Giulia Facchin sempre se achou madura demais pra todos os garotos que passaram por sua vida.
Oliver Bellucci acabou de sair de um casamento de nove anos, colocando sua profissão como foco principal de sua vida.
Bastou um gol perdido no final de um...
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Na sexta-feira, eu e meus amigos decidimos firmar nossa viagem para Brighton, nos hospedando na casa de praia dos pais de Annie. Aquele era nosso principal destino quando ainda estávamos no ensino fundamental.
Quando vínhamos para cá, achávamos que éramos donos de nós mesmos, já que raramente algum adulto chamava nossa atenção ou ficava de olho em todas as nossas ações.
Cada cantinho daquela enorme casa possuía uma nostalgia gostosa, nos garantindo boas risadas ao relembrar de situações vivenciadas ali.
— Esse tem a típica cara de que se você der um beijo... sua vida já está fodida — Annie disse em meio aos risos. — Você gosta deles, Giu!
— Me respeita! — joguei uma almofada em sua direção. — E sim, gostei desse.
Estávamos há um pouco menos de uma hora analisando perfis do sexo oposto ao nosso em um aplicativo de relacionamentos. Era um dos nossos passatempos favoritos, mesmo sem dar o famoso favorite em ninguém.
— É aquele jogador do seu time! — Beatrice exclamou, se levantando da cama e vindo até mim mostrando o aparelho de celular.
A encarei confusa, mas tudo se esclareceu quando vi uma selfie e informações básicas e informais de Oliver Bellucci escancaradas na tela.
— Será que é ele mesmo? — soltei uma risada.
— Só tem um jeito de descobrir — minha amiga riu, deslizando a tela pro lado direito e imediatamente o "it's a match!" apareceu. — Meu Deus! — gritou.
— Por que fez isso, louca? — me levantei do chão, pegando o meu celular de suas mãos. — Shit, Bea! — xinguei, ainda encarando a mensagem que havia ali.
— Seria uma ótima oportunidade de conversar com ele novamente — Annie disse rindo maliciosamente.
— Não, obrigada — revirei os olhos.
— Ah, qual é?! — Beatrice reclamou, voltando a se jogar na cama. — Seria um passatempo divertido e se deu o match foi porque ele gostou do seu perfil — apontou pros seus próprios seios, nos fazendo rir.
— Não sei como você consegue gostar tanto de futebol — Annie intrometeu, ajeitando seu corpo no colchão macio. — Eu não odeio, mas também não sou uma viciada igual a você.
— Eu preciso acompanhar os rivais pra saber como eles estão e dar aquela secada — respondi, pegando um pedaço de presunto parma. — E eu simpatizo com outros times ao redor do mundo e ninguém pode me julgar por isso.
— No momento isso não nos interessa! — Bea apontou pro celular — Pelo jeito ele gostou da sua língua afiada e deseja experimentá-la minuciosamente.
— Olha, parem com isso! — exclamei soltando uma risada. — O que um homem como ele vai querer com uma menina de dezenove anos?
— Primeiro que você não é mais uma menina, e sempre acha todos os meninos da nossa idade imaturos demais para você... — Anni se opôs, me fazendo revirar os olhos.
