‧₊ chapter one

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M I C H E L L EJ O N E S

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M I C H E L L E
J O N E S

7 MESES ANTES

Mudar de casa nunca é fácil, ainda é mais difícil quando você está prestes à mudar de cidade. Eu deveria estar acostumada com isso, mas não estou, nunca estarei, os amigos que você conhece ou conhecia irão esquecer aos poucos de sua existência.

"A distância não irá atrapalhar, mesmo assim dá para manter contato por mensagens e nunca vamos deixar a amizade acabar." Mentira, mentira e mais mentira!

Importa sim! Eles vão te esquecer daqui há alguns meses, até mesmo dias, eles vão parar de mandar mensagens com frequência. Até pode ser que eles mandem mensagens ainda, mas com o tempo as conversas se tornam monótonas, tediosas e chatas.

Não que meus antigos amigos sejam falsos, pelo contrário, eles realmente eram os melhores amigos que alguém podia ter! Sinto falta deles, não só de suas contagiosas risadas de cavalos, mas de suas presenças por perto também.

Vocês devem estar pensando que vai ser boa a mudança. Que nada, é difícil fazer novos amigos a cada 12 meses, mas vai por mim, é mais difícil ainda quando você não faz amigos.

─ Michelle, você já arrumou as malas querida? ─ minha mãe grita do andar debaixo me tirando dos meus pensamentos.

─ Sim mãe... Já estou descendo!

Pego as malas do chão indo em direção a porta do quarto. Olho pela última vez meu antigo quarto. É, acho que dá para sentir falta dele.

Saio de casa na frente, sendo seguida pela minha mãe enquanto a mesma fechava a porta, ou tentava fechar. Deixo as bagagens no porta malas e vou entrando para o carro. Boto os fones de ouvido, sabendo que logo em seguida minha mãe entraria e começaria seu discurso.

─ Não fica com essa cara de emburrada, pensa pelo lado bom: vai conhecer novos amigos, vizinhos e até mesmo...

─ A senhora disse a mesma coisa nas últimas seis mudanças! ─ a interrompo enquanto olhava através do vidro do carro.

─ Mas foram apenas cinco! E para de drama, você tem que entender que é por causa do meu trabalho. Uma boa agente tem que progredir, e pense bem... Ganharei dois mil à mais em meu salário! ─ diz ela lambendo os lábios como se fosse alguma coisa excitante e saborosa.

Apenas bufo e cruzo os braços depois de por o cinto de segurança. Que merda de trabalho, o que tem de tão especial que minha querida mãe é capaz de fazer tudo por ele? Talvez matar e torturar pessoas sejam coisas divertidas de se fazer, sem falar nos experimentos macabros que fazem em pessoas.

𝐃𝐄𝐅𝐄𝐂𝐓𝐔𝐌🕷PETER PARKEROnde histórias criam vida. Descubra agora