Olá minhas flores, eu trouxe mais um capítulo, esse é mais simples, mas mesmo assim tem importância no decorrer da história.
Espero que gostem.
Indico que escutem BANNERS - Star a riot.
Besitos ♡
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As expressões eram diversas, entre sorrisos e cenhos franzidos, existia também a falta de interpretação ou sensibilidade, as perguntas e as poucas respostas eram esclarecidas no novo quadro posto na galeria. Era simples de se ver. Um rosto sereno de uma mulher, onde as mechas de seu cabelo caiam levemente sobre o rosto, os lábios estavam pouco inchados. E com muita dedicação, aquela obra fora feita a mão.
Os lábios a frente tornaram a sorrir, e há seis horas, a obra estava presa ali no final da galeria, numa parede branca, ao lado da janela, pois Dominique tinha um hábito estranho de acreditar que obras tinham vidas e precisavam da luz do dia para respirar, esse foi o principal motivo de ter uma galeria no centro, com janela enormes para a rua.
Se manteve parada a observar, não soube ao certo quanto tempo levou para fazer aquele quadro, mas foi exatamente no dia seguinte que acordou com os braços de Katherine envoltos de si.
Ela sorria, sorria pois era única forma de expressar seus sentimentos naquele instante.
A artista estava tão concentrada em sua própria obra, que não percebera uma segunda pessoa parar ao seu lado. Os olhos de Katherine se mantiveram presos na pintura a sua frente, um olhar admirado e agradecido.
- Izzy me disse que estaria aqui. - sussurrou a arquiteta se agachando ao lado da cadeira.
Dominique desviou seus olhos do quadro e os prendeu em Katherine. Ela sorriu instantaneamente e a arquiteta respondeu a altura.
- E, obrigada por isso meu amor. - a mais velha disse se referindo ao quadro. Ergueu sua mão para alcançar a da artista.
Dominique assentiu deixando ser tomada pela sensação que a mulher lhe causava. Seu coração estava disparado, e seus olhos se intercalavam entre os olhos e lábios da mais velha. Se aproximou da mulher e selou seus lábios apreciando a delicadeza das mãos de Katherine segurarem seu rosto.
A mais nova olhou para a mulher e sua frente e acariciou sua mão.
- Podemos tomar um café, o que acha? - a artista sugeriu e Katherine acenou em positivo com a cabeça.
- Claro.
Seguiram até a saída da galeria. Katherine abriu a porta de seu carro e facilitou a entrada de Dominique a ajudando sentar no banco do passageiro.
Estacionaram o veículo dois quarteirões de distância da galeria, Katherine não se lembrava de ter passado por ali, mas aceitou a sugestão de Dominique. Adentraram no ambiente que estava temperatura ambiente, os sofás tinham o estofado de couro vermelho, as mesas de madeira escura e nas paredes imagens de carros antigos.
Sentaram-se frente a frente, os olhares se cruzaram como em todas as vezes, e inconscientemente o sorriso surgiu nos lábios de ambas.
- Eu fiz nosso check-in ontem, espero que não se importe. - Dominique iniciou ao pegar o cardápio sobre a mesa.
- Claro que não, está tudo bem. - Katherine assegurou chamando o garçom.
- Minha mãe está empolgada. - Dominique continuou tendo a atenção da maior.
- Me sinto bem por isso. - Katherine riu do seu próprio nervosismo.
- Eles vão gostar de você. - a artista pegou em sua mão sobre a mesa.
- Espero que sim.
Fizeram seus pedidos e tornaram a conversar. Viajariam em dois dias, e Katherine não ousou pensar em quão íntimo seria aquela viagem, afinal, tudo que ela fizera até ali não era nada pensado, nada. Até porque Dominique, era a mulher qual lhe tirou dos eixos por completo e lhe deixava extasiada todas as situações.
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O céu estava estrelado naquela noite. Dominique observava as estrelas em sua sacada, coisa que não fazia a muito tempo. A entrada do verão a possibilitava de fazer outras atividades.
Do outro lado da rua, Katherine subia com uma caneca de chá em mãos. Havia retirado todos os objetos de Clarice que iria doar, e guardado apenas algumas fotos e um colar qual sua mãe havia ganhado do seu pai quando soube estar grávida de Katherine. Estava exausta mentalmente, e acreditava que a viagem com Dominique a faria repensar em planos futuros e voltar a trabalhar com a mente limpa.
Puxou a cortina para o lado, colocando somente parte de sua cabeça para fora, tendo a visão de Dominique com os olhos erguidos para o céu. Chegou a sorrir, pois era incrível a beleza que aquela mulher exalava. Os olhos castanhos claros, muitas das vezes mel, os lábios levemente avermelhados e os cabelos caindo sobre seu corpo.
Katherine chegou a pensar em como era agradecida em conhecê -la, em tê-la, e em ter a oportunidade de viver com aquela mulher ao seu lado, imaginou o quão bom seria vê-la acordar e dormir todos os dias, compartilhando seus sonhos e segredos, sorrindo, chorando e acima de tudo vivendo, e não somente existindo, mas compartilhando a dádiva tão incrível que era viver. Viver sendo feliz.
Katherine sabia que a queria para vida, mas não tinha certeza se a mulher a desejava na mesma proporção. Tratou de desfazer o nó que prendera seus pensamentos na mulher, e no mesmo instante que pensou em fechar a cortina e correr para a cama, Katherine recebeu os olhos mais claros sobre os seus.
Dominique sorria.
Olharam-se com mais intensidade em cada segundo, Katherine a queria perto, sempre que pudesse.
Ela pensou em acenar e se deitar, mas a única coisa que conseguira fazer, mais uma vez sem pensar, era descer os degraus da casa escura e se apoiar na porta com determinada emergência. Contou até dez, respirou e recuperou sua sanidade.
Dominique franziu o cenho curiosa, não sabia o que se passava na cabeça da mais velha e muito menos o que a faria desistir de tudo naquele momento.
Katherine surpreendentemente atravessou a rua e bateu na porta ouvindo Dominique manda-la entrar.
A jovem artista estava no topo da escada a olhando com uma certa seriedade no olhar. Katherine passou a mão no cabelo e depois nos olhos negando com a cabeça enquanto sorria.
- Eu estou louca. - disse ela sem ponderar.
Dominique riu, e aquela som fez Katherine sorrir ainda mais junto a mulher.
- Eu também estou. - disse baixo a artista que já observava Katherine subir as escadas.
Katherine se ajoelhou frente a mulher deixando-as na mesma altura. Acariciou o rosto de Dominique retirando as madeixas de sua franja. A mais nova engoliu a saliva com dificuldade e sentiu uma vontade horripilante de chorar, mas não fez.
Não conseguia calcular quais sentimentos a invadiam naquela segundo, pois Katherine a fazia perder qualquer noção de tudo a sua volta, era um emaranhado de emoção e afeto que a deixava absorta de tudo a sua volta.
Katherine era sua perdição completa.
A mais velha se aproximou sentindo as mãos de Dominique seguraram sua nuca a puxando para perto. Beijaram -se com um certo desespero, e seguiram para dentro do quarto.
As peças de roupas eram jogadas ao chão, os cabelos presos sobre os corpos suados que se encontraram sem medo. Fizeram amor, como jamais imaginariam.
Amavam-se e as reações físicas diziam isso.
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Quando Te Conheci
Romansa"Tentar entender a vida talvez não seja a melhor forma de vivê-la." Katherine Barrell, arquiteta de 29 anos bem sucedida que recentemente voltou para Montreal, Canadá. A mulher de olhos castanhos, estava a procura de melhorar seu relacionamento c...