Várias naves se posicionaram numa ponte de rádio.
Um comando especial entrava nesse instante numa das naves no espaço. Fotos mostravam sua forma básica. Naves grandes com 1000 metros em média. Esferas amarelas com os polos achatados para dentro. Desses polos afundados saiam arcos em números inexatos, mudando a quantidade de nave pra nave e terminavam na zona equatorial. Escolhemos a maior delas. Pelas câmeras nos capacetes vimos como os dois comandos de busca agora juntos abriram uma comporta. Avistamos os primeiros mortos flutuando pelos corredores. Não havia atmosfera.
Foram seres quadrúpedes, de cabeça triangular e focinho longo, boca desdentada. Estranhas múmias conservadas por 60 mil anos. Com roupas simples em cor cinza em sua maioria. Curioso Thomas Lay não viu armamento algum nos cinturões.
"Não tinham inimigos? Ou não temiam ser atacados frente a frente?"
No que seria a sala de comando uma luz amarela piscava suave, uma seta apontava um botão grande. O comandante do grupo apareceu na imagem.
—O que fazemos Thomas?
Era o comandante do cruzador.
Thomas meditou, mas era Ton que fazia suas análises, olhou de lado o coronel Vanglory com olhos fitos nas imagens, essa decisão deveria ser dele..., e finalmente respondeu:
—Sim liguem, mas primeiro soltem seus cinturões bem a vista. Liguem os escudos.
Seu pessoal obedeceu de pronto. Acompanhou os preparativos dos astronautas do outro lado da galáxia soltando as armas e se perfilando um ao lado do outro. Finalmente um deles se aproximou do botão e apertou.
As luzes acenderam, o rugido de máquinas nas profundezas ecoou. Captaram um sinal de transmissão potente que em meio minuto foi respondido. Alguém chamava em algum lugar do especo infinito. Uma tela acendeu e uma máscara branca, parecida com um dos astronautas mumificados lhes olhou por um bom tempo. Finalmente falou algo e o comandante do grupo com a tradutora na mão se aproximou falou pro seu interior e palavras foram escutadas. Deixou diante o painel e a máscara começou a falar muito rápido. Parou apenas quando uma luz verde acendeu sobre o aparelho que identificou muito rapidamente os sons.
—Quem são vocês? Vocês que mataram meus senhores?
Um gráfico de desempenho estava projetado diante os olhos de Thomas. Ton analisava o desempenho do cérebro. O fator caiu pra sete. Um fator mediano. Foi a pergunta pouco ilógica feita pela máscara. Thomas se apressa em responder-lhe:
—Não matamos seus senhores. Um acidente nos fez cair em sua galáxia e desde então ao descobrirmos que toda a vida havia sido morta estamos buscando responder esse mistério.
—Não há vida na galáxia?
—Apenas algumas raras formas vegetais..., animal ou bactéria, vírus..., tudo desapareceu. Vou lhe passar tudo que conseguimos coletar.
A equipe de astronautas na nave estava estática esperando o resultado da conversa. Pelo altíssimo grau de preparação de cada um, todos já haviam concluído que o cérebro era um tanto lerdo e pouco lógico. Isso queria dizer que pra uma máquina com tanto poder de fogo orbitando o planeta era melhor ficar bem quieto pra evitar ser mal interpretado. Um dos técnicos se adiantou e colocou um aparelho diante a tela.
—Estamos transmitindo em forma binária a velocidade da luz...
—Captei e sincronizei a transmissão, obrigado.
Segundos se passaram. Enfim veio a resposta:
—Em que podemos lhes ajudar?
Ton projetou a resposta diante seus olhos e Thomas leu rápido:
VOCÊ ESTÁ LENDO
A GALÁXIA DO SILÊNCIO (completo)
Fiksi RemajaGuerra total entre Mega Entidades Cósmicas. E um grupo de humanos é chamado como tropa da Senhora do Tempo. Aquela que controla o tempo em todos os universos. Uma civilização no último passo da Evolução Cósmica decide retornar. Decide refazer os cá...