Gritaria,babado e confusão!

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Caminhamos então até onde os meninos iam buscar a bagagem, Mari e eu fomos até o guichê do estacionamento quando de repente uma multidão se aproxima, passa por nós como furacão e vão até a sala de bagagem, não entendemos nada.
-Santa Maria mãe de Deus, abriram as portas do inferno e saiu todo mundo? - Mari me pergunta. - Realmente não sei te dizer, mas que bagunça! Santo Deus! Hehehe - respondi rindo chegando no guichê do estacionamento e curiosa pergunto ao caixa o que está acontecendo. - ah, isso?! É uma tal Boy Band internacional que vai chegar se não me engano, essas meninas estão desde cedo aí, o voo deles chegou, mas por algum motivo não saíram, e parece que agora estão vindo. - Certo! - respondi ao caixa pegando meu troco.
- Espero que os meninos não demorem Mari, estou realmente​ atrasada, e daqui a pouco isso aqui vai virar um inferno maior com a chegada dessa tal banda! - virei para Mari que estava parada olhando para o que pensei nada, segui a direção do olhar e me deparo com a cena. Os meninos estavam cercados pelo furacão de meninas, estavam basicamente pedindo socorro, eram flash, gritaria, fotos, puxões, vídeos, beijos, cheguei a sentir pena do Chris, que já estava sem seu boné e seu óculos, e de repente eu já estava no meio do furacão puxando ele pelo braço e consegui puxar Joel e o Erick​, Alex estava me ajudando também junto com o Jos e Mari que estavam fazendo uma quase toda ao redor deles, zabdiel estava vermelho e Richard estava perdido, logo vieram alguns seguranças do aeroporto e nos ajudaram.
Com muito custo, conseguimos chegar até meu carro, e logo vi que não daria para irmos todos nele. Abri o carro rapidamente, tirei a tonelada de livros com a ajuda da Mari e do Jos, e mandei eles entrarem, todos me obedeceram sem questionar, pedi para o Chris que estava no banco do motorista dar a partida e ligar o ar, que iria atrás de outro carro ali mesmo.
- Sem problemas, não sou nem louco de arredar o pé daqui. - respondeu
Ri um pouco, e sai com a Mari do meu lado, atrás de alugar um ônibus pra caber todos eles e mais as bagagens.
-Miga sua loca, que merda foi aquela?
- Mari, não tenho ideia, mas a coisa foi pesada, olha aqui, tô sangrando. - meu lábio inferior estava cortado, e meu braço lenhado com vergões vermelhos das unhas daquelas meninas, Mariana também estava toda descabelada e reclamando que o óculos tinha sido quebrado.
Conseguimos alugar uma van, o grande problema é que nunca tinha dirigido uma, voltei ao carro e perguntei se algum deles sabia, e Alex disse que sim, então, pegamos um óculos escuros, um chapéu, colocamos nele e saímos em direção a van.
Vimos que algumas garotas estavam procurando por eles, não demos importância.
Finalmente voltamos com a van e estacionamos ao lado do meu carro, discretamente Mari,eu e Alex ainda disfarçado passamos as malas e as bagagens dos meninos até a van, abrimos a porta do carro e pedimos para eles passarem abaixados até a van, todos passaram menos um.
- Não irei na van, irei aqui mesmo onde estou.
- Meu Deus, porque você é tão chato?! Está bem, mas o carro é meu e quem dirige também sou eu, Sorry baby.
- Han Han, negativo. Hoje você será a copiloto.
Bufei, revirei os olhos, joguei as mãos em sinal de rendição. Mariana simplesmente me ignorou, e veio logo com a desculpa - Amiga, irei aqui, pois preciso mostrar o caminho para eles, assim não nos perdemos.
- Ok, dessa vez passa! - entrei no carro coloquei os cintos de segurança, e fingi que estava pedindo perdão pelos meus pecados.
- Ha ha ha, não precisa dessa palhaçada toda, sou um ótimo motorista senhorita, só para constar.
- kkkkkk sei.... Mesmo assim, é bom prevenir.
A van já havia saído do estacionamento, quando ele deu a ré e nos dirigimos para a saída, andamos alguns metros sem nenhuma palavra, e como o sangue havia esfriado, comecei a sentir meus braços e lábio pulsar e realmente arder. Na hora ele percebeu meu desconforto - relaxa, já vamos chegar ao hotel, e você não vai mais precisar estar perto de mim.
Revirei os olhos - querido nem tudo gira ao seu umbigo! - virei para ele ao falar, foi então que ele percebeu o corte no meu lábio. - Jesus, o que fizeram com você? - Perguntou parando o carro no acostamento que não existe, e puxando o freio de mão.
- Hey, aqui não é acostamento, vou levar multa. - mas ele não escutou, tirou um lenço do bolso ( onde diabos no século 21 alguém leva lenço no bolso?) Segurou meu queixo com cuidado e limpou o sangue. Estremecí, pela dor do contato do pano com o corte, e com sua mão segurando meu rosto, novamente ele estava perto o bastante para sentir seu hálito, sua respiração. Nos olhamos por alguns segundos, suas pupilas dilataram, senti a profundidade e a intensidade do olhar,até que nao aguentei e desviei meu olhar. Não havia arrogância, nem prepotência, havia ternura, preocupação, e um olhar a mais!

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