Garoto de Olhos Azuis

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Os Zumbis corriam enlouquecidos atrás da garota que, mesmo fugindo, não havia deixado de gravar vídeos com o celular. Alya, sempre foi corajosa, a adrenalina corria por suas veias como se fosse sangue. Ela teria que dar um jeito de enganar os beijoqueiros, isso se quisesse continuar viva.

Onde estava Ladybug e Cat Noir?

A garota percebendo um vulto sobre sua cabeça, ergueu o rosto e avistou Ladybug, a heroína pulava de prédio em prédio com a ajuda de seu ioiô.

— Ladybug — disse a garota aliviada.

Agora era questão de tempo até que ela e Cat Noir derrotassem a vilã, mesmo com os infectados em seu encalço, a morena, virou o celular para si mesma.

— Os zumbis beijoqueiros estão por toda parte, mas não precisam se preocupar, Ladybug já apareceu para nos salvar — ao dizer estas palavras, Alya, virou seu telefone para a heroína.

A joaninha, nesse momento, pareceu perceber a presença da garota que corria tentando fugir dos zumbis. Alya, ficou feliz ao perceber que a joaninha estava indo salva-la.

Espera...

Algo estava errado. Os olhos de Ladybug estavam rosa? A garota arregalou os olhos ao perceber que a heroína de Paris também havia se tornado um zumbi.

— Droga — reclamou.

A joaninha vinha em sua direção e por este motivo a garota guardou o celular no bolso e começou a correr ainda mais rápido. Por entre os prédios ela atravessava, mas a cada nova esquina mais zumbis apareciam. Já perto da prefeitura, a garota, avistou ao longe uma loja que aparentemente parecia livre dos infectados pelo vírus de Zombizou.

Sua respiração estava descompassada, seu coração batia acelerado, chegando até a porta, ela tentou abri-la, mas estava trancada. Tentando voltar pelo mesmo caminho de antes foi interrompida pelos zumbis que bloquearam sua passagem.

Estava encurralada. Ladybug, pousou bem a sua frente e com os olhos em um tom rosa se aproximou.

— Beijinho.

Alya sabia aquele era seu fim.

[...]

Mestre Fu, ainda tentava controlar seu coração que batia acelerado. Estava velho para estas coisas. O Guardião tinha noção de que não poderia mais continuar sendo o portador do miraculous da tartaruga por muito tempo. Seu corpo não aguentava mais toda essa adrenalina.

— Vem, se sente aqui — disse o garoto, enquanto o ajudava a se sentar em uma cadeira escorada na parede do lado direito da loja — O senhor está bem?

Observando o menino pela primeira vez, Mestre Fu, encontrou um par de olhos azuis lhe fitando preocupado. O garoto alto e de cabelos pintados, parecia ser o único presente no estabelecimento.

— Estou bem — respondeu o velho — Só preciso de um breve descanso.

Os zumbis parecendo encontrar algo mais interessante, talvez uma pessoa correndo, saíram da porta da loja.

— O que eram essas coisas? — perguntou o garoto.

— São zumbis, servos do mais novo akumatizado da cidade.

O garoto se aproximando da janela de vidro observou os infectados que corriam para todos os lados na rua.

— A Ladybug e o Cat Noir, vão cuidar disso — afirmou o garoto.

— Não tenho tanta certeza — sussurrou o Guardião.

Sua voz foi baixa, mas não o suficiente para que o menino dos olhos azuis não escutasse.

— O que você quer dizer com isso?

Se levantando e se colocando ao lado do menino, o homem, respondeu:

— Tenho motivos para acreditar que Ladybug, agora, também é uma serva do akumatizado.

Surpreso o garoto passou a mão pelos cabelos.

Cat Noir estava sozinho lá fora? Ele precisaria de ajuda.

— Cat Noi está...

Antes que ele pudesse terminar sua frase, um barulho tirou a atenção dos dois. Uma garota estava na porta da loja tentando abri-la, mas como esta estava bloqueada ela acabou desistindo, correndo logo em seguida.

— Alya!?

— Você conhece ela? — perguntou Mestre Fu.

— Sim — disse ele arrastando o móvel que estava entre ele e a porta — Ela é colega de sala da minha irmã, Juleka. Temos que ajudá-la.

O Guardião, percebendo a intenção do garoto tentou ajudá-lo a desbloquear a porta.

— Eu vou tentar distrair os zumbis, enquanto isso você dá um jeito de chamá-la aqui pra dentro. Vou tentar me esquivar deles, mas se não conseguir...

— Você vai conseguir — encorajou o velho.

Mestre Fu, naquele momento percebeu a coragem e o bom coração que aquele menino tinha. Ele seria um bom herói, mas no momento não podiam perder tempo.

— Vai logo, garoto.

O menino, saiu pela porta e começou a balançar os braços enquanto gritava.

— Ei, beijoqueiros!

— Luka? — exclamou, Alya, surpresa por ver o rockeiro.

A ideia dele funcionou perfeitamente, todos os servos de Zombizou se voltaram para ele e começaram a correr em seu encalço.

— Garota — chamou Mestre Fu — Venha, aqui é seguro.

Mesmo preocupada, a morena obedeceu ao homem o seguindo. Luka, provavelmente não conseguiria se safar, mas, Alya, não se esqueceria do seu ato de bravura.

[...]

Onde estava Zombizou e Fúria?

Cat Noir precisava encontrá-las, antes que toda a cidade fosse dominada. O gatinho já havia despistado os zumbis que o seguiam, apesar de tudo, eles eram burros.

Fáceis de enganar.

Algo deteve o herói, um garoto correndo de zumbis. Ele precisava ajudá-lo. Ao se aproximar mais, o gatinho, identificou a pessoa e, por um instante, pensou em deixá-lo ser infectado.

Sem Luka, sem ameaçar no seu romance com Marinette.

— Algumas vezes odeio ter um coração bom — reclamou para si mesmo.

Com a ajuda de seu bastão, Cat Noir se lançou onde o garoto de olhos azuis estava, atacando os zumbis que se aglomeravam sobre eles.

— Cat Noir! — afirmou o rockeiro, feliz em ver o herói.

Antes que tivesse tempo de se arrepender, o gatinho, se aproximou de Luka, o envolveu com o braço pela cintura e usou seu bastão para subir até o telhado do prédio mais próximo.

Ao colocarem os pés no chão novamente, o rockeiro se afastou e correu para a beirada, parecendo procurar por algo.

— Cadê ela?

— Ela quem? — perguntou o gatinho.

— A Lady...

Sua frase foi cortada quando a joaninha apareceu no telhado.

— Beijinho.

— Droga — reclamou Cat Noir.

Teria que arrumar uma maneira de salvar Luka ederrotar Ladybug, não seria fácil, mas teria que conseguir, para o bem deParis.    

E Se Eu Não Te Amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora