Desbloqueio o telefone ainda sonolenta para abrir a mensagem e vejo que é uma mensagem da Nicole.
'Amiga, esse aqui é o SEU Christopher?'
'Nao é MEU pois não sou dona de ninguém!
E porque essa pergunta uma hora dessas? Tu não dorme mana?
Mas respondendo sua pergunta sim é o Christopher que te apresentei, porque?''Sabes que te amo amiga, e como boa amiga que sou, não gosto que brinquem com minhas amigas. Olha essa foto.'
Fico sem reação, parada olhando para a tela do telefone, sinto uma forte pontada no meu peito, e uma dor aguda na boca do meu estômago. O choro sai por si só, não lembro qual foi a hora que comecei a chorar, mas quando me dei conta, meu rosto, minha colcha de cama estava ensopada de lágrimas derramadas por um garoto o qual não deveria estar assim. A dor da troca é surreal e massacrante, porque mentir pra mim? Porque dizer que estava com saudade se horas depois estava com outra? Pra que dizer que não pode ser visto com "acompanhante" se ele está claramente muito bem acompanhado? Sei que garotos na idade dele, com essa fama que ele tem são assim, mas pouha, realmente acreditei que ele fosse no mínimo sincero!
Chega outra mensagem'Amiga, desculpa!
Mas te amo demais pra deixar você passar por isso, me perdoa, mas não iria conseguir dormir, nem muito menos te olhar depois se eu não te falasse o que houve.''Amiga, não se preocupe, Não possuo nada com o Christopher, ele é livre para fazer o que quiser!'
'Ai amiga, não fica mal não.
Tu és linda, inteligente pra ficar chorando por um boy desse aí que não vale um fio de cabelo bonito que tem na cabeça!''relaxa amore, tô bem!'
Mesmo com minha visão embassada pelo tanto de lágrimas que estão jorrando como uma cachoeira dos meus olhos.
Deixo o telefone de lado.
E continuo chorando, até que o telefone toca.
É um número que não conheço, e não atendo. Liga mais uma e outra vez, na quarta eu atendo achando que talvez possa ser algum paciente que esteja em crise, tento deixar minha voz o mais natural possível.
-Alo!
-Hola, Larissa?
-Sim, pois não?
Escuto um leve barulho de fundo, como se a pessoa estivesse em algum lugar que tivesse uma música, mas um pouco longe.
-É o Joel, não sei se lembras de mim.
Penso comigo, só o que me faltava, o que esse garoto quer?
-lembro sim, em que posso te ser útil Joel?
-Estou numa festa, e encontrei uma amiga sua aqui, ela tá um tanto alterada, consegui tirar ela de cima do Chris com uma certa dificuldade. Não tenho como a levar para casa, e ela disse que estava falando com você. Pediu pra eu te ligar pra você vir aqui ajudar ela a dar um Coça no Christopher. - Joel fala baixo e desconfortável por repetir o que minha amiga lhe disse.
-Joel, agora tá complicado para eu sair daqui. Tem certeza que não tem como levar ela em casa? Posso pedir um uber até a casa dela, eu pago no cartão, ele leva vocês lá e depois se você quiser voltar para a festa ele te leva de volta.
-Não quero voltar pra essa festa, vim apenas por obrigação. Não sou muito fã de uber, ainda mais em um local que não conheço.
Respiro fundo, e escuto minha amiga gritando no fundo que ia entrar e bater mais porque foi pouco o que ela deu.
-Ta OK, vou me trocar e vou para aí!
Sabes me dizer onde vocês estão?
-Sim, é um local bem grande, Hangar eu acho.
-Certo, em uns minutos chego aí! Por favor, não deixa ela fazer mais besteira.
-sem problema, estou com ela.
-Certo, até.
Desligo o telefone e pego a primeira roupa que encontrei, calço meu tenis, amarro meu cabelo, pego minha carteira e as chaves do carro.
Saio do quarto evitando fazer barulho, mãe fracasso quando destravo o carro no alarme e ele faz um barulhinho.
Minha mãe vem na hora.
-Onde você vai Larissa uma hora dessa? Tá louca?
-É uma emergência mãe! Não se preocupe. Volte a dormir que não vou demorar, vou resolver a situação e volto
-Ta bem, cuidado minha filha!
Mando beijo e saio de casa para ir ao encontro de Joel e Nicole.
Só consigo pensar em não encontar Christopher, pois não irei conseguir olhar nem sei qual será minha reação.
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Encontros do Destino!
FanfictionSabe quando seu destino brinca com você? Pois é, meu destino só pode me pregar peças.