CAP 3: CONVERSA INESPERADA

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Touka ainda chocada com a situação, ficou paralisada em seu lugar. A cada segundo que passava parada, Kaneki ficava ainda mais sem graça. Depois de dez longos segundos o albino decidiu quebrar o silêncio.

Kaneki: Touka-chan?

Isso foi o suficiente para acordá-la daquele transe, e com o susto, só pode gritar.

Touka: Não!! — Gritou Touka tentando fechar a porta.

Mas Kaneki estava diferente desde a última vez que se viram, estava mais forte e mais rápido, mais rápido até que Touka. O suficiente para parar a porta antes dela se fechar por completo.

Kaneki: Touka-chan, vamos ter essa conversa você querendo ou não. — Pela suavidade na voz, parecia não estar fazendo nenhum esforço para parar a porta.
Touka fazia tanta força que tinha medo até de quebrar porta, mas não ocorreu, quando se tocou a porta já estava fechada e Kaneki já estava dentro do quarto. O pânico queria fazê-la gritar, mas o importante mesmo era achar uma rota de fuga. Porém, antes de pensar em algo, se encontrava encurralada entre a parede e o albino.

Kaneki: Touka-chan. — Sua voz era baixa e séria, Touka sabia que aquela conversa era inevitável.

Touka: Me solta seu traidor de merda! — Sua voz foi mais seca e dura que esperava.

Ao ouvir essas palavras, Kaneki tremeu na base, ele tinha noção do que fez, mas mesmo assim doía ouvir isso, especialmente dela. Kaneki aproximou se dela devagar até ter seu rosto muito perto desta e disse bem baixo quase como um sussurro:

Kaneki: Touka-chan, por favor me perdoe, sei que fiz muito mal e estou arduamente arrependido de ter deixado esse lugar. — O volume de sua voz era tão baixo, que se não estivesse próximo de sua orelha, Touka não ouviria.

Com a voz dele em seu ouvido, era impossível pensar, quanto mais se mover para fugir. Ela devia dar um soco em sua barriga, não ficar excitada de forma doentia pela proximidade dos dois, mas ela não achava estímulo em seu corpo para ofendê-lo como merecia.

Touka: Eu disse pra me soltar!! — Sua voz falhava, a convicção de que ela não queria o albino por perto já não existia.
Kaneki sorriu, sabia que faltava pouco para esta ceder

Kaneki: Já que insiste... — Se afastava de suas orelhas para lhe olhar nos olhos, estavam tão próximos que conseguiam sentir a respiração um do outro. — Então olha nos meus olhos e diz que quer que eu lhe solte.

Touka ficou vermelha como um tomate, ela deveria gritar com todo ar de seus pulmões para que este a soltasse, mas não o fez, ela sentia que aquele era o lugar dela. Sem dizer nada, ficou apenas a encará-lo, depois de uns segundos ele levou aquele silêncio como um “sim”.

Kaneki: Amanhã estaremos no mesmo turno, Touka-chan — Se afastou.

Touka não sabia o que fazer. O que é que tinha acabado de acontecer? Como é que isso podia ter conexão com a dor de seu coração?

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