Giulia Facchin sempre se achou madura demais pra todos os garotos que passaram por sua vida.
Oliver Bellucci acabou de sair de um casamento de nove anos, colocando sua profissão como foco principal de sua vida.
Bastou um gol perdido no final de um...
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Durante a manhã Charlotte havia me ligado para marcarmos uma pequena reunião, sem a presença de advogados ou juiz. Apenas nós dois.
Apesar de ter finalizado nossa separação perante a justiça, nós dois precisávamos nos ajustar em relação às crianças, já que ambos possuímos uma rotina corrida e agenda instável.
Estávamos dispostos a fazer dar certo sem qualquer outra interferência jurídica e papeladas.
— Não vejo problema nenhum de você pegá-los quando puder — a loira disse, apontando pro cronograma de jogos do London City. — Desde que não interfira na agenda escolar e atividades deles e como não gostamos de deixar os dois constantemente com babás, quando eu precisar viajar você pode ficar com eles, acho que a Sury pode te ajudar.
— Por mim tudo bem! — afirmei, colocando a xícara de café em cima da mesa. — Ter dias fixos seria difícil de conciliar com os jogos fora de casa, já que tem a concentração e os eventos... — respondi, mordendo o cantinho da boca. — E sobre as festas de final do ano?
— Hm, eu vou permanecer aqui no Natal devido ao programa... — batucou a madeira com suas unhas pintadas de preto. — Mas no ano novo pretendo viajar com meus pais.
— Então eles podem passar o Natal comigo e o ano novo com você, o que acha?
Eu possuía planos de passar o Natal com minha família na Itália e seria incrível passar esses poucos dias com meus filhos e meus pais, já que após mudarmos de país e a separação os grandes encontros familiares diminuíram drasticamente.
— Ótimo não está — soltou uma risada. — Mas é o melhor a se fazer — Charlotte ajeitou seu corpo na cadeira, me analisando cuidadosamente. — Posso te perguntar uma coisa?
— Claro! — afirmei, achando estranho a pequena mudança de seu tom de voz.
— Você tem planos de apresentá-la à eles? — soou insegura, repousando seus braços na mesa de madeira. — Não estou me metendo na sua vida particular, longe disso, Oliver — se apressou em dizer, gesticulando suas mãos de forma exasperada. — É que eu iria gostar de saber isso com certa antecedência, porque virão perguntas e eu também sou nova em tudo isso.
— Tudo bem... eu entendi — falei soltando uma risada. — Ainda não pensamos e nem tocamos nesse assunto — respondi sincero. — Estamos nos conhecendo ainda, e agora com a mídia sabendo desse possível relacionamento, tenho um pouco de receio dela se assustar e... — desisti de completar, me dando conta que aquela cena estava estranha demais, já que a mulher em minha frente se tratava da minha ex esposa.
— Ei, relaxa! — riu, ajeitando seus cabelos. — Imagino como deve ser essa sensação de dúvida, mas deixo esse caminho sem nenhum empecilho pra você e pra ela, confio que você não apresentaria um relacionamento aleatório para as crianças.
