claridade do sol. Logo,  o médico chega, acompanhado de uma enfermeira.

-Sua mãe conversou com a gente. E você poderá ve-la. Mas antes, você poderia contar o que aconteceu?

-Isso é particular da minha esposa. Ela não iria gostar que eu contasse. Mas, foi algo que ela descobriu que a deixou muito abalada. Algo do passado dela. Ela me expulsou de casa, quando minha irmã me ligou falando o que aconteceu.

-Ela teria motivos para cometer um suicídio?

-Sim. Do jeito que ela estava. Mas eu nunca pensei que ela seria capaz. Eu não deveria ter deixado ela sozinho.

Começo a me sentir culpado e minha mãe me apóia.  Depois de alguns minutos, eu me recupero, visto uma roupa e vou até onde a Pérola está.

Chego em um ambiente gelado. Tem algumas mesas e entre às mesas há uma em especial... Um lençol, cobre o corpo. Alguém tira o lençol e vejo a minha Pérola. Minha linda e amada esposa.
Sua pele está branca, seus cabelos estão tão lindos! Pérola está tão perfeita,  parece está dormindo. Ela não pode está morta!
Seguro em sua mão e ela está sem a aliança. Quem deu permissão? Ela é minha esposa, ela precisa da aliança. São tantos pensamentos,  meus olhos estão cheios de lágrimas. Quando sinto a sua mão mexer.

-Pérola. Pérola. Eu a chamo. Quem me acompanha tenta me afastar.

-Ela se mexeu, doutor. Eu senti.

-Isso é gases. Ela está morta.

-Não!  Ela não está.

Vou até a cabeça de Pérola e me aproximo do seu ouvido...

-Pérola. Você está me ouvindo. Abre os olhos. Mostra para eles,  que eles se enganaram.

Ela abre um pouco os olhos, não completamente. E lágrimas rolam do seu rosto.

O doutor entra em pânico. E chama outro médico. O que assinou o seu óbito. Ele pega uma lanterna e abre os olhos da Pérola. A pupila! Ela está... Ela está viva!

Doutor chama uma equipe e eles me tiram de perto de Pérola. E eles a levam para outro lugar, eu vou em choque e feliz até a minha mãe.

-Mãe! Eu sabia! Ela está viva. Ela está viva!!!!

Começo a chorar e a querer gritar para todos que Pérola não morreu...

***

Depois de quase quatro horas,  estamos todos reunidos na sala de espera. E o médico chega. 

-Márcio, fala um médico,  que é como um tio para mim. Eu o olho e ele continua.
Realmente ela está viva. O remédio que ela tomou, fez seus batimentos caírem e todo seu corpo permanecer imóvel, como se ela estivesse morta. Como se ela estivesse com anestesia geral.  Porém o seu celebro, continuou funcionando. E ela voltou aos poucos. Agora ela está em como, e terá que fazer exames para saber se está tudo bem com ela, realmente. Não sabemos quando ela voltará do coma.
Ela precisou de transplante de sangue, e talvez terá que fazer uma trastequitomia. Usar bolsa,  para defecar,  coisas normais para pacientes nessas condições. Afinal,  ela ficou morta por quase 12 horas.

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