XIII

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ah! como eu quero ouvir-te falar baixinho agora. como anseio ter os meus dedos no seu cabelo junto de qualquer oportunidade de repousar-me em ti. descansar as minhas asas. chorar um rio de lágrimas. não me sentir tão pálida.

o telefone está ali, são só doze números antes que eu possa te chamar pelo nome e te dizer que

eu
estou
exausta

de sentir medo. de ter fome desse alento que sinto quando conversamos, mas que temo a ideia de me arriscar novamente. às vezes, por um momento infinito, eu gostaria que você percebesse que ando desistindo no penúltimo dígito.

- com amor, eu.

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