Capítulo 15

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POV Sofia

Estavamos há quinze minutos no mais completo silêncio naquela casa enorme. Aquilo já estava me assustando, ele parecia escolher bem as palavras.

- Você nunca confiou em mim, não é?

- Roman, eu...

- Eu errei, Sofia, errei mesmo, sair com ele doente foi um vacilo grande, mas dizer que eu não sei fazer isso e que eu não estou pronto me feriu muito, me feriu porque eu sei que é verdade, porra, eu to tentando, mas sinto que to falhando e você só jogou na minha cara isso. Mas eu esperava que você confiasse em mim.

- Eu confio.

- Não, não confia e você deixou isso bem claro quando disse que sabia que eu não estava pronto, eu tenho medo, tenho muito medo, eu não estive lá em todos os momentos, recebi um garoto já crescido, com todos os costumes e noções do que é certo e do que é errado, eu to tentando aprender, mas eu preciso de ajuda pra isso - ele se aproximou de mim e tocou minha face com as palmas das mãos - Me perdoa pelo que eu fiz, me perdoa por não estar lá quando vocês precisaram de mim e acima de tudo, me perdoa por ter falhado.

- Você errou, errou feio - ele se afastou de mim, ficando na defensiva novamente - Eu nunca exigi nada de você, nunca pedi que assumisse essa responsabilidade, mas...

- EU SEI, PORRA - ele apertou meus braços e acredito que a expressão de medo e dor em meu rosto era evidente, já que ele olhou pra suas mãos e a pressão que faziam em meus braços e me soltou, eu dei dois passos para trás, me afastando dele - Me, me desculpa, eu não sei o que eu to fazendo, eu tento concertar, mas faço tudo errado - ele parecia realmente assustado com o aperto que deu em meus braços - Eu sei que você nunca pediu isso, mas eu quis, eu quero fazer isso.

- Vai me deixar terminar? - ele assentiu - Como eu ia dizendo, eu nunca te exigi nada, mas ainda assim você quis fazer isso, você se dispôs a esse papel e eu só tenho a te agradecer por isso. E eu também tenho que pedir perdão, quando você precisou de mim eu também não estive lá, eu fiquei observando de fora, apenas esperando um erro seu, e eu sabia que você iria errar, porque eu erro o tempo todo, porque é natural, faz parte do processo errar e não existe problema nisso, desde que você assuma seus erros e se desculpe por eles. Então, hoje, eu quero pedir perdão por não te ajudar e te apoiar nessa caminhada que é tão difícil.

Ele estava sentado no braço do sofá, de cabeça baixa, eu abracei seu pescoço e ele abraçou minha cintura. Segurei seu rosto entre as mãos e o ergui para olhar pra mim.

- Você é um bom pai, a prova disso é o fato que Nathan chamou por você quando sentiu medo, e confesso que eu fiquei com um pouquinho de ciúmes disso.

- Não precisa ter ciúmes, eu posso ser o super-herói, mas você sempre será a princesa guerreira dele, o amor maior.

Nos beijamos, um beijo calmo, cheio de amor e carinho.

- Então, estamos bem?

- É, acho que estamos sim, e também acho que deveríamos aproveitar a noite só pra nós dois, afinal Nathan está bem e sua mãe está cuidando dele.

- E o que você sugere pra essa noite, hein?

Ele mordeu meu lábio inferior e apertou minha bunda.

- Sugiro que você me leve no quarto pra que eu possa mostrar.

Eu mal terminei de falar e ele já me pegou no colo e me carregou escada a cima, ao chegar no quarto ele me jogou na cama e retirou sua roupa, me mostrando mais daquele corpo perfeito. Eu também tirei minha roupa e o esperei entre minhas pernas.

- Safada - ele deu um tapa da minha coxa e beijou minha boca, deslizou os dedos pela minha buceta e viu que eu já estava completamente molhada pra ele - Eu quero tanto estar dentro de você e você está tão molhada.

- Eu sempre fico assim quando você está por perto.

Senti seu membro me preenchendo por completo.

- Ah, Roman.

- Isso, geme meu nome.

Ele metia com força e me dizia coisas obscenas. Eu nunca imaginei que uma dor poderia ser gostosa, mas quando ele apoiou minhas pernas em seus ombros, o que lhe permitiu uma penetração mais profunda, e meteu forte eu gritei, numa mistura perfeita de dor e prazer. Eu sentia seu pau batendo no meu útero, ele estocava forte e rápido.

- Ah, Sofia, minha gostosa.

Sua voz rouca em meu ouvido só me excitada mais, céus ele é incrível.

Ele me virou de bruços, ergueu um pouco minha bunda, deu um tapa e continuou metendo, até gozar dentro de mim, me preenchendo com seu líquido quente.

Ele continuou deslizando os dedos pela minha buceta até que eu gozasse também.

- Bem que dizem que sexo de reconciliação é incrível, quero até brigar mais.

Ele disse ao se jogar na cama ao meu lado.

- Credo, Roman, eu não quero brigar nunca mais, seu idiota.

- Vamos tomar um banho.

- Você quer é me comer de novo.

- Credo, Sof, nem tudo que eu falo é sobre sexo, mas agora me deu vontade de fazer na banheira.

...

Depois de um round na banheira, outro no closet e mais um na escada, iamos finalmente comer, comida.

- Você disse que também comete erros, mas eu não vejo isso, me diz alguma vez que você errou, tipo errou mesmo.

Ele perguntou enquanto cortava a cebola pra mim, eu estava lavando o macarrão e ri ao me lembrar de um dia específico.

- Eu odeio admitir minhas falhas, mas houve um dia, que Nathan tinha que fazer o deverzinho de casa, era coisa simples, mas ele não queria fazer e Roman, eu fui muito mãe muito nova, eu só tenho vinte e dois anos, então as vezes acabo agindo como uma irmã dele. Naquele dia eu disse pra ele ir fazer o dever e ele bateu o pé dizendo que não ia fazer...

- Anda, Nathan, não me estressa e vai pintar seu desenho.

- Não quero - ele bateu o pé.

- Você vai AGORA, ou vai ficar de castigo.

- Ta, eu vou, mas não é pra você ir lá pra sala.

Ele foi batendo o pé e eu não resisti, como uma criança birrenta fui atrás, sentei no sofá, coloquei a almofada no meu colo e soltei minhas mãos sobre ela.

- Eu tô aqui, você vai fazer o que?

Nathan ficou me olhando com um cara estranha, como se eu fosse uma criança esquisita.

- Então eu me dei conta de que estava agindo como uma criança, eu pensei "cara, eu sou a mãe dele, não a irmã", me levantei e saí da sala sem dizer mais nada e ele ficou me encarando estranho o restante do dia. Da pra parar de rir?

Roman estava gargalhando, ao ponto de saírem lágrimas de seus olhos.

- Por Deus, você foi muito criança.

- Palhaço, eu sou um neném.

Ele trocou as gargalhadas por um sorriso sacana, me abraçou por trás, mordeu de leve minha orelha e disse baixinho em meu ouvido.

- Um neném não faz o que você fez comigo há meia hora.

Por Você - Roman BurkiOnde histórias criam vida. Descubra agora