Capítulo 6

9.1K 504 18
                                    

Rafael

Minha vida está um inferno, desde o dia em que eu atropelei aquela patricinha irritada. Depois de uma semana descobri que ela será minha nova secretária, na verdade era a Solange mas como ela é muito oferecida e interesseira, coloquei Isabella em seu lugar. 

Essa garota não gosta de levar desaforo nenhum, briguei com ela na frente de um monte de gente e isso não abalou ela. O pior de tudo é que ela é boa no que faz. Não aguentava mais aquela tensão, esperei minha secretaria sair pra extravasar, eu precisava extravasar, chamei a Solange que veio sem pestanejar. 

Acho que o tempo passou voando, por que nem vi quando a Isabella entra na minha sala. Solange ainda estava em meu colo. Assim que ela fecha a porta eu tiro a Solange do colo.

- Já chega! - me levando e ergo as calças.

- Quero voltar a ser sua secretária!

- Querer não é poder! Agora se vista e saia da minha sala.

Assim que Solange se veste, ela sai e Isabella entra. Sua boca suja não me surpreende. Peço apenas um café e vejo ela saindo de minha sala. Reparo bem em sua bunda. Balanço a cabeça para os lados e volto a me concentrar no computador e logo ela trás meu café.

Saio no mesmo horario que todos saem, vejo que Isabella já foi, resolvo ir também, mas antes irei passar na casa da minha mãe, faz um bom tempo que não passo lá. Pego meu carro no estacionamento e sigo para casa da minha mãe. Ao chegar lá sou recebido pela minha irmã caçula Rebekah.

- Há quanto tempo! - ela diz.

- Trabalho.

- Mãe! Rafael está aqui!

Ela some das minhas vistas e logo minha mãe aparece:

- Oi filho! Pensei que não viria mais aqui.

- Eu ando trabalhando muito.

Logo escuto a porta bater e Rodrigo aparece todo descabelado:

- Rafa você por aqui! Oi mãe!

- Meus meninos! Como anda a empresa?

- Bem. - apenas digo.

- Mãe Rafael contratou uma secretaria ótima! Ela não leva desaforo dele, e ainda o enfrenta.

- Quero conhece - lá.

- O que? Não. Ela é só uma secretária mãe. 

- Eu também fui quando conheci seu pai.

Meu pai, sinto muita falta dele, assim que ele morreu eu assumi seu lugar e Rodrigo o meu. Minha irmã já não gosta de ficar na empresa e resolveu seguir carreira de moda.

- Ok. Eu falo com ela depois - digo contra minha vontade.

- Vou esperar ou eu mesmo vou lá. - ela fala. - Bom vamos jantar eu e Dona Graça fizemos o jantar hoje e está divino. 

Sentamos todos a mesa e começamos a nos servir.

- Então queridos quando que vão me dar netos?

Eu e Rodrigo quase engasgamos com a comida. Rodrigo começa a rir da minha cara e eu fecho a minha.

- Não sei qual a graça! - minha mãe fala seria. - Rafael você vai fazer 28 anos e você Rodrigo 27.

- Ainda não achei a pessoa certa mãe!

Eu já! Só não sei chegar nela! - Rodrigo fala e todos olhamos para ele.

- Quem? - pergunto.

- Um dia saberá - ele sorri.

Será que ele está falando da Isabella? Não acho que não, ele conheceu ela esses dias. Mas também não sei por que estou pensando nisso.

- Quero conhece - lá filho! E Rafael trate de arrumar uma pessoa logo, eu quero neto dos dois. 

- Eu dou um neto para a senhora mãe! - Rebekah fala.

- NÃO! - Eu e Rodrigo falamos. 

- Nossa estava só brincando! Mas vocês sabem que não vão me prender por muito tempo né? Eu já tenho 22 anos.

- Sua irmã tem razão! Ela já é maior de idade e já sabe o que faz.

A conversa sobre filhos já estava me deixando cansado, depois que minha mãe serviu a sobremesa, eu me despeço de todos e vou para casa.

Sr. ArroganteOnde histórias criam vida. Descubra agora