Capítulo 05

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Eu acordava aos poucos, minha cabeça rodava, eu não conseguia entender o que estava acontecendo a minha volta, eu só via sombras a minha volta e ouvia vozes.

- Doutora, ela acordou.

- Consegue me ouvir? Consegue me ver perfeitamente? Consegue falar?

- Ela deve estar fraca demais para isso!

- Tirem uma amostra de sangue e deixem ela repousar!

- Não há tempo, o general mandou interroga-la assim que acordasse.

- Ela está fraca demais, ela não consegue ficar acordada por muito tempo, ela pode desmaiar no meio do interrogatório seus idiotas!

Horas depois:

Vou abrindo meus olhos lentamente e sinto algo tampar meus olhos, me sento e retiro a faixa que tampava minha visão. Jogo a faixa no chão branco, tento me levantar, mas eu estava presa na cama e tinha soro ao meu lado, logo arranco os fios que estavam grudados a mim. Olho para trás e vejo dois cientistas parados na porta do quarto.

- Q-Quem são vocês? - Pergunto.

- Se acalme, só queremos ajuda-la! - Fala o homem.

- ONDE ESTOU? - Grito perguntando.

- Se acalme ou teremos que tomar providências! - Fala a mulher.

- Doutores parem de enrolar e andem logo com isso.

Uma voz robotizada surge na sala, olho para o lado e vejo uma janela com vidro preto, tenho a sensação de estar sendo observada através daquele vidro.

- Sente-se por favor. - Pede o homem.

Mesmo desconfiada eu sento na cama, eles vem até mim e começam a fazer algumas perguntas.

- Consegue ver perfeitamente? - Pergunta o homem.

Eu apenas respondia balançando a cabeça em reposta de "sim" e "não". Eles estavam folheando alguns papéis, até que eu perco a paciência e pergunto mais uma vez.

- Eu realmente estou de paciência esgotada, somente quero saber onde REALMENTE ESTOU! - Levanto a voz.

Os dois ficam calados.

- Mas por...

Sou interrompida pela porta se abrindo no quarto e entram três guardas que mandam os dois doutores se retirarem.

- Deve saber bem do que está a passar por aqui. - Diz um dos guardas.

- Não, eu não sei, quero que refresquem minha memória. - O enfrento.

- Okay, eu digo que VOCÊ está presa por invasão e roubo de informações confidenciais do Governo. - Diz ele. - Será mantida aqui por um longo período, e também vai colaborar conosco se quiser ser livre outra vez.

Queria tanto poder socar aqueles três na minha frente, mas a corrente presa a mim me impedia de fazer tal ato.

- Agora fique aí aos quatro cantos deste quarto, daqui a pouco a corrente automaticamente vai se soltar. - Ele dá as costas. - Se divirta com sua prisão.

Aquilo me deixou muito furiosa. Logo que eles saem da sala, a corrente se solta do meu pulso, pensei em quebrar aquela janela mas o vidro era reforçado, então desisti, eu só queria sair dali o mais rápido possível. Eu andava pelo quarto inteiro para me distrair, andava e nem sabia se já tinha se passado horas ou dias, não tinha muito o que fazer ali, então eu dormia sem preocupação alguma, eu já estava perdendo a esperança de sair dali.

Horas depois:

Eu dormia tranquilamente quando a porta se abre e o guarda de antes entra.

- De pé. - Diz ele furioso.

Eu apenas me sentei na cama.

- Disse para você ficar de pé. - Murmura ele.

- Está muito nervoso senhor guarda. - Falo enquanto fico de pé. - Aconteceu alguma coisa que deixou o senhor furioso foi?

Falo em deboche com ele, aquilo o deixou ainda mais furioso, ele manda os dois guardas que o acompanhava para colocarem as algemas em mim e me levam para fora do quarto. Eles me levam por um longo corredor branco até chegar em um pequeno laboratório.

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