Sugiro que Leia esse capítulo ouvindo Remedy - Adele.
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Na manhã seguinte, Katherine havia acordado cedo e descido para tomar café. Sua mãe estava na cozinha fazendo seu tão amado tricô. Cumprimentaram-se e a jovem arquiteta sentou sobre a poltrona da sala afim de procurar algo interessante para assistir.
Apoiou a xícara de café na mesa de centro e notou um cachecol branco sobre a estante, Katherine franziu o cenho sabendo que aquilo não lhe pertencia, muito menos a Clarice que sequer usava cachecol.
- É de Dominique. - a voz veio da cozinha, como se Clarice pudesse ler pensamentos. - inclusive, estava prestes a pedir que você fosse entrega-lo. - Katherine assentiu e levantou-se da poltrona.
- Tudo bem. - pegou o cachecol de tecido macio e jogou sua manta sobre os ombros.
Sem nada a dizer abriu a porta atravessando a rua, o vento gelado bateu em seu rosto fazendo-a esfregar as mãos, o céu estava mais nublado e a neve tomava posse de cada canto das calçadas. Confirmou as horas no relógio que marcava oito e meia da manhã, pensou que talvez Dominiquei ainda estivesse dormindo, mas desconsiderou essa possibilidade quando a mesma abriu a porta.
- Oi. Eu vim lhe entregar isso. - a arquiteta se adiantou ao pisar no quintal da artista.
- Ah! Eu estava procurando. - Dominique respondeu abrindo ainda mais a porta e girando a cadeira de rodas. - muito obrigada!
- Imagina! - Katherine sentiu-se envergonhada pela forma que a mulher a olhava, mas ao mesmo tempo, sentia-se bem por tê-la perto.
- Gostaria de entrar? - a mulher de cabelos castanhos ofereceu. Katherine cogitou a idéia, mas lembrou-se que não queria se envolver, não podia se interessar, tinha medo de entrar na vida das pessoas e não conseguir sair.
- Ah.. Obrigada! Mas tenho que ajudar Clarice em algumas coisas e...
- Tudo bem, não precisa se justificar. - Dominique apoiou sua mão no braço de Katherine dando um sorriso, fazendo-a abaixar os olhos para aquele contato e sorrir sem graça.
- Eu tenho que ir. - Katherine se desvencilhou do contato e Dominique assentiu ao colocar o cachecol no colo.
- Tenha um bom dia, Katherine. - a voz da artista ecoou na mente e arquiteta como um som, se sentia idiota por gostar de ouvi-la procunincar seu nome.
Mal nos conhecemos. - pensou ela.
Olharam-se por um período curto de tempo até Clarice aparecer na porta acenando para sua vizinha.
A arquiteta deu meia volta e seguiu para sua casa, entrou o mais rápido que pôde, sabia o que estava acontecendo.
Ela queria sim entrar, conhecer e se aproximar da mulher, queria saber seus sonhos e suas limitações, suas inspirações e o que pensava antes de dormir, queria mergulhar num oceano sem volta, queria conhecer suas flores e questionar o porque as cultivava, queria ouvi-la dizer seu nome em todas idas e chegadas, mas, Katherine não podia, sabia que poderia se interessar demais. Achava que deveria se privar por sentir medo, tudo que envolvia o conhecer. Katherine tinha medo.
- Dominique não te chamou para entrar? - Clarice a questinou fechando a porta da sala.
- Sim, mas eu pensei em preparar o almoço. - a arquiteta mentiu passando a mão sobre o cabelo.
Clarice desconfiou, mas naquele momento não estava em posição de questiná-la, sabia que Katherine não era a melhor pessoa para relacionamentos, e se culpava por não poder mudar isso. Clarice assentiu veemente vendo Katherine seguir para cozinha.
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Quando Te Conheci
Romance"Tentar entender a vida talvez não seja a melhor forma de vivê-la." Katherine Barrell, arquiteta de 29 anos bem sucedida que recentemente voltou para Montreal, Canadá. A mulher de olhos castanhos, estava a procura de melhorar seu relacionamento c...