Sete

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Já se passaram alguns dias desde Carlos me assustou no estacionamento da escola. Ele deve achar que me esqueci, na verdade só esperei o momento certo.

- Menina. – Maria diz ao entra no meu quarto – Vou ter que viajar de ultima hora. Você poderia cuidar das refeições durante o fim de semana?

- Claro, Maria, pode viajar tranqüila. – fecho o livro que estava lendo – Aconteceu alguma coisa?

- Nada de ruim, minha primeira neta nasceu, e só me avisaram agora acredita? – diz fingindo estar com raiva – Vou dar uns cascudos na minha filha.

- Pode viajar tranqüila, Maria, e dê os parabéns a sua filha.

- Pode deixar. Devo voltar na segunda-feira à noite. – ela diz e sai.

Continuo lendo meu livro ate às dez da manhã, pego meu celular e fones de ouvido, vou ate a cozinha e vejo o que tem para fazer. Todos os sábados e domingos Carlos e eu almoçamos depois do meio dia. Escolho uma playlist de musicas e coloco para tocar, no orfanato as cozinheiras sempre ouviam musica enquanto cozinhavam e eu acabei me acostumando. Separo os ingredientes para fazer um lombo assado, Maria é muito organizada então tudo fica mais fácil. Tempero o lombo e começo a preparar o molho de madeira para acompanhar.

Pego algumas laranjas na fruteira e faça suco. O guardo na geladeira e quando fecho a porta encontro Carlos parado atrás dela. Tiro os fones de ouvido.

- Planejava me assustar? – pergunto.

- Na verdade eu te chamei quando entrei aqui. – diz – Maria disse que você vai cozinhar durante o final de semana.

- Verdade.

- Vou ter que reservar minha cama no hospital? – provoca.

- Eu cozinho muito bem. – jogo o guardanapo nele que desvia.

- Essa eu quero ver.

- Eu deveria te deixar com fome. – cruzo os braços.

Coloco o lombo no forno pré-aquecido.

- Eu poderia pedir comida. – ele diz.

- É verdade, vamos fazer o seguinte; você pede comida para você e eu como o lombo com molho madeira que estou fazendo. – dou de ombros.

- Ok! Você venceu. – ele passa as mãos pelo queixo e morde os lábios. Lembro-me do quase beijo que dei nele. Carlos agiu como se nada tivesse acontecido. Então agi da mesma forma. – O que acha de irmos para piscina depois do almoço? – pergunta.

- Piscina? – pergunto confusa.

- Sim temos uma piscina aqui. – o olho incrédula – Ana Luiza, esse apartamento tem três andares, e no terraço tem uma piscina e um heliporto.

- Eu não sabia disso.

- Percebi. Vou ligar para as duas "Anas" e convidá-las. Se quiser pode chamar seus amigos da escola.

- Vou pensar sobre isso. – digo.

Ele sai para ligar para as duas "Anas", como ele disse. Termino o almoço. E começo a levar para a sala. Descido ligar para meus amigos. Ligo primeiro para Mia.

- Ana! – atende com a alegria costumeira.

- Oi, Mia. O que acha de um banho de piscina?

- Seria ótimo, onde?

- Na casa do Carlos, vou te passar o endereço. Pode ligar para o Dean e o Jonathan?

- Sim.

- Ótimo! Vou ligar para o casal chiclete.

Meu TutorOnde histórias criam vida. Descubra agora