queria dizer em voz alta que gosto de ti com cada fagulha do meu ser, sem esse maldito receio de olhar para o lado e não me lembrar que se trata do nós que eu quero.
eu aceitei as suas palavras, mas as tornei quentes demais e queimei a língua. engolir foi o mais difícil.
aceitei cada passo que foi dado nos momentos delicados, mesmo sem fé, e me recordo de todas às vezes que nos deitamos na calçada e dissemos em voz baixa
eu quero ser leve.eu quero ser leve. eu quero ser leve. eu quero ser leve. quero ser leve.
me leve.e agora aqui estamos. sós. como se não me sentisse um solo assim há tanto tempo. lembrando de quando tu costumavas ser o mar em mim recitando as estrelas, teto a nos beijar sem fim.
sozinhos. e não estamos todos? gostaria de sentar-me no chão da sala e colocar sobre as almofadas todas as ideias não esculpidas. as vontades cuspidas. igualmente as noites mal dormidas para ouví-lo argumentar
o que será de nós ao acordarmos numa quinta? café morno ou bombom num laço de fita?queria mesmo saber se o seu coração grita. não pergunte tu s'eu ouviria.
vamos, jogue uma moeda.
se der cara, você nunca esteve em quem você pensa que está, mas se der coroa, eu nunca fui para ti quem eu pensei que eu era.
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Escaninho
Poetryes-ca-ni-nho (s.m.); pequeno compartimento no peito onde são guardados todos os detalhes que possuem valor. serve de refúgio para a alma em dias que nos sentimos envoltos de tanta razão, esgotados de sermos jogados pra cima e pra baixo tão rápido. °...