IV- Coração batendo rápido, e está quente? Acho que a comida está estragada

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Sherlock estava entediado. Já estava há algumas várias horas em Londres, e nada. Criminosos não deveriam dormir.

John estava sentado na poltrona em frente à Sherlock, digitando em seu laptop. O som que ele fazia tinha uma espécie de ritmo, e Sherlock estava distraído por ele. Na verdade, Sherlock estava distraído por qualquer movimento que John fazia.

— Procurei você na internet antes de te conhecer. — John falou, tirando os olhos do laptop.

— Alguma coisa interessante? — Sherlock perguntou distraído, olhando pela janela.

John hesitou, e um sorriso surgiu em seus lábios aos poucos.

— Na verdade, sim. Achei seu site. E depois de mais algum tempo, achei um site com um monte de fotos suas. Parece que você tem um monte de admiradoras, Holmes.

Sherlock franziu a testa.

— Sério? Não sabia sobre isso. O que achou sobre o meu site?

— Bem, no início achei que você era muito arrogante. Quer dizer, quem sabe diferenciar cinzas de vários tipos de cigarro diferentes?! Mas depois de te conhecer não duvido que consiga.

Sherlock sorriu. John percebeu que não era um daqueles sorrisos ilumina-mundo. Era como se ele apenas achasse que era necessário sorrir naquele momento, mas não o quisesse realmente.

– No blog dedicado a você tem umas cem fotos suas. Tipo, literalmente. Eu contei.

Holmes analisou a situação. Aquele parecia um comentário estranho para se dizer a um amigo, mas Sherlock não disse nada.

— Quem você acha que mantém o blog funcionando? — John perguntou, curioso.

Sherlock deu os ombros.

— Alguma garota fracassada na vida, platonicamente apaixonada por uma pessoa que nem conhece. Não me interessa, na verdade.

John arqueou a sobrancelha.

— Não te interessa que uma estranha tire fotos de você e poste em um site qualquer?

Sherlock negou com a cabeça.

— Só me importo com crimes. E pela expressão de Lestrade descendo do táxi, um crime interessante acabou de acontecer.

— O quê? — John olhou confuso para Sherlock; o tom de voz do moreno mudara de entediante para animado de uma hora para a outra.

Sherlock não respondeu. Em vez disso, abriu a porta do flat, e John pode ver Greg aparecer no vão, respirando pesadamente.

— Nós precisamos de você.

Sherlock assentiu, rapidamente.

— Sim, isso é óbvio. Qual foi o assassinato?

Greg franziu a testa, se perguntando como ele sabia, mas no segundo seguinte se lembrou com quem estava falando.

— Um homem foi encontrado carbonizado no celeiro. A mulher diz que o marido foi até o celeiro porque ouviu um barulho, e pensou se tratar de um ladrão. A polícia concluiu que ele foi até lá ver, o ladrão o acertou na cabeça e a vela que o homem levava caiu e fez o celeiro pegar fogo.

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