Capítulo 2

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Itália é literalmente um sonho. Por que eu não vim à esse país antes? Sua arquitetura rústica entrega seus milênios de existência. Eu acho que estou apaixonada por Verona e talvez, apenas talvez, eu venha morar nesse lugar incrível. As pessoas são simpáticas e acolhedoras. Descobri isso nos primeiros 5 minutos aqui em Verona, quando várias pessoas faziam o possível e o impossível para entender minha língua.

Chego ao hotel de carro e pago o motorista.

"Grazie, ecco i soldi" (Obrigada, aqui está o dinheiro) Leio a tradução que coloquei no meu celular para poder me comunicar com o motorista.

"Hahaha, eu falo a sua língua senhorita" Diz o motorista. Sinto minhas bochechas queimarem e rio sem graça.

"Ah sim, desculpe" Saio do carro o mais rápido possível. Eu sou tão idiota. Me xingo mentalmente e acabo não reparando na paisagem à minha volta. Meu Deus, acho que estou sonhando, só pode ser um sonho. Olho para a extensão da rua feita de paralelepípedos com grandes prédios beges. Nos prédios haviam grandes janelas e sacadas, as quais tinham várias flores caindo. Por entre os prédios haviam becos que julgo eu ser ruas e avenidas. Alguns bares ali se encontravam a abrir já que são 18:30 e o movimento começa a aumentar. Bares rústicos e pubs iluminam as ruas de Verona a deixando cada vez mais charmosa. Chuto que hoje esteja fazendo uns 23°, mas nada tira o sorriso dos rostos de moradores, turistas e guias que andavam pela rua. Agora eu tenho certeza, eu amo esse lugar.

Ando até um hotel que estava entre um café e um bar. Ótima localização por acaso. Entro no hotel me deparando com uma recepção não muito grande, contendo nela um sofá de couro, duas poltronas e algumas pessoas sentadas, caminho até o balcão encontrando uma senhora já de idade escrevendo em uma pequena agenda.

"Olá, meu nome é Nicola Smith, eu tenho uma reserva com o meu nome." Digo tirando a senhora de seus mais inoportunos e profundos pensamentos enquanto escrevia em sua agenda.

"Ah querida moça, só um minuto que irei checar" Ela pega um enorme caderno e abrindo-o. "Aqui está, Nicola Kristen Smith, quarto 14. Seja muito bem vinda, minha flor. Espero que goste da hospedagem" Diz a senhora abrindo um sorriso banguela me entregando as chaves.

"Muito obrigada, tenha uma boa noite" Abro um sorriso acolhedor fazendo a senhora se alegrar. Sempre achei sorrisos e olhares algo tão simples mas tão significativos. Um sorriso tem tanta pureza quanto uma criança recém nascida. Ótima comparação não é mesmo?

Subo ligeiramente as escadas estreitas chegando ao segundo andar e entrando em um quarto pequeno mas aconchegante. Suas paredes eram beges, uma cama de solteiro encostada na parede parecia convidativa no momento. Um armário e pequeno frigobar ficavam em frente a cama e ao lado tinha uma pequena sacada com portas francesas. Boto minha mala encima da cama abrindo-a e tirando as roupas para na ficar amaçadas e colocando-as no armário. Depois disso me jogo na cama e deixo o sono tomar conta do meu corpo.

(...)

Acordei com o sol batendo em meu rosto e corpo, deixando-me ainda mais aconchegada na cama pois parecia que Deus tinha me cobrido com um grande e quente cobertor. Eu amo isso. Verifico as horas e me assusto. São 11:30. Eu definitivamente tenho de que me acostumar com o fuso horário. Corro até o pequeno banheiro, faço o necessário e tomo um banho gelado. Visto apenas um vestido florido soltinho, calço minhas rasteirinhas, ando até o banheiro passando uma rápida maquiagem que se resumia em apenas um corretivo na área das olheiras, um pó para selar e um rímel. Saio do banheiro rapidamente, pego as chaves do quarto, minha bolsa com os documentos e um pequeno caderno com uma caneta para escrever para meu artigo e logo saio correndo do meu quarto. Desço as escadas apertadas correndo e saio do hotel e entrando no café que se encontrava ao lado.

"Buongiorno" (Bom dia) Cumprimento o balconista. "Você poderia me servir um café expresso por favor?"

"Claro, com adoçante ou açúcar?" Responde.

"Açúcar, por favor" Aguardo meu pedido, pago assim que recebo e saio do café andando até o meu destino. A casa do Amor.

(...)

Confesso que não foi fácil achar o caminho, mas nada que uma boa educação e força de vontade para perguntar para as pessoas.

A casa era realmente linda, tão linda quanto a cidade. Olho ao meu redor e encontro varias mulheres sentadas à escrever, reparo que em uma das paredes havia vários bilhetes colados. Sento junto das mulheres logo começando o meu artigo e não tendo pressa para escrevê-lo.

(...)

Já se passaram 5 horas e estou tão focada nessa matéria que só reparei agora que estava só. Todas as mulheres que ali se encontravam já tinham ido embora me deixando ali com apenas de milhares bilhetes na parede. Guardo meu caderno dentro de minha pequena bolsa junto de uma caneta e trato de me levantar do banquinho. Meu objetivo era claramente sair dali tranquilamente, mas este fora adiado quando meu corpo vai ao encontro de outro me fazendo cair desengonçadamente no chão.

"Olha para onde anda!" Uma voz rouca e grossa se pronunciou com certa raiva presente me causando arrepios e imediatamente olho na direção do dono da voz. Ele tinha cabelos cacheados que iam até suas orelhas, sua estatura alta me deixava com certo receio.

"Creio que você quem deveria ter mais cuidado, olha só o seu tamanho". Digo com repulsa.

"Espero sinceramente que não volte a cruzar o meu caminho" Dito isso ele sai dali pisando firme como se descontasse sua raiva em suas pegadas. Que garoto ridículo, quem ele pensa que é?

olha que surpresa boa, dois capítulos em apenas um dia. eu realmente estou animada para continuar essa história. eu tenho muitas ideais com toda certeza irei pô-las em prática.

espero que tenham gostado do capítulo, não se esqueçam de comentar e votar pq me dar mais força de vontade para continuar a história.

obrigada por tudo
xx Ana Luiza.

{Revisado-24/06/2019}

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