Tredici.

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Lidar com a rotina não estava sendo muito difícil, tentava dar o meu melhor para conciliar minha vida profissional com a pessoal, e até então estava indo tudo bem

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Lidar com a rotina não estava sendo muito difícil, tentava dar o meu melhor para conciliar minha vida profissional com a pessoal, e até então estava indo tudo bem.

O clima dentro e fora do centro de treinamento do London City era muito harmonioso. Estávamos entrosados e empenhados em darmos o nosso melhor por aquela camisa, o que automaticamente refletia no campo, nos deixando em uma fase incrível.

— Pai, você sabia que o Pietro tá namorando? — Sophi me cutucou, enquanto sorria sapeca.

— Eu não estou não! — rapidamente o mais velho negou, me fazendo rir.

— Quem está falando a verdade? — questionei, ajudando Sophi com seu espaguete.

— Eu! — os dois exclamaram em uníssono.

— Não tenho idade pra namorar — Pietro se defendeu novamente, ficando nervoso com a situação. — Tenho muitas coisas pra fazer...

— Você saiu da sua sala de mãos dadas com a menina da sua turma! — a mais nova disse curiosa. — Papai, ele tá namorando.

— Eu não tenho idade pra isso, Sophi — o menino ralhou, deixando sua comida de lado.

Apenas observei o diálogo das duas crianças, tentando terminar com minha bebida.

— O papai tem idade, muita idade — disse espontânea, me fazendo engasgar com a bebida. — Você tem namorada, papai? Eu sei que não é a mamãe mais, porque ela me falou... — pacientemente pegou a colher, levando-a até a boca.

Controlei a tosse, tentando pensar em uma boa escapatória pra direção que a conversa estava se encaminhando.

— Quem vai querer a sobremesa? — questionei me levantando e mudando o rumo da conversa.

Como o combinado, eu havia levado as crianças na consulta da semana com a psicóloga, onde eu aproveitei para buscar ajuda em como introduzir o meu novo relacionamento na vida de meus filhos. A mulher havia me aconselhado em como incluir aquele assunto aos poucos e sem pressioná-los e nem pressionar a Giulia, que sempre se mostrava aberta em conhecê-los e entendia completamente a situação.

Eu sabia que não deveria subestimar a inteligência dos meus filhos, principalmente pela idade deles, onde eles já demonstravam possuir opiniões próprias e personalidades diferentes.

A doutora também havia me dado a confiança de poder apresentar essa nova fase na vida dos dois, já que eles haviam se adaptado muito bem a nova rotina. E assim eu decidi citar e incluir Giulia em momentos simples e espontâneos, como em passeios no parque e idas ao cinema.

— Eu! — Pietro levantou a mão, atraindo a atenção da irmã para si. — Já acabei.

— A gente pode assistir algum filme no cinema, pops? — Sophi pediu, juntando as mãos. — Por favorzinho!

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