Capítulo 11 - Domingo

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Hoje era um domingo diferente dos outros, não tinha aquele ar de tédio de domingo e sim um ar de morte.

Estávamos tomando café e meus pais não paravam de fazer perguntar para Gustavo como era sua vida e blá blá blá.

- Tem quantos anos, querido? - pergunta minha mãe e eu tomo pego um pão de queijo.

- 17 - fala o mesmo.

- Com mentalidade de 5 e responsabilidade de 3! - fala George e Gustavo olha feio para ele e sua tia da um chute em mim, que eu acho que era para George, já que ela me olha com uma cara de desculpas.

- Que dia lindo! Pena que temos um trabalho para amanhã! - falo, pegando mais pão de queijo e puxando George para cima.

Ele me olhou feio e correu para as escadas, até tentei ir atrás, porém os pães de queijo caíram da minha mão e saíram rolando e eu fui pegar, quando me levanto dou de cara com Gustavo.

- Tudo bem? - pergunta ele olhando para os pães de queijo na minha mão, que era meio pequena, por isso estavam caindo já que eu estava com seis na mão.

- Sim! - falo passando por ele, para subir as escadas.

- Ele tá bem? - pergunta e eu me viro para trás.

- Não sei, mas acredito que ele te odeia. - fala e ele solta um sorrisinho, então me viro e começo a subir as escadas.

Chego no meu quarto e ele estava lá, deitado na cama.

- Sai da minha cama! - falo e ele ri.

- A cama é da minha tia agora! - fala e eu faço uma careta e começo a comer os pães de queijo e ele me acompanha. Após terminarmos de comer, ficamos em silêncio.

- O que aconteceu entre você e seu irmão? - pergunto e ele olha pela janela e depois para o chão.

- Acho que após ele tratar meus pais mal e viajar pelo mundo atrás das aventuras que ele queria, não o vejo tanto como irmão! - fala e eu olhava para ele.

- O contato está salvo como irmão e o contato nunca mente! - falo e ele ri. - Sabe, acho que você tem medo, medo dele sumir de novo e deixar você de novo... Medo de não ter mais um irmão mais velho! - falo e ele me olha.

- Sabe, acho que é isso mesmo... É porque eu tenho inveja da coragem dele, dele bater de frente com meus pais, deixar claro o que quer da vida e que não vai seguir o futuro que eles querem! Eu queria a coragem dele, queria poder falar para os meus pais o que quero fazer da vida.- fala e eu dou um sorriso e coloco minha mão em seu ombro.

- Tudo bem, mas talvez você não tenha coragem porque viu como seus pais ficaram quando ele falou o que queria. - fala e ele dá um sorriso e eu tiro minha mão de seu ombro.

- E ele é bonito! - falo e ele fecha a cara e me olha feio e eu dou de ombros.

- Eu sou feio? - pergunta e eu olho para ele e dou risada.

- Está brincando né? - pergunto, parando de rir, e ele me olha e nega. - Okay, você não é feio, mas não é parecido com seu irmão, você é todo nerd e ele é todo livre. - falo e ele me olha estranho.

- Isso significa que eu sou bonito na sua língua? - pergunta sorrindo e eu concordo.

Me levanto e bato as mãos na calça de pijama, que eu não tive a coragem de trocar ainda.

- Okay, chega, vou descer, vem? - pergunto e ele nega.

- Vou ficar mais um pouco aqui! - fala e eu concordo, olhando para meus pés e eu me viro e saio, dando de cara com Gustavo.

Será que Existe Felizes para Sempre?Onde histórias criam vida. Descubra agora