Capítulo 15 / A viagem pelo mundo do futuro

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Yndit e Arthur estão cada dia mais próximos e planejam a viagem que querem fazer para ele conhecer o mundo.

Chegou o dia tão esperado. Viajaremos hoje.

Não sei o que vou encontrar pela frente, mas, a companhia de Yndit está, cada dia mais, aconchegante. E, eu vou devagar com ela. Não quis apressar nada. Ainda não tivemos nosso momento a sós. Porém, sinto que é um tempo onde posso relaxar, acalmar minha mente cheia de ansiedade e viver o que tem de bom nesse lugar. Os novos amigos são mais próximos dos que eu tinha antigamente. Tranquilos, eles me percebem melhor. Apenas, não se acostumaram com os meus conflitos. Isso ainda não mudou. Como eles não têm esse tipo de processo mental, eu os admiro. São vitoriosos. Fizeram o que não imaginaríamos no século XXI.

Vivem com respeito, dignidade, uma vida bem mais simples do que vivíamos no meu tempo.

Eles me admiram, também. E eu aceitei esse fato. Sou um tipo de sobrevivente, cuja vida mudou em todos os parâmetros. E eles apreciam minha coragem, determinação e aliança com eles. Viver o presente e entregar o que tenho de bom, para que possa retribuir o que eles me deram: uma vida, de novo.

Isso me anima. Fazer a minha existência acontecer aqui. E, essa viagem é um sonho para mim, agora. Poder estar livre de todos os compromissos diários. Yndit diz que minha ansiedade ainda não foi totalmente embora e quando ela for, esses desejos de estar fora passam. Mas, será bom estar longe, por um tempo.

Além disso, vou ganhar a autonomia de levitar pela minha energia. Não vejo a hora para acontecer essa façanha. Grande momento.

Interessante esse processo. Eles programam o consumo de energia na mente! E a levitação, que consome uma parte grande de potência, começa a desacelerar o processo de consumo energético. Então, a força se renova. A física é utilizada para fazer isso ocorrer. Estudei um pouco e compreendi melhor. Sinto falta de não ser engenheiro aqui. Mas, esses estudos já não são necessários, nesse mundo. As profissões com estudos avançados de cada área, não tem mais lugar aqui.

Para mim, tudo é uma embate cotidiano. Eles são gente simples. E o pensamento dessa época condiz com todo o "sossego de vida" que eles tem. É tudo de bom!!!

Yndit chega para me ajudar.

− O que você aprontou?

− Nada, Yndit, nem sei o que levar, como levar. Preciso de sua ajuda. Estou mais perdido do que nunca.

− Vamos ver as roupas que você gosta de usar.

− Calor ou frio?

− Um pouco dos dois. Você quer conhecer o mundo, não é?

− Claro, tudo o que vocês tem de bom.

− Você viajava para outros lugares fora do Brasil?

− Muito pouco, Yndit. Trabalhava muito para me sustentar sozinho. Lá, a gente dependia de dinheiro para tudo. Viagens eram luxos ou trabalho.

− Aqui não fazemos isso, também. Viagens só por motivos especiais, como esse nosso. Para mim é um presente que você está me dando. Se não fosse por você, não teria motivo para fazer isso. Muito bom isso!

− Eu vou te deixar uma linda recordação, então!

− Bom, e sapatos, o que levamos? Pergunto eu para entender.

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