Seis

10.6K 707 96
                                    


Desço as escadas correndo e entro na cozinha.

- Onde é fogo? – Maria pergunta ao me ver correndo.

- No meu estomago. – digo.

- Não faz duas horas que você comeu. – Poe a mão na cintura avantajada.

Arrumo meus óculos em meu rosto, as vezes fico com vergonha por comer demais.

- Não precisa ficar com vergonha, se eu tivesse um corpo magro como você eu também comeria muito. – ela da um risinho – Pensando bem eu já como muito mesmo.

- Você não existe Maria. – pego uma maçã dou um beijo em sua bochecha e volto para o quarto para terminar as lições de casa.

As seis da tarde tomo banho, lavo meus cabelos, e brigo com eles porque ficaram embaraçados demais. Visto um short jeans, a camisa do time que cobre o short e um tênis. Seco meus cabelos, pego meu celular e desço para o primeiro andar. Quando coloco meu pé no ultimo degrau Carlos passa pelas portas do hall entrando na sala de jantar, ele me vê e para.

- Já esta pronta? – pergunta.

- Sim. – respondo sem graça e puxo o short para baixo ao notar seu olhar em minhas pernas.

- E onde esta o resto da roupa? – pergunta em um tom serio.

Fico vermelha imediatamente.

- E-eu eu...

- Ela esta linda. – Maria diz ao entra na sala.

- Maria você já viu o tamanho disso? – ele aponta para minha roupa.

Maria me avalia e olha para ele.

- Já vi você acompanhado de mulheres usando menos que isso. – diz e se vira para mim – João ligou e disse que você já pode descer. Divirta-se no jogo.

Ela volta para cozinha e eu olho para Carlos. Ele me olha de forma diferente, não parece com estar com raiva ou bravo. Ele parece... não sei dizer.

- Eu ainda acho que esta; muito curto. – resmunga. – A que horas o jogo acaba?

- As nove.

- Vou te buscar me espere do lado fora.

- Ok.

Vou ate ele e lhe dou um beijo na bochecha, ou era essa minha intenção pois ele vira ligeiramente a cabeça e acabo beijando o canto de sua boca. Meu rubor aumenta e não tenho coragem de encará-lo.

- Ate as nove, Carlos. – digo e corro para o elevador.

Meu Deus, eu quase beijei Carlos na boca, eu quase beijei meu tutor. Como vou olhar para ele agora? – penso.

Mordo o lábio inferior.

Como seria beijar os lábios de Carlos? – no que estou pensando?

Balanço a cabeça para tirar esses pensamentos dela. Carlos é meu tutor, e deve ser pelo menos dez anos mais velhos que eu. Não que eu me importe com idade, mas... Ele nunca olharia para mim, sou uma pirralha comparada às mulheres que ele sai.

Entro no carro e João sai da garagem em direção a escola.

- João, Carlos já te disse que ele vai me buscar? – pergunto.

- Sim, Ana, ele me mandou uma mensagem, vou aproveitar e irei para casa ver minha filha.

- Não sabia que tem uma filha. – penso um pouco – Alias não sei nada de você. Conte-me sobre você.

Meu TutorOnde histórias criam vida. Descubra agora