E Se Eu Não Te Amar?

O Beijo

Sentindo seu coração ainda mais acelerado, Cat Noir, aprofundou o beijo. Não pensou que seria correspondido daquela maneira, a sintonia de seus lábios era perfeita. O gatinho entrelaçou os dedos nos cabelos da garota, à puxando para mais perto de si. O calor que sentia por seu corpo o deixava com ainda mais desejo. O perfume da menina invadia seus pulmões fazendo tudo aquilo ser ainda mais intenso.

— Eu te amo, Princesa — sussurrou o herói, se afastando por um instante, antes de continuar a beijá-la.

Ouvir aquelas palavras fez um arrepio percorrer a pele da azulada, ao mesmo tempo em que ela envolvia o pescoço do garoto com os braços. Ele era alguns centímetros maior que ela, fazendo com que, Marinette, precisasse levantar o rosto para alcançar a boca do herói.

Naquele momento não existia mais nada. Não havia decepções amorosas, akumatizados, Hawk Moth ou qualquer outro problema.

Eram apenas ela e ele.

Quando finalmente se afastaram, Cat Noir, encostou sua testa na dela observando os lindos olhos azuis a sua frente.

— Você nem imagina o quanto que eu sonhei com este momento — falou.

As lágrimas cobriam os olhos do garoto, porém, desta vez não eram de tristeza. O turbilhão de emoções, que invadiam o herói, o deixaram desestabilizado, uma alegria extrema lhe controlava. Ainda tentava se convencer de que não estava dormindo, a cada momento pensando que poderia acordar deitado em sua cama, que aquilo poderia ser apenas mais um de seus sonhos.

— Eu te amo, Gatinho — afirmou a garota, ignorando o frio em sua barriga.

Um enorme sorriso surgiu no rosto do herói, que acariciava o rosto de Marinette com a mão direita. Estavam tão próximos que dividiam o mesmo ar.

Um leve sorriso surgiu nos lábios da menina, que deixava as gotículas de água escorrerem por suas bochechas.

Ela sabia que estava apaixonado por Cat Noir, mas, naquele momento, percebendo que o sentimento era reciproco, que o gatinho sentia o mesmo, uma sensação completamente nova invadia seu peito. Marinette, finalmente, percebeu que durante todo esse tempo sempre amou o herói, porém, esse sentimento havia ficado escondido, guardado em uma caixinha bem no fundo do seu coração.

A garota sentiu os braços do gatinho envolverem sua cintura, ao mesmo tempo em que seus pés saiam do chão. Cat Noir, a girou no ar, apertando à em seus braços. A pequena riu com o gesto inesperado, tudo estava perfeito. Colocando-a no chão ele lhe deu mais um beijo, dessa vez apenas um selinho em seus lábios.

— Gatinho bobo — reclamou fingindo estar brava, mas sem tirar o sorriso do rosto.

Por um momento, os dois ficaram parados um de frente para o outro, apenas observando cada detalhe. A felicidade parecia ter se estagnado em ambos, era como se não precisassem de mais nada e nem ninguém, só da presença um do outro. A garota sentiu uma vontade estrema de saber quem estava ali, logo abaixo da máscara.

Será que já se conheciam?

Tomando coragem, Marinette, deu um passo à frente, pousando a mão sobre a lateral da máscara, falou:

— Queria tanto saber quem é você.

O herói, que até então estava vidrado na azulada, pareceu sair de seu transe e fitou o chão aos seus pés. A azulada queria saber sua identidade, mas ela havia acabado de rejeitá-lo, como Adrien. Qual seria sua reação ao descobrir?

— Você já sabe quem eu sou. Não vejo o porquê continuarmos sem saber a identidade um do outro — afirmou.

Tudo o que ele mais queria era andar com ela pelos corredores da escola de mãos dadas. Queria ir até a casa dela e pedir ao senhor Dupain para namorar com Marinette. Desejava apresentá-la ao seu pai e principalmente queria poder dizer que ela era SUA. Não seria capaz de fazer isso como Cat Noir, precisaria mostrar a ela quem era sob a máscara, quem realmente era.