Capítulo 43

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[Estamos na reta final 💔]

POV Sofia

— Mamãe — Nathan pulou em meu colo.

— Oi, meu amor — beijei e abracei ele — Me da ela, papai ciumento — joguei um beijo pro Roman.

Aos poucos eu moldaria Roman para que ele desse a ela a mesma liberdade que da a Nathan.

— Eu não vou pegar ela — olhei feio pra ele — Quando eu peguei ela, uma enfermeira me ajudou e você não imagina como ela é molinha.

— Imagino sim, Nathan também já foi assim.

— Eu era desse tamanho, mamãe? — Nathan perguntou, olhando meio torto para a Clarisse, que se remexia no bercinho.

— Era sim, meu bem — abracei ele apertado — Agora já é quase um homenzinho. Pega ela, amor, vai deixar sua filha morrer de fome?

Ele esticou e colocou a mão na de diversas formas antes de finalmente pegá-la, foi meio desengonçado e travado, mas ele apoiou todo o pequeno corpo dela em suas mãos gigantes.

— Ainda me impressiona o fato de que ela cabe nas minhas mãos.

— Não me impressiona, suas mãos são enormes — peguei minha filha e sorri pra ele, que se sentou ao meu lado na cama.

Eu me sentia completa, minha vida não poderia estar melhor, o amor da vida e meus dois filhos comigo, tudo que eu poderia pedir a Deus.

— Voltamoooos — Scarlett disse, entrando com Reus no quarto — E trouxemos companhia — Karin, Martin e Marco entraram logo atrás.

— Cadê a princesinha do vovô? — Martin esticou os braços para pegar Clarisse — E você, campeão, como ta? — perguntou beijando a cabeça de Nathan.

Esse carinho que eles tem com ele me impressiona, Karin abraçou e beijou ele, antes mesmo de olhar para Clarisse.

— Nós temos uma novidade — Reus falou sorrindo feito um bobo — Vamos ter um bebê.

— Aaaaaah, não creio — gritei e Clarisse começou a chorar — Vem, mamãe — a peguei no colo e comecei a sussar — Estou tão feliz por vocês!

— Me da ela aqui — Reus pediu — Deixa que eu acalmo essa princesa, já tenho que treinar.

...

Menos de 24 horas após o parto nós já estávamos em casa. Nathan não desgrudava de Clarisse nem por um segundo, assim como Roman, que já era babão com Nathan e estava mais ainda com Clarisse.

Quando nos deitamos a noite para dormir, Roman vaio em minha direção, se deitando sobre meu corpo e beijando meu pescoço.

— Opa, quarenta e cinco dias — falei rindo e saindo de baixo dele.

— Eu vou morrer — ele choramingou — Sério que tem que ser isso tudo?

— Sim, um bebê passou pela minha vagina, ela tem que se recuperar.

— Falando nisso...

— Lá vem!

— Não me leva a mal, mas depois de passar um bebê ela não fica meio...relaxada?

Ele não ta perguntando isso, revirei os olhos antes de responder.

— Você me achou apertadinha na última vez que fizemos? — ele assentiu veementemente — O Nathan nasceu de parto normal, o músculo dela é elástico, então eu vou voltar a ser exatamente como era — ele abriu um sorriso safado — Por que? Não ia gostar de mim se ela não fosse mais apertadinha?

— Claro que ia, amor, eu te amo!

— E só pra constar, sua pergunta foi muito grosseira, por isso vai pegar a neném.

Ele beijou minha bochecha e foi pegar no colo a Clarisse, que estava chorando.

— E mesmo se eu não estivesse de resguardo, não faríamos nada, você tem jogo amanhã. Champions contra o adversário mais forte do grupo, então tem que ta inteiro. Por isso, eu vou pro quarto da Clarisse e cuido dela a noite, pra você dormir direito.

— Mas eu quero ajudar — ele disse baixinho, depois que tinha acalmado ela.

— Você já está ajudando, é hora de nós cuidarmos de você.

...

Martin e Marco levaram Nathan ao estádio para mim. Clarisse acordou quatro vezes nessa madrugada para mamar, não sei se por Nathan ser mais calmo ou por eu dar mais leite, mas ele não acordava tantas vezes.

Eu não falei com o Roman, mas sentia que Clarisse secava meus dois seios e não ficava satisfeita, ela só tem dois dias de vida e eu já me sinto falhando no papel de mãe.

— Está tudo bem, querida? — Karin perguntou, só ai eu notei que estava voando enquanto ela falava comigo.

— Está sim.

— Por que será que eu não acredito? Diz logo, o que está acontecendo?

— Eu não estou dando leite direito — suspirei derrotada — ela está ficando com fome.

— É só o começo, Sof, tenha paciência, já falou com seu médico?

— Ele disse que a tendência é aumentar a quantidade a medida em que ela for sugando, mas quando o Nathan nasceu meus seios já vazavam leite.

— Minha querida, você sabe que os filhos são diferentes e a forma como seu corpo reage a cada gestação também é diferente. Você vai conseguir, é só ter paciência.

No fim do dia resolvemos ligar a tv para ver o jogo, Clarisse estava no bebê conforto conosco na sala.

— Não tenho coração para isso, além de não querer que ele leve gols, tenho medo de alguém machuca-lo — Karin disse, roendo as unhas.

Quando o jogo acabou eu resolvi ligar para o Roman.

— Oi, amor, ta no vestiário? — ele confirmou — Ta tudo mundo ai? — mais uma vez ele confirmou — Coloca no viva-voz. Fala cambada, tenho alguns recadinhos. Hakimi, o que passou pela sua cabeça ao tomar aquela bola do Reus no cara do gol? Deu bug no sistema? Ainda bem que você compensou com jogadas maravilhosas depois, parabéns!

Obrigado, Sofia, já achei que você ia me bater pelo telefone — ele falou rindo.

— Eu ainda posso usar os hormônios como desculpa para estar agressiva. Mas agora, meninos, parabéns, foi um jogo excelente, finjam que eu sei do que tô falando, você arrasaram e mostraram que é que manda. E quando a você Roman Bürki, por mais certo que esteja do que está fazendo, NUNCA MAIS DRIBLE O CARINHA — escutei a risada de todos no vestiário — É serio, eu tava dando mama pra Clarisse, você fez isso e eu quase esmaguei ela nos meus braços de tão tensa que eu fiquei.

Vou pensar no seu caso, amor, mas e minha garotinha, tá bem?

— Tá sim e está esperando o papai em casa, vem logo!

Quando Roman chegou, ele veio até o quarto me encontrar.

— Vem cá, meu campeão — abri os braços para ele.

— Eu ainda não ganhei.

— Mas vai ganhar e se não ganhar vai continuar sendo meu campeão — beijei ele.

— Já que é assim, talvez eu mereça... — quando ele ia se inclinando sobre meu corpo e eu já saí de debaixo dele rindo — Nem no bumbum pode?

— Não, nem no bumbum, se controla, homem — respondi rindo.

Por Você - Roman BurkiOnde histórias criam vida. Descubra agora