Two

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Apesar de amar ser um enfermeiro tinha dias que tudo que Taehyung queria era ficar em casa e relaxar, de preferência nos braços de seu namorado, porém, nem sempre as coisas são como gostaríamos que fosse. Naquele exato momento o rapaz de cabelos ruivos, uma cor chamativa demais para alguém que exercia sua profissão, encontrava-se suturando o pé de um garotinho que havia caído enquanto brincava e acabou se cortando. A criança continuava a gritar agarrada a saia da mãe enquanto o enfermeiro Kim finalizava o seu trabalho.

— Pronto, pequeno. Foram só três pequenos pontos. Agora é só tomar mais cuidado quando for brincar na rua e não se machucar novamente. Sua omma vai ficar triste se você se machucar outra vez e você não quer ver isso, não é mesmo?

— É claro que não quero ver a minha omma triste. – O garotinho agarrou-se ainda mais forte na saia da mãe ao falar, dando um olhar indignado para o enfermeiro. Na sua cabeça aquela era uma pergunta que nem deveria ser feita.

Taehyung sorriu diante da reação da criança e piscou para a mãe da mesma.

— Eu tenho certeza disso, campeão. – O enfermeiro disse ao fazer um breve carinho nos cabelos em formato de cuia da criança. – Agora tudo o que você precisa fazer é cuidar bem do seu machucado e voltar em alguns dias para retirar os pontos.

— Você vai cuidar do meu dodói, hyung? – A criança pediu fazendo um biquinho que o enfermeiro achara adorável.

— Claro que sim, pequeno. – Taehyung respondeu dando o seu contagiante sorriso quadrado, recebendo de volta da criança um sorriso banguela, com dois dentinhos da frente faltando.

A mãe levou a criança consigo e Taehyung continuou sorrindo para ela enquanto balançava a mão dando tchauzinhos até o menor sair da enfermaria.

— É tão bonito e fofo você interagindo com crianças. – Uma mão pousou no ombro do Kim enquanto ele ouvia a voz do sujeito parado ao seu lado. – Você e elas sempre se dão bem, apesar de que não é de se estranhar já que você também é uma criança.

— Hyung! – O ruivo disse num tom indignado, porém carregado de manha, com um biquinho acompanhado para completar o quadro.

Jimin rolou os olhos para o amigo, mas logo estava sorrindo junto a ele.

— Não ouse usar sua fofura contra mim, Kim Taehyung. Isso é golpe baixo.

— Eu sei que você não resiste aos meus encantos, hyung. – O Kim passou a mão nos cabelos ruivos e piscou para o mais baixo, teatralmente.

O coração do Park acelerou um pouco, todavia ele apenas rolou os olhos para a presepada do seu amigo.

— Eu sei que você não resiste aos meus encantos, Park Jimin. – Repetiu o maior da dupla.

— Tá bom, Kim Taehyung. Você é irresistível. – Rolou os olhos pela terceira vez em menos de cinco minutos. – Agora podemos continuar o nosso trabalho? Somos enfermeiros e não palhaços.

— Eu não me importo de ser palhaço se for para ver você sorrir, hyung.

Jimin olhou para o mais alto sem reação, os olhos arregalados e a boca levemente aberta. Esse era o efeito que Kim Taehyung tinha sobre ele, sempre lhe pegando de guarda baixa, sempre o fazendo se sentir especial.

— Você anda sério demais, Jiminie. E isso já vem acontecendo há muito tempo. Queria aquele Jimin de antes, que brincava mais, sorria mais, seu sorriso é tão bonito e eu sinto falta do sorriso do meu melhor amigo.

— As pessoas mudam, TaeTae.

— Mas não para pior.

— Você está dizendo que eu piorei, Kim Taehyung? – Pediu, indignado.

Take a Step BackOnde histórias criam vida. Descubra agora