A Falta de Ladybug

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O gatinho olhava para os lados tentando encontrar uma saída para aquele problema. Os rostos dos seus amigos e os pais de Marinette estavam todos voltados para ele.

Cat Noir era o herói de Paris.

Era seu dever manter toda a cidade em segurança.

A questão era como fazer isso?

Não havia mais Ladybug para ajudá-lo.

Os zumbis beijoqueiros estavam a ponto de conseguir invadir a padaria.

— Cat Noir, o que vamos fazer? — gritou Rose, desesperada.

O medo estava nos rostos de todos. O gatinho fechou os olhos tentando pensar em uma solução, mas o barulho o desconcentrava.

Como faria sem a Ladybug?

Os estrondos vindos do andar de baixo só aumentavam, ao mesmo tempo que os garotos começavam a questionar se o herói faria alguma coisa. As dúvidas não saiam da mente de Cat Noir.

Não sou forte como ela.

Não sou corajoso como ela.

Não sou o bastante.

O herói sentiu alguém segurar seus ombros e apertar forte, não para lhe machucar, mas o suficiente para lhe tirar de seu transe.

— Garoto, você vai fazer alguma coisa? — disse Tom, encarando o gatinho.

— Ladybug foi pega pelos zumbis — disse ele ainda preocupado.

Um turbilhão de exclamações reverberou pelo cômodo, enquanto Tom respirou fundo entendendo, agora, o porquê da hesitação do herói.

— Ela não está aqui, mas nós não precisamos dela. Precisamos de você — falou o homem confiante.

— Eu não sei como vencer sem ela — questionou Cat Noif aflito.

O desespero parecia controlar todos naquela sala, menos Tom e Sabine que tentavam acalmar o gatinho. A mãe de Marinette se aproximou e com um olhar de entendimento falou.

— Vocês dois são uma dupla. Nenhum é melhor do que o outro. Ela foi capturada e agora é sua responsabilidade acabar com esse akumatizado.

— Esse é o problema. Não é só um akumatizado, são dois.

Todos olharam para o herói ao mesmo tempo.

— Mas como? — perguntou Nino.

— Estamos perdidos — disse Kim.

Vê-los neste estado deixava Cat Noir ainda mais desnorteado.

— Eu preciso dela — sussurrou.

Sabine, aproveitando que seu marido já havia soltado o garoto, colocou a mão no ombro dele enquanto dizia.

— Você é o Cat Noi, herói de Paris. Nós precisamos de você. Ladybug nunca desistiria, ela lutaria até conseguir derrotar todos os vilões. Você consegue! Você é o nosso herói.

Se aproximando, Tom, fala enquanto os outros garotos não paravam de reclamar sobre o que aconteceria com eles agora.

— Você tem que nos salvar. Sei que você é capaz. Ladybug não ia querer que você desistisse.

Ouvir aquelas palavras trouxe de volta toda a coragem do gatinho. Ele observou pela escada os zumbis beijoqueiros, neste momento os vidros da padaria já haviam começado a trincar. Só mais um pouco e eles entrariam.

E Se Eu Não Te Amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora