‧₊ prologue

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T E R C E I R AP E S S O A

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T E R C E I R A
P E S S O A

Uma palavra? Cruel. Um sentimento? Amargura. Uma sensação? Dor. Insanidade e tortura, as únicas palavras que brotavam na mente de Michelle Jones naquele instante.

A morena não sabia o quanto a mulher que um dia chamara de mãe era capaz de chegar ao ponto onde entregaria a própria filha nas mãos do mal. Ela mesma não sabia o quanto cruel as pessoas poderiam ser, sem querer imaginar até onde essas pessoas chegariam para obter seus próprios objetivos.

Mas os objetivos e planos dessa organização eram cruéis. Matar aqueles que entrassem em seu caminho, esse era o lema deles, sempre foi. Fazer o trabalho sujo, matar inocentes, esse será o novo lema da morena a partir de agora. Michelle não queria, não poderia matar pessoas, isso sujaria sua reputação de boa cidadã de New York, seja lá que cidade ou país que ela deve estar agora.

A garota estaria mentindo se falasse que sentia ódio pela mãe. A pessoa que te deu a luz e cuidou de você até seus desesseis anos, como poderia deixar de ama-lá?

Mas a sua querida mãezinha a deixou nas mãos desses animais, você é o novo ratinho de laboratório deles...

Amarrada por correntes de ferros em uma maca de metal, Michelle chora se debatendo desesperadamente para que a voz de sua mente calasse de uma vez por todas, ela acreditava que se gritasse não ouviria mais a voz.

Melhor você se cuidar pequena, os homens maus estão voltando com um novo brinquedinho para aplicar em você... Bem vinda a lavagem cerebral!

Cala a boca, alguém faz parar!─ Michelle grita de seu quarto, queria que algum médico chegasse logo e lhe aplicasse alguma droga para dormir. Assim toda a sua dor iria embora pelo menos por algumas horas.

Mas ela sabia muito bem que não era isso que virá acontecer agora. Todas as suas memórias desde seu nascimento até a chegada neste local de tortura serão apagadas de uma vez por todas de seu cérebro. Não se lembrará de sua mãe, nem do porque estar ali, muito menos do querido amigo da vizinhança, aquele que a fazia sorrir até em seus momentos difíceis.

Um médico chega arrombando a porta do quarto, corre até a menina que estava se debatendo. Ele tenta segurar seus braços falando para menina parar de gritar. Logo em seguida, um grupo pequeno de médicos e seguranças entram, dois deles reforçam suas correntes apertando ainda mais, outros pediam espaço para que a maca passasse pela porta.

Chegou a sua hora ratinho... Chegou a hora de virar uma mercenária desmemoriada com grandes poderes para usá-los para o mal!

─ Eu não quero isso! Eu quero ir para a casa, por favor... ─ Michelle implorava em vão para as pessoas que arrastavam sua maca.

Entraram em uma sala cheio de equipamentos, Michelle sentiu que ali seria seu fim. No canto da sala estava sua mãe, Hailey Jones. Sua mãe apenas encarava com os olhos arregalados enquanto os médicos deitavam a pequena garota em uma máquina.

─ Mãe me tira daqui, eu imploro! Eles me machucam tanto... ─ suplicava com os olhos cheio de lágrimas.

Hailey Jones não poderia ver aquilo, muito menos ouvir sua filha suplicando para que a tirasse dali. A mulher mais velha esta chorando agora, sabia que não deveria estar vendo isso, vendo seus colegas de trabalho fritando o cérebro de sua filha. Mas se não queria ver sua filhinha sofrendo porque a colocou naquele lugar nojento?

Ah claro, dinheiro. O dinheiro a cegava, não só ele, mas o trabalho em si. Desde que assinou o contrato para entrar na organização Wicked, a mesma jurou lealdade pelo resto de sua vida. E eles estavam querendo sua filha para novos experimentos, pensavam que ela seria uma boa arma-humana para seus planos, e por que não a entregá-la? Michelle tem uma personalidade forte, se daria bem se juntando a eles.

O perverso para Hailey Jones era só a lavagem cerebral. Sua pequena não se lembraria da própria mãe, e isso partia seu coração, mas foi preciso, assim a garota sofreria menos.

─ Desculpa minha filha, depois disso tudo vai melhorar. Eu te garanto! ─ caminha até Michelle e passa levemente a mão em seu rosto molhado.

─ Não toca mais em mim! ─ Michelle vira o rosto gritando com repugnância ─ Eu tenho nojo de você. Olha só o que você fez! Eu estou morrendo aos poucos e você só fica olhando de longe e dizendo que ficará tudo bem, você sabe que não ficará nada bem. Vão me transformar em uma maldita assassina sem memórias!

─ Para mim já chega, só acabem logo com isso. ─ Hailey se retira da sala com uma das mãos na boca segurando o choro. A mulher está sofrendo também, mas não sofrendo mais que a filha.

Os médicos colocam algo parecido com um capacete de metal na cabeça de Michelle. A menina não parava de chorar e se debater, estava devastada tanto por dentro quanto por fora, queria que tudo acabasse logo, queria ver a nova Michelle renascer, uma garota sem sentimentos e com medo de nada, onde sua única missão será matar humanos.

─ Lembre-se Michelle: Wicked é bom ─ um dos médicos fala enquanto andava em direcão da máquina.

Michelle não conseguiu escutar o que o médico disse, apenas escutava as batidas de seu coração. Ela sentia medo, aquilo irá doer muito, seu cérebro literalmente vai fritar igual naqueles programas de presidiários onde os mesmos recebem tratamento de choque, só que a diferença é que ela continuaria a viver depois do sofrimento.

Quando o aparelho de sua cabeça foi ligado, gritos agoniantes de Jones estavam sendo ouvidos por toda a sala. Só desligaram o aparelho quando o corpo de Michelle parou de se contorcer em meio a dor. Quando a garota acordasse, ela não seria a mesma de antes.

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𝐃𝐄𝐅𝐄𝐂𝐓𝐔𝐌🕷PETER PARKEROnde histórias criam vida. Descubra agora