CAP 4: SINTOMAS

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O AUTOR DIZ: a partir de agora, quando o texto estiver dentro de “aspas” é porque um dos personagens está a pensar. Narra um pensamento. Boa leitura :)

  “Por que você não disse nada, sua burra?! Agora vai ser pior! Pelo amor de Deus, será que tenho uma porcaria de doença que está estragando meu coração? Ajudaria se parasse de doer, idiota!” Estes pensamentos martelavam repetidamente a cabeça de Touka depois da conversa com Kaneki e mesmo não parecendo muito, foi necessário para manter esta acordada durante a noite
 
  Os dias na Anteiko não estavam nada bem para o lado de Touka, surgia um problema atrás do outro.

“Como aquele cara consegue falar comigo como se nada tivesse acontecido?! Primeiro, se aproxima de mim ao ponto de conseguir sentir o bafo, depois fica todo alegre. Quem ele pensa que é?!”

Kaneki: Buu! — De repente, Touka ouve uma voz grossa em seu ouvido.

Touka: Aaaaaahh!! — Soltou um grito seguido de um pulo.

Kaneki: Nunca pensei que fosse tão fácil te assustar, Touka-chan. — Soltou com um ar superior.

Touka: Sério isso?! Não tem nada melhor pra fazer, não? — Disse zangada, apontando para a pia cheia de louça.

Kaneki: Ter eu tenho, mas nada melhor que tiver com uma nova expressão. — Dizia enquanto se aproximava colocando a mão no queixo de Touka e inclinando pra cima. — Bem, ela não é nova, mas ver seu rosto corado, como está fazendo agora também é muito fofo.

Touka: Com licença, vou estudar. — Desesperadamente, tentou sair dali

Como sempre, Touka não sabia como lidar com esse tipo de situação, era algo que simplesmente nunca teve que lidar antes. Ela estava acostumada a lutar e isso era o que ela fazia de melhor, mas a partir do momento que o oponente era Kaneki, não tinha ideia do que fazer, era como se seu corpo se recusasse a lhe machucar. Mas, pensar nisso não lhe traria felicidade, estava preocupada com outra coisa: seu coração. Ela estava desesperada, queria saber o que ela sentia lá dentro, por alguma razão toda vez que ficava próxima do meio-ghoul seu coração batia mais forte e quando se afastava dele era como se estivesse o machucando. E doía. Doía muito.
  Estava farta de sentir essa dor e começou a se preocupar, tinha medo de ser algo grave, então foi pedir conselhos ao gerente.

Touka: Gerente, posso entrar? — Ficava com a boca entre o vão da porta semi-aberta.

Gerente: Sim, pode. — Afirmou o senhor, bebericando uma xícara de café e lendo um jornal, depois de Touka entrar soltou e deixou de canto na mesa para dar atenção à quem entrara. — Suponho que queira falar sobre Kaneki, certo?

Touka: É... Mais ou menos isso — Um tanto tímida, se atrapalhou.

Gerente: Não veio para falar sobre Kaneki? — Disse surpreso.

Touka: Não. Na verdade, estou um pouco preocupada com meu coração, ele não bate de forma comum. — Disse esta, esperançosa.

Gerente: E o quê Kaneki tem haver com isso?

Touka: Essa é a parte estranha, ele só fica estranho quando estou perto dele. — Séria, afirmou.
O gerente percebeu o que estava acontecendo e sorriu.

Gerente: Nesse caso,  é melhor perguntar a Hinami sobre. — Continuou sorrindo.

Touka: Como Hinami pode saber mais que o senhor? — Espantada. Como uma criança podia saber mais que o gerente, o homem mais experiente de lá?

Gerente: Bem, é o tipo de situação que acontece muito nos livros que ela lê. — Disse simpático. — Mas pode ficar sossegada que não é nada grave.

Touka: Bom, pelo menos isso... — Suspirou de alívio.

Mais tarde nesse dia...

Hinami: Ahahahahahah!! — Desatou a rir. Touka tinha contado sobre a conversa que teve com o gerente mais cedo.

Touka: Do quê está rindo? Não tem graça! — Disse irritada, um pouco corada e confusa pela gargalhada de Hinami.

Hinami: Onee-chan, tenho uma ideia do que possa ser, mas não posso te ajudar. — Disse se recompondo, passando a mão nos olhos, para secar as lágrimas que iam descer.

Touka: O quê? Por quê?! Pode me explicar o que eu tenho?! — Gritou impaciente e sem graça.

Hinami: Calma, calma, Onee-chan. Em casos assim, só a pessoa que faz seu coração doer pode lhe ajudar. — Um sorriso surgia no seu rosto, depois de recomposta.

“Só podia ser...”

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