‧₊ chapter six

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P E T E RP A R K E R

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P E T E R
P A R K E R

Cada pessoa neste planeta tem o seu próprio e único par de olhos. Cada um deles, possui o seu próprio universo. Em seu interior, dispõe suas únicas lembranças, independente de serem ruins ou boas. Sem esquecer que os olhos sempre transmitem a verdade, afinal eles são as janelas da alma. E os olhos castanhos da Michelle, transmitiam ódio no momento em que desferia golpes em mim.

A noite estava fria, tanto que até mesmo ao passo que eu respirava, podia ver a fumaça se formando a minha frente. Por mais que fosse noite, parecia mais escuro do que o normal, com poucas estrelas no céu para iluminar a cidade. Observando Michelle pela janela do seu quarto, reparo que seus olhos castanhos revelavam tranquilidade. A garota de pele negra e cabelos cacheados, encontrava-se na pequena escrivaninha de costas à mim, sua respiração estava regulada e seu olhar mirava o livro apoiado ao cômodo, focada na leitura.

Grudado à parede do prédio e de ponta cabeça, sinto-me um babaca pervetido por observa-lá. Além de ser perigoso por ela poder descobrir minha identidade por eu estar sem o meu uniforme de herói, era errado eu estar invadindo sua privacidade. A verdade é que, nem mesmo meu subconsciente sabe do por que eu estou aqui.

Preso ao meu próprio mundo, meu sentindo de equilíbrio acaba se desorientando, e por um triz não caio direto ao chão, havia me pendurado na janela do quarto. Acredito que Michelle tenha escutado o barulho e meu grito, pois a mesma correu em direção da janela aberta.

─ Aranha vermelha?

Meu coração se agita, ela não podia me ver como Peter, ela não iria entender. E antes que ela o consiga, desprendo da janela e com agilidade miro a teia para o edifício mais perto, deixando a menina confusa olhando para os lados à procura do seu herói.

Pulando de prédio em prédio, me certifico que não há pessoas e pouso no chão, em uma rua com pouca movimentação.

Sem rumo algum, vou andando pelas ruas de New York relembrando meu pequeno encontro com Michelle. Sério? Aranha Vermelha? E eu pensando que Patrick era pior. Certamente, Michelle é horrível com nomes.

─ Ei Peter, oi!

Escuto uma voz feminina vindo ao longe, ergo a cabeça e viro para a origem do som. Do outro lado da rua, com os cabelos esvoaçando no ar e com sacolas de compra nas mãos, encontrava-se Liz Allen com um sorriso radiante. Não pude deixar de sorrir.

Quando menos esperei, Liz atravessou a rua e veio na minha direção. Comecei a suar com o nervosismo que tinha acabado de atingir o meu corpo todo. Socorro, o que eu faço? "Só não gagueje muito, Parker", minha consciência fez questão de me lembrar.

─ L-Liz, tudo b-bem? O q-que faz sozinha aqui? — ela me olha confusa, mas dá de ombro. Droga, Peter. Passo a mão pelo meu cabelo, sem jeito.

─ Estou comprando alguns preparativos para a minha festa de aniversário.

𝐃𝐄𝐅𝐄𝐂𝐓𝐔𝐌🕷PETER PARKEROnde histórias criam vida. Descubra agora