Capítulo 7

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Capítulo 7

- FELIPE -

15 ANOS ANTES...

O dia amanheceu como outro qualquer. Eu levantei as seis e meia, o cheiro de rabanada frita e café recém passado já se espalhavam pela casa. Eu pude ouvir minha mãe repreendendo a empregada, mas estava de muito bom humor para me meter na briga das duas. Fui direto para o banheiro. Liguei o chuveiro e pequenos pontos arderam em minhas costas quando a água começou a jorrar sobre mim.

Eu sorri porque sabia que aquelas pequenas marquinhas de unhas que senti eram as marcas deixadas por Mariana na noite anterior. Fechei os olhos lembrando de como ela mordia o lábio com força e mantinha os olhos bem apertados. Ela estava com tanto medo.

Senti meu pau endurecer, e eu bati uma punheta lembrando da sensação que era estar dentro de uma bocetinha tão apertada. A barreira sendo rompida aos poucos, meu cacete entrando devagar.

"Calma galeguinha..." Eu cubro seus lábios com beijos e nossas bocas se encaixam.

Agua lava o gozo que não demora a vir quando as imagens dela debaixo de meu corpo ainda são tão frescas em minha mente.

Termino o banho e me visto. Vou direto para a cozinha. Apenas minha mãe está sentada a mesa. Ela beberica seu café e os olhos atentos não lhe escapam nada.

— O que foi? — Digo já na defensiva , com um sorriso no rosto.

— O que andou fazendo Lipe? — Ela larga a xícara sobre o pires e me observa enquanto pego uma das rabanadas ainda quentes e dou uma farta mordida.

— Nada. Por que? — Me sento e sirvo um copo de suco de laranja.

Ela estreita o olhar.

— Que te deu hoje pra acordar bem humorado? E tomar café da manhã na mesa? Canso de te chamar pra comer comigo mas está sempre enfiado no quarto estudando.

— Então está reclamando que seu filho estuda demais "dona Eda"? — Mordou a rabanada frita outra vez. — Mas já que quer saber o motivo do meu bom humor, hoje é aniversario da galega.

Ela solta uma bufada impaciente.

— Você anda vendo essa menina com muita frequência. — Ela começa com seu tom costumeiro de repreensão.

— Ela minha namorada mãe. É assim que as coisas funcionam. A gente se vê a gente namora. E mais pra frente a gente se casa.

—Deus me livre. — Ela dá batidas na mesa com a mão fechada e coloca a mão no peito fechando os olhos por poucos segundos— Deus não vai dar um desgosto tão grande.

Começo a me irritar mas ela continua falando.

— Você é muito novo pra pensar uma coisa dessas, no próximo semestre já vai estar na universidade, garanto que lá você vai mudar os seus conceitos quando conhecer outras garotas.

— Eu não quero outras mãe. — Rosno. — E do jeito que você fala até parece que somos ricos.

— Ah meu filho, você tem que pensar com a cabeça. — Ela se inclina pra frente e no olhar uma súplica. — Matemática é um curso difícil. Acha que vai conseguir dar trabalhar como monitor, estudar e ainda ficar de namorico? Eu já vi isso um milhão de vezes, o rapaz se apaixona a mocinha engravida, vocês dois terão que largar os estudos e vai ter que arrumar uns dois empregos para poder se sustentar e sustentar família. A pensão que eu recebo do seu pai é o suficiente apenas para nós.

— Já chega mãe. — Com a mão aberta acerto um tapa no tampo da mesa. — Perdi meu apetite.

Me levanto da mesa e sigo de volta para o quarto, eu a ouço retrucar.

Áries # Degustação # Disponível NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora