Giulia Facchin sempre se achou madura demais pra todos os garotos que passaram por sua vida.
Oliver Bellucci acabou de sair de um casamento de nove anos, colocando sua profissão como foco principal de sua vida.
Bastou um gol perdido no final de um...
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O tempo de acréscimo já se esgotava e eu conseguia ouvir meus batimentos cardíacos a todo vapor, deixando minha camisa e meus cabelos pingando suor.
Parar de correr atrás da bola não era uma opção, não quando seu time estava perdendo pela segunda vez consecutiva no campeonato.
Em uma disputa de bola, Xhaka entrou com um carrinho em minha direção, e mesmo tentando pular suas pernas, as chuteiras do suíço bateram com tudo em minhas panturrilhas, jogando meu corpo no gramado.
— Levanta, porra — a voz de Granit soou em meus ouvidos e logo senti suas mãos tentarem me levantar a força.
Mas antes mesmo de eu empurrar o meio-campista, Akin chegou com tudo em seu corpo, jogando o jogador pra longe de mim e então a briga se fez presente.
Me levantei rapidamente, colocando minhas mãos entre Granit e Akin, evitando que algo pior acontecesse.
— Ei, cara, tá tudo bem — falei em direção ao nosso zagueiro, que xingava o jogador do Arsenal em outra língua.
Ramsey chegou tentando me empurrar, mas tirei suas mãos de mim.
— Farabutto! — gritei em sua direção, empurrando seu peito.
— Filho da puta — Xhaka voltou a peitar Akin, que por ser mais alto ainda mantinha o ar superior.
— Não fala da minha mãe! — o moçambicano gritou, fechando suas mãos.
— Pode se acostumar a perder, já é a segunda derrota né? — Xhaka soou irônico levantando os ombros.
— O que são duas derrotas no início do campeonato, perto de ser freguês do meu time? — apontei o dedo indicador em sua direção.
O juiz se aproximou, soando o apito, pedindo pra todo mundo se afastar.
Senti as mãos de Marcus me puxar pra longe e pra evitar algo maior, cedi, deixando o zagueiro me levar mais pro meio de campo, mas antes ganhei um cartão amarelo, junto com Granit Xhaka.
E instantes depois o juiz anunciou o final da partida, decretando dois a um, de virada pro Arsenal.
Já havíamos perdido o primeiro jogo para o Chelsea.
Jogo que deixou um gosto bem amargo em minha boca, pois havia perdido nossa última chance de empate cara a cara com o goleiro rival.
E situações como essas pra mim, um atacante, eram péssimas, sentia o triplo de culpa em minhas costas. Precisei de alguns minutos sozinho, ainda no vestiário do estádio, para conseguir canalizar tudo, trabalhando e fortalecendo minha mente, deixando a culpa de lado, pensando apenas nas próximas possíveis oportunidades.
E agora o Arsenal, outra derrota e deixando uma torcida irritada, o que era direito dos torcedores, já que eles depositam toda expectativa e confiança em todos nós.
