Cinco

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Bom dia!

Já quero, primeiramente, agradecer pelo 2º K conquistado, obrigada a todas que estão acompanhando! 

Bora conhecer um pouco da aventura da Malu sendo obrigada a tirar férias? 

BEM-VINDAS AO PANTANAL!!!

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— Deve ter algo errado! — digo assim que desço da enorme caminhonete que me buscou no aeroporto. — Eu deveria estar chegando em um SPA!

Olho para a fazendola caindo aos pedaços à minha frente e abro minha bolsa, desesperada à procura do meu celular. Meu coração salta ao perceber que ele não está lá dentro. Merda!

— Dona, o endereço que me passaram foi esse. — Ele aponta para a porteira.

— Você estava mesmo me esperando? — questiono, pois talvez ele estivesse esperando outra pessoa. — Malu Ruschel, de São Paulo?

— Sim, dona. — Ele levanta o papel com meu nome – escrito errado, mas meu nome. — Quem contratou nós para pegar a dona foi uma tal de dona Kika.

Merda!

— Acho melhor o senhor me levar de volta e...

— Mas o avião já voltou pra Campo Grande, dona. — Dá de ombros.

Mais uma vez reviro a bolsa atrás do meu telefone; nada! Preciso ligar para Kika, informar que a tal amiga dela lhe deu o endereço errado e que eu vim parar em um fim de mundo cheio de mato e pernilongos.

— O senhor tem um celular para me emprestar?

Ele ri.

— Dona, aqui não pega isso, não. — Entra na caminhonete. — Lá na casa eles devem ter algum aparelho via satélite.

Fico branca. Não pega celular?! Meu corpo inteiro treme ao imaginar ficar aqui por mais de 20 longos dias, completamente isolada do mundo. Fecho os olhos com força e começo a respirar lentamente, tentando me acalmar.

É um pesadelo, Malu! É só um pesadelo!

O barulho da caminhonete se afastando me faz pular, e fico sem ação ao ser abandonada no meio do pasto, de frente a uma porteira de madeira podre, vendo ao longe uma construção antiga, cujo telhado parece levemente torto.

Minhas Louis Vuitton lindas e caríssimas atoladas na lama é a triste realidade de que eu estou, literalmente, num mato sem cachorro. Pego as duas menores e as penduro nos ombros e arrasto a maior, seus rodízios agarrando no barro e na gramínea baixa, e caminho até a porteira, torcendo para que tenha algum tipo de campainha.

Dois Destinos (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora