— Desce mais uma, Lizete! — Chico, um dos peões temporários trabalhando conosco esse ano, gritou para a dona do bar, enquanto ainda terminava de tomar sua cachaça.
Eu, com minha cerveja na mão, olhava para toda a algazarra como mero expectador, sentado em uma mesa de canto, preocupado em controlar qualquer briga que ocorresse depois que o álcool nublasse o raciocínio dos homens ali. Sempre acontecia e como sou o responsável por esses moços todos aqui reunidos, precisava preservar a integridade deles para a lida do dia seguinte.
Dou mais uma golada na cerveja gelada, percebendo o decote da Elizete hoje, sentindo meu corpo reagir ao lembrar da textura dos peitos dela, de como ela gosta de meter duro como eu. Fecho os olhos para me controlar até que ela consiga um tempo para se divertir um pouco comigo essa noite.
Nós dois não temos nenhum tipo de acordo, mas quando apareço aqui e ela está disposta, trepamos para aliviar um pouco o corpo. Lizete, assim como eu, não tem ninguém. Ela por ter ficado viúva e fechado o coração a algum novo relacionamento, e eu, porque... porque não.
Quando saio em comitiva e paro em alguma outra cidade, sempre encontro uma companhia ou outra, mas evito ao máximo as curruteias. Sei que a meninas precisam ganhar dinheiro, mas a sensação que tenho é de que os gemidos são pelas notas de dinheiro e não pelo meu pau, e isso tira todo o meu tesão.
Esse ano não tem sido fácil aqui nessas paragens. As cheias vieram desencontradas, primeiro os rios Miranda e Aquidauana, de forma recorde, depois o Paraguai. Toda nossa área virou um marzão sem fim e o rio está demorando a voltar para a caixa, o que atrasou também a volta dos animais.
O Instituto que controla as cheias e as chuvas na nossa região tinha uma previsão pior, de que até agora em julho – época de estiagem – haveria cheia, no entanto, os céus olharam por nós e isso não ocorreu.
Eu preciso ajudar meus tios a venderem todos os animais e, assim quitar um pouco a dívida do banco. Estou realmente preocupado com os prejuízos que tivemos ao longo desses anos e me dói que não possa fazer nada... Quer dizer...
Balanço a cabeça expulsando qualquer pensamento sobre as questões que deixei para trás ao vir para cá e volto a prestar atenção à dona do estabelecimento aqui do distrito, na pequena vila rural no caminho da cidade de Aquidauana.
Ela ainda parecia bem ocupada e eu, sinceramente, já começava a sentir mais cansaço do que tesão, embora uma gozada antes de dormir cairia bem.
No momento, ela olhou para mim, sorriu e fez sinal com a cabeça para eu ir para trás do bar, abandonei a cerveja, coloquei meu chapéu na cabeça e caminhei para fora, já subindo as escadas para o segundo piso da construção, onde ela morava.
Segundos depois, ela abriu a porta para mim e eu, já completamente duro, entrei abrindo o fecho calça jeans e subindo sua saia.
O sexo foi apenas de alívio hoje. Encostados na parede, as pernas dela contra meus quadris e meu pau socando dentro dela sem parar, enquanto eu lambia seu decote. A única pausa que demos foi somente para colocar o preservativo e mais nada, nem ao menos um cumprimento, nenhum beijo.
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Dois Destinos (DEGUSTAÇÃO)
RomanceMalu Ruschel decide fazer de tudo para ser a primeira mulher na diretoria da Karamanlis! Obstinada, focada, viciada em trabalho, ela não se impõe limites e isso acaba fazendo com que seu corpo não aguente. Depois de dois sérios apagões, é obrigada a...