Giulia Facchin sempre se achou madura demais pra todos os garotos que passaram por sua vida.
Oliver Bellucci acabou de sair de um casamento de nove anos, colocando sua profissão como foco principal de sua vida.
Bastou um gol perdido no final de um...
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Lidar com a rotina não estava sendo muito difícil, tentava dar o meu melhor para conciliar minha vida profissional com a pessoal, e até então estava indo tudo bem.
O clima dentro e fora do centro de treinamento do London City era muito harmonioso. Estávamos entrosados e empenhados em darmos o nosso melhor por aquela camisa, o que automaticamente refletia no campo, nos deixando em uma fase incrível.
— Pai, você sabia que o Pietro tá namorando? — Sophi me cutucou, enquanto sorria sapeca.
— Eu não estou não! — rapidamente o mais velho negou, me fazendo rir.
— Quem está falando a verdade? — questionei, ajudando Sophi com seu espaguete.
— Eu! — os dois exclamaram em uníssono.
— Não tenho idade pra namorar — Pietro se defendeu novamente, ficando nervoso com a situação. — Tenho muitas coisas pra fazer...
— Você saiu da sua sala de mãos dadas com a menina da sua turma! — a mais nova disse curiosa. — Papai, ele tá namorando.
— Eu não tenho idade pra isso, Sophi — o menino ralhou, deixando sua comida de lado.
Apenas observei o diálogo das duas crianças, tentando terminar com minha bebida.
— O papai tem idade, muita idade — disse espontânea, me fazendo engasgar com a bebida. — Você tem namorada, papai? Eu sei que não é a mamãe mais, porque ela me falou... — pacientemente pegou a colher, levando-a até a boca.
Controlei a tosse, tentando pensar em uma boa escapatória pra direção que a conversa estava se encaminhando.
— Quem vai querer a sobremesa? — questionei me levantando e mudando o rumo da conversa.
Como o combinado, eu havia levado as crianças na consulta da semana com a psicóloga, onde eu aproveitei para buscar ajuda em como introduzir o meu novo relacionamento na vida de meus filhos. A mulher havia me aconselhado em como incluir aquele assunto aos poucos e sem pressioná-los e nem pressionar a Giulia, que sempre se mostrava aberta em conhecê-los e entendia completamente a situação.
Eu sabia que não deveria subestimar a inteligência dos meus filhos, principalmente pela idade deles, onde eles já demonstravam possuir opiniões próprias e personalidades diferentes.
A doutora também havia me dado a confiança de poder apresentar essa nova fase na vida dos dois, já que eles haviam se adaptado muito bem a nova rotina. E assim eu decidi citar e incluir Giulia em momentos simples e espontâneos, como em passeios no parque e idas ao cinema.
— Eu! — Pietro levantou a mão, atraindo a atenção da irmã para si. — Já acabei.
— A gente pode assistir algum filme no cinema, pops? — Sophi pediu, juntando as mãos. — Por favorzinho!