Cidade grande, ruas movimentadas e lá está Amanda Telles vivendo o seu "conto de fadas" com seu primeiro amor, amigas que são como irmãs.
Vivendo em sua bolha de felicidade.
O que ela não esperava era que essa bolha fosse estourar tão cedo e que a...
Ta, talvez seja exagero da minha parte mas nada me tira dessa cama hoje.
Sempre que mexo minhas pernas sinto uma pequena agonia e isso já me faz pensar naquele cretino, idiota, gostoso, volumoso...
Huummm...
Ta Parei!
Estive pensando, será que eu devo voltar lá? Será que consigo?
Que perguntas idiotas.
Claro que vou voltar lá, meu plano só está no começo.
Passei por muitas etapas, não vai ser agora que vou desistir.
Não mesmo, Amanda Telles nunca desiste.
Não sei que horas são, mas já estou acordada há algum tempo.
Sem um pingo de vontade de sair do meu quarto.
Hoje, em pleno sábado eu aqui entocada no meu quarto, devem estar estranhando. Não quero falar com as meninas agora ainda estou chateada. Elas me conhecem melhor que ninguém e ficam me julgando desse jeito, elas são minha família e acham que um plano idiota iria empatar nossa amizade. Assim elas me magoam.
Posso parecer fria e arrogante para os outros, mas elas sabem que sou diferente, então tenho o direito de estar magoada.
Preciso de um banho urgente!
Ainda estou com a mesma roupa da academia.
Meu cabelo já deve ter virado um arbusto.
Não aguento mais ficar assim.
Tiro minhas roupas e jogo no cesto no canto do banheiro, vou para meu espelho e dou uma volta observando meu corpo.
Porra!
Minha bunda está totalmente vermelha e atrás de meu pescoço tem vários chupões.
Affs que se dane!
Eu amei ter sido marcada por ele.
Tá admiti já! Ta bom assim? Argggggrr...
Depois vejo o que faço para disfarçar essas marcas.
Decido tomar um banho de banheira para relaxar mais.
Estou precisando!
Coloco uma música no som de meu quarto e volto para o banheiro.
Ligo a torneira e coloco alguns sais de banho bem cheirosos e entro na banheira. Esse banho de banheira e essa música vão com certeza me relaxar. Fecho meus olhos para poder aproveitar minha paz.
Ao som de ''Ed Sheeran - All Of The Stars'' eu adormeço.
Acordo me sentindo mole.
Tudo está de cabeça pra baixo.
Comecei a ficar tonta e endireitei minha cabeça.
Agora que me toquei que dormi na banheira.
Meu corpo está relaxado, mas meu pescoço agora está dolorido.
Passei muito tempo na água.
Devo estar parecendo uma uva passa!
Saio da banheira seco-me e enrolo-me em meu robe e vou procurar uma roupa para vestir.
Decido colocar um short curto rasgado e uma regata azul bebê.
Depois de me vestir me jogo na cama novamente.
Alguém bate na porta, mas mando ir embora, deve ser uma das meninas e eu não quero falar com elas agora.
Quando olho para a porta novamente a vejo se abrir.
E quando vejo quem é, meu coração se enche de alegria.
E ele com um sorriso enorme já vem fazendo drama...
-Poxa eu mal chego e você nem quer me ver. - Faz Bico.
-Paaiii! - Dou um gritinho pulando da cama o abraçando bem forte. - Quando chegou? E porque não me avisou que vinha, em? - Falo ainda em seus braços.
-Cheguei agora a pouco e queria fazer uma surpresa para a minha filha que me esqueceu. - Seu tom é brincalhão.
-Desculpa não ter ligado com tanta frequência. Estou cheia com as coisas do hospital. E você sabe que nunca iria te esquecer. - Lhe dou um beijo na bochecha.
-Eu sei, minha princesa. - Para o meu pai sempre vou ser sua garotinha. Isso que dá ser filha única.
-Pai, vamos almoçar? - Agora que me lembrei que estou morrendo de fome.
Devo estar doente. A última coisa que eu esqueceria era de comer.
-Você quis dizer lanchar né? Já são quase 4hrs da tarde querida. - Ele bagunça meu cabelo ainda molhado.
-Serio? - Ele concorda com a cabeça - Mas tudo bem! Vamos descer?-
-Tudo bem. - Me dá um beijo no rosto e descemos as escadas.
Passo as mãos em meu cabelo enquanto desço as escadas.
Não quero que meu pai veja aquelas marcas.
Penso em como seria isso e me seguro para não rir.
Deixei minha irritação de lado e o resto da tarde passou bem alegre. Entre conversas animadas e risadas.
Foi muito boa essa surpresa do meu pai.
Me fez muito bem.
Pena que ele não pode ficar o fim de semana como havia planejado.
Ele recebeu um telefonema da clínica de São Paulo e voltou correndo. As vezes penso que o Senhor Pedro Telles ama mais os pacientes e o hospital do que a mim.
Mas sei que não é verdade.
Depois que meu pai foi embora subi as escadas.
Estou me sentido estranha. Pego meu celular e fico olhando meu Facebook.
Tem vários convites para festas.
São 8hrs da noite.
Ainda dá tempo de aproveitar a noite.
Mas não consigo sair de casa, pelo menos não hoje...
Preciso parar de pensar nele, estou me bloqueando de tudo e todos por causa dele...
''Nada de ilusão Amanda, os homens são todos iguais...''
Pelo menos é o que eu espero e fico repetindo a mim mesma....
Não me apaixonar, não sentir, não sofrer, não chorar. E assim a dor nunca mais voltará.
