Capítulo 07

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Fico olhando para o teto esperando alguém entrar no laboratório e me tirar do tédio. Eu estava prestes a dormir ali, até que ouço a porta se abrindo e entrar dois cientistas, fico fingindo que não havia percebido nada e ainda fico com a cabeça para trás, olhando para o teto.

- Se você colaborar, nós podemos fazer isso o mais rápido possível! - Uma voz grossa se faz.

Abaixo a cabeça e vejo um homem e uma mulher de jalecos.

- Quem são vocês dois? - Pergunto os encarando.

- Adoraria falar, mas não vamos perder tempo demais aqui! - Fala o homem.

Ele dá as costas e vai até uma pequena mesinha com remédios enquanto isso a mulher vem até mim e começa a colocar um bracelete em mim.

- Seu namorado é bem gentil! - Falo no sarcasmo.

- Há, o Edward não é meu namorado, é meu marido, ele tenta bancar o durão, mas as vezes não consegue! - Fala ela apertando o bracelete em mim.

- Pronto? - Pergunta ele.

- Sim. - Fala ela.

Ele chega perto com uma seringa.

- Pera aí, injeção? - Pergunto nervosa.

- Tem medo de injeções? - Pergunta ele com um sorriso de canto.

- Não.... - Falo e eles ficam me encarando. - Sim... Eu tenho medo...

- Não vai doer tan...

- Tecnicamente vai doer sim, é só não olhar! - Diz ele interrompendo ela e com um sorriso.

- Não tá ajudando muito, sabia? - Ela se abaixa a minha altura. - Tente relaxar o máximo possível, vai ser como uma picada de formiga.

Eu respiro fundo e começo a relaxar ao máximo possível, ele vem até mim e segura meu braço, assim injeta o líquido em mim, logo ele retira a seringa.

- Você prendeu a respiração que eu sei, solte ela, você está vermelha que nem um pimentão! - Fala ela em um tom de preocupação.

Solto a respiração e volto ao meu estado normal.

- Você está quase chorando por conta disso. - Fala Edward.

- Não quero mais ver nenhum tipo de injeção na minha frente. - Falo recuperando o fôlego.

- Está com azar, pois temos que retirar um pouco de sangue. - Fala ela.

- É O QUE? - Pergunto gritando.

Uma hora depois:

- Quem diria, a hacker mais procurada tem medo de agulhas. - Fala o guarda.

- CALA A BOCA SEU IDIOTA! - Grito.

Ele e mais alguns começam a rir enquanto eu fazia cara de nervosa.

- Okay pessoal vamos parar com isso! - Fala a cientista.

Ela sempre se mostra boazinha demais, seu marido ainda está mais ou menos, só queria saber do porque ela está sendo muito gentil comigo.

- SENTIDO! - Grita um guarda.

Vejo um homem entrar no laboratório.

- Descansar! - Fala ele.

Eu começo a encara-lo, percebo que ele estava com uma caixa em mãos.

- Mudança de planos, você irá começar a agir hoje, então colabore! - Diz ele. - Coloquem as algemas nela e vamos.

Os guardas se aproximam e colocam as algemas em mim, me levam para fora do laboratório, andamos por um longo corredor até chegarmos em uma grande sala, havia um grande telão, computadores e varias pessoas trabalhando.

- É aqui que você irá ficar por um determinado tempo, está é sua mesa. - Ele coloca a caixa sobre a mesa. - Precisa de mais alguma coisa?

- Preciso que retire as algemas de mim e também quero um sanduíche. - Digo fazendo cara de cachorro pidão.

- Está bem, retirem as algemas! - Ordena ele.

O soldado tira as algemas.

- Não acham que estamos dando muita liberdade para ela? - Pergunta outro soldado chegando de supetão.

Não sei porque, mas senti um frio na barriga quando o vi, mas sabia que ele não ia com a minha cara, e já o odiei assim que ele disse sua primeira palavra, com certeza ia dar uma confusão ali de nós dois.

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