cárcere de alma

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É prender o grito
É vomitar o choro
E engolir palavras

É estar calada (!)
Sempre limitada
A não dizer nada
Silenciada

Barulho da alma
Embaralhada
Presa injustamente
Pelo ego alheio
E o crime foi o medo
De expor palavras
E ser mal interpretada

Censurada,
Me censurei
E me acostumei
A ouvir meu próprio barulho
Para outros ele é mudo

Mas ainda ouço
Meus balbucios surdos
Que tiram minha calma
E adoecem minha alma

Pela vida estou privada
E perpetuamente confinada
Nessa infinita sentença insensata
Desse maldito cárcere de alma.


(Não adianta me pedir calma...)

achada e perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora