Capítulo 18 / A viagem continua e chega ao fim

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Lendeuneve e Pault deram a sugestão deles irem às terras geladas em seguida. Vieram se despedir e se encarregaram de enviar as coisas para região do antigo lago Constanza. Uma região perto dos Alpes Suiços.

A viagem seguirá até as cachoeiras de Niágara e depois para São João da Terra Nova, onde partiremos para a França no duto que atravessa o oceano.

Imagino o que mais esse mundo novo vai me surpreender. Difícil acreditar que ele ficou tão simples de se viver, e a vida mais prazerosa. Paramos para comer em Niágara Falls. E, eu nunca pensei nisso, mas, hoje em dia existe uma língua só. Que é traduzida para mim, simultaneamente em minha mente. Mas, eles conservam alguns regionalismos, que trazem o charme de cada povo. Eles se entendem perfeitamente.

O frio era intenso na cachoeira. Comemos em um centro de recuperação como os que Yndit comanda. Hoje eu sei que ela é uma médica moderna, diretora de um desses centros. E por isso conhece todo mundo, deles.

No almoço um creme de aspargos, com uma lagosta recheada de queijos da região, deliciosos. Nunca imaginei que esse tipo de comida me encantaria. Um tipo de risoto com queijos foi serviço junto com a lagosta. Depois as frutas blueberries e pêssegos. Acompanhando tomamos um xarope de bordo delicioso.

Ynidit conversava com o chefe dessa unidade enquanto eu admirava a cachoeira. Raven, nos deixou tranquilos para após o almoço e as conversas fazermos o passeio de barco de visitas a cachoeira. Esse era um dos poucos lugares onde existe um tipo de atração turística. O sorvete de frutas é uma delícia.

O passeio de barco pelas cataratas me deixou encantado.

Não tinha palavras para tanta emoção. Os turistas todos me conheciam. E eu consegui entender o que Yndit me dizia. Eu era uma pessoa famosa nesse mundo. Mas, eles não tem o tipo de tietagem que existia com os artistas da minha época.

Carl se aproximou e me cumprimentou no barco. Disse que íamos nos ver em breve, pois também estava indo para os Alpes Suíços. Ele é um esquiador. Gosta das aventuras em cima da neve. Disse-me que eu fiz a escolha correta, como se soubesse de toda minha vida. E eu já não me incomodo mais de ver que ela é um livro aberto para todos. Yndit se surpreende com minha mudança.

− Você estar tão solto me surpreende, Arthur. Essa exposição era o que mais eu temia quando começamos a viajar.

− Você não me conhece tanto assim, mas, essa capacidade de adaptação eu aprendi agora, quando é preciso mudar tudo o que eu concebia da vida. Você é uma inspiração constante, Yndit, para mim. Tudo em você me deixa muito confortável para fazer do jeito que é preciso, no momento.

Ganho um beiju muito gostoso, nesse momento.

A parada em Saint John foi rápida com um café e uma torta.

E chega o momento da aventura: a passagem pelo duto que cruza o oceano. É como se fosse um acelerador de partículas, que são lançadas e empurradas via um tubo de material transparente. Esses nativos adoram a vista plena. Por toda parte os lugares são transparente, como se você fizesse parte da paisagem local.

O começo dessa aventura é entrar nesse tubo. Estamos eu e Yndit aqui, nele, nesse momento, esperando a coordenada para sermos lançados.

− É isso, Yndit? Vamos ser lançados, mesmo?

− Calma, você já vai ver, Arthur!

Estamos na porta do tubo com algumas pessoas que nos recebem. Eles já sabiam que iríamos chegar e fazer essa passagem nesse horário. Calculam tudo. Há um painel, que eu me encantei, numa parede do salão de entrada. Nada parecido com um aeroporto ou uma estação de trens. Parece mais o centro de encontros que tivemos quando dançamos. É um local muito grande para os padrões, mas, as pessoas estão aconchegadas numa espécie de poltrona de ar, na lateral. Conversam com seus vizinhos, mas, sem aquela algazarra de rodoviárias. Tudo é silencioso. Eles conversam pelo pensamento. Eu, já estou tão acostumado a isso que nem percebo que eles falam pelo meu pensamento. Isso já virou automático.

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