Capítulo 13

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Eu sabia que precisava sair dali o mais depressa possível, sabia que eu estava perdendo muito sangue, assim eu ia apagar ou até morta. Começo a analisar as correntes e vejo que a peça que as prendia estava enferrujadas. Começo a puxa-las com tudo com todo o peso do meu corpo, até que finalmente eu consigo quebra-las. Vou até a mesa de ferramentas e uso uma delas para retirar o resto das correntes do meu pulso.

- Agora eu irei te mostrar que você mexeu com a pessoa errada seu idiota. - Falo saindo da sala.

Assim que saio, encontro tudo vazio, supostamente David já tinha se mandado para resolver alguma coisa, para a minha sorte, minhas coisas estavam ali, pego meu celular e vejo mais de vinte chamadas perdidas, todas de Joe, Michele e Edward. Começo a discar o número de Joe.

- Alô. - Diz ele.

- Joe? Sou eu, a Scarlet. - Falo na pressa.

- Scarlet, onde você se meteu garota? Estamos à horas te procurando e nada. - Diz ele preocupado.

- David me pegou, mas olha, eu estou bem, agora preciso que vocês comecem a rastrear meu número, sei que um número só pode ser rastreado se fizer uma chamada, a hora é agora, faça isso, David pode voltar a qualquer momento. - Falo pegando minhas coisas.

- Consegui já, okay, estamos indo para aí, aguenta só mais um pouco está bem! - Diz ele. - Já estou reunindo a equipe.

- Que bom, venham depressa, enquanto vocês não chegarem aqui e David também não chega, eu irei explorar um pouco a casa para ver o que eu encontro. - Falo indo até a cozinha da casa.

- Vê se toma cuidado por favor, já estamos saindo aqui, nos encontramos daqui a pouco, tchau. - Ele desliga.

Coloco o celular no bolso e abro todas gavetas da cozinha em busca de algo útil, a única coisa que encontrei foi uma faca de cozinha.

- Bom, isto vai ter que servir para alguma coisa. - Falo pegando ela.

Saio da cozinha com a faca em mãos e vou andando de cômodo a cômodo da casa, entro em um quarto que estava cheio de fotos nas paredes, ligamentos e tudo, em um canto tinha plantas de prédios, contas bancárias e mais. Muitas informações, esquemas de tudo. Daí acabo encontrando o tal de "Projeto 35".

- Então, "Projeto 35" são armas nucleares. - Falo pegando os papéis. - Com isso, David pode fazer o que ele quiser, meu Deus. O alvo dele é atacar a Prefeitura.

- E você está completamente correta sobre o que acabou de descobrir. - A voz de David se faz no quarto.

Meu coração dispara fazendo o medo dominar meu corpo por completo, eu não conseguia mover meu corpo.

- Ora ora, você está tremendo de medo, uma das Hackers mais procuradas tremendo de medo, isto é novidade para mim. - Ele provoca.

- Você é um tremendo psicopata. - Falo com a voz trêmula.

- Retiro o que eu disse lá na salinha, que você não tinha inteligência, você tem mesmo, hoje em dia é raro alguém ter. - Diz ele. - Mas eu já era de se esperar de você que apresenta uma anomalia, agradeça por isso, se você não fosse anormal, VOCÊ SERIA UMA QUALQUER QUE NEM TODOS OS BABACAS QUE TEM NESTA CIDADE IMUNDA.

Ele deu um tempo e pude ouvir ele se aproximando mais de mim ficando bem próximo de meu ouvido.

- A desvantagem de ser anormal, é que você não tem uma família normal como os outros, uma família que você tanto desejou em um dia ter. - Ele sussurra.

Em um reflexo rápido, eu tento atingi-lo com a faca, mas ele me desarma e me coloca contra a mesa.

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