— Scott's PoV —
A festa está tão boa isto se ignorar o flirt falhado com o Dave... que me adormeceu à frente. Mas fecha-se uma porta e abre-se uma janela... e que janela... estou com o Ashton e o Lucas parece bastante bem com o facto de não lhe dar atenção, talvez nem tenha de ter "a conversa". Estou a dançar à horas, não houve mais de meio minuto em que o meu corpo não esteja encostado ou pelo menos em contacto com o de Ash. Paro para uma bebida, sinto-me a desidratar. Entretanto vejo a Maya com o ruivo e estou a rezar para que aquela tensão sexual se resolva.
"FILHO DA PUTA" oiço um copo a partir a seguir a estas palavras e corro para lá, a Maya, a pessoa mais calma que conheço está a espancar um homem, todos tentam puxá-la mas é inútil. Só para quando ele está inconsciente, não está morto apenas inconsciente. "És uma merda, mereces o sangue dele" a Maya vai embora disparada, quase posta fora da sua própria casa e enquanto eu ajudo para o inferno de dor do homem no chão o Michael vai atrás dela. Estou assustado, estamos todos. Quer dizer o grupo está, o resto parece não ter visto nada, graças a Deus. "Lucas que foi isto, quem é este" O Ash pergunta ao melhor amigo que explica quem é, quem o trouxe e como achava que isto tinha sido bom para a Maya. Estamos em fila ao lado do agora semi consciente merdas que estava estendido no chão. Michael pega nele murmurando algo que me pareceu ser "filho da puta estás feito... ela é demasiado boa para te matar mas eu não" depois disso pega naquela coisa que nem de homem merece ser chamado e sai. Não sei se o que ouvi foi mesmo o que ele disse mas se foi não me importo de o esconder. Como é que ninguém repara nisto, estão longe mas mesmo assim... "também ouviste matar certo?" O Ash pergunta mas eu só consigo encolher os ombros antes da Maya chegar. Ela deita-se no chão e ri... como é que ela se está a rir? Talvez o Lucas tivesse razão, se calhar foi bom para ela. A festa é dada por terminada pelo Lucas que oferece o Quarto de Hóspedes a Cass Kevin e Cal que choravam juntos e a mim e a Ash, que me ajudava a controlar a respiração oferece o quarto dele. Sou levado por o loiro forte que me ajudava a controlar a respiração à poucos segundos. "Não acredito que isto aconteceu"
"Não acredito que ela tem tanta força e que a mãe dela ainda não a tenha vindo ver depois... tu sabes depois daquilo"
"ASH!! A mãe dela é super ocupada, não veio por pedido da Maya... parvo"
"Scott, sabes que ela não é a única que precisa de descontrair agora?" O olhar de Ash era focado entre os meus olhos e a minha boca enquanto este lambia os seus lábios.
"Todo eu sou descontração... queres um bocado" que burro, que raio de frase foi esta? Todos estes pensamentos param quando reparo no sorriso que este me dá aproximando-se de mim lentamente... abençoado Lucas por emprestar o quarto...
Ashton continua a avançar para cima de mim, as suas mãos acariciam-me o corpo todo e já consigo sentir a sua respiração. Estamos tão perto que os pequenos milímetros que nos separam são pura tortura. Quando finalmente sinto os seus lábios sou levado para outro mundo, o seu beijo era o contrário de si mesmo. Forte e suava ao mesmo tempo e eu não mudaria nada neste momento. As suas mãos não param de percorrer o meu corpo tal como os seus lábios, que desdém dos meus e encontram vários dos meus pontos fracos. Sinto um arrepio quando o meu ponto mais fraco e arrebatado pela sua língua. É obrigado a tapar-me a boca para que ninguém nos ouvisse... eu estava no sétimo céu, para ser sincero eu já estava no céu 189. Quando chegou a minha vez de retribuir tentei ser o mais sensual que consegui mas não me parecia suficiente, pela primeira vez na minha vida. Todas as minhas dúvidas são postas de lado quando oiço o seu gemido enquanto tenta não o fazer. Quando solta um gemido mais alto do que todos os que soltou sinto-me como uma pena, ele levantou-me do chão tão rápido para me deitar na cama que eu demorei uns segundos a inteirar-me do que estava a acontecer. "Posso?" O facto de ele pedir estava-me a deixar com tão mais vontade que apenas acenei um sim com a cabeça enquanto estou especado a olhar para o rapaz mais bonito que já vi a pôr um preservativo com um olhar de desejo como nenhum outro que eu já tenha visto. "Tens a certeza Scott", "sim, mais do que alguma vez tive Ash". Ele é cuidadoso mas não por muito tempo. Está em cima de mim, mal tenho tempo de gemer, o que não quer dizer que não o faça. As minhas unhas espetam-se nas suas costas e a forma como morde os lábios deixa-me a pensar que estou a fazer algo muito bom.
Já quase não aguento de tanto prazer e acabo por deixar escapar a coisa mais embaraçosa que podia deixar escapar. "Daddy" gemi e o seu olhar era um misto de confusão e prazer. Depois de atingirmos o nosso ponto o seu olhar continua confuso mas uma recusa silenciosa e mútua de falar no assunto é mais forte.
— end of Scott's PoV —
Acordo com Lucas na minha cama e uma sms da minha mãe sobre vir cá no próximo mês, não li com muita atenção. Tenho uma dor infernal na cabeça mas lembro-me de não estar assim tão bebeda. Aliás acho que nem posso chamar aquilo de bebeda... as memória são boas, relativamente... lembro-me de queimar as roupas, queimar o passado, de um caixote do lixo destruído, de ser obrigada a sair da piscina para o limpar, de muitos copos de vinho e a bela imagem do Lucas em cima de mim. "Bom dia, estás pronta a admitir que o Michael tinha razão?"
"Boa tentativa, admiti isso ontem antes de o fogo ter destruído o caixote do lixo..."
"Sim Maya eu estava lá foi mesmo antes de fodermos." Ele ri e eu acompanho.
"Para gay nem foste mau, não foste tipo o melhor do mundo mas não foi mau" ambos rimos aliviados de isto não mudar em nada a nossa amizade e concordamos não contar a ninguém... aí sim iamos complicar muita coisa. Vamos vestir, umas sweat pants e um tub top é a minha escolha e o mesmo do Lucas com q única diferença a ser a T-shirt em vez do top. Descemos e assim que ponho o pé fora do quarto sou abraçada pela Cass, vamos até ao jardim e no caminho asseguro-lhe que estou bem e ela assegura-me que ela como todos os outros iam estar sempre aqui para mim. Entro no jardim e Calum sorri enquanto o Kevin me abraça e repito a mesma conversa que tive com a Cass. "Maya" ouço Calum do meu lado
"Não..." sussurro
"Não te preocupes, nós falámos ontem. Ia só oferecer uma panqueca mas posso ficar com ela se não quiseres" o seu riso de brincadeira faz-me rir! Finalmente ele não tem pena! Acabamos a discutir sobre a panqueca e eu claramente sou a vencedora apesar de isso não ter o mesmo significado quando o perdedor sorri como se fosse vencedor também. Hora de limpar tudo, todos os copos vão para o lixo, a bebida que sobrou para o armário, limpar os vídros, o chão e ver se na se partiu. Uma tarde ocupada mas bem acompanhada.
"Maya... preciso de falar contigo" sou chamada pelo Scott e arranjo-lhe um pano para limpar enquanto fala. "Eu fodi com o Ash"
"TU O QUÊ?"
"Fala baixo! Tas parva? Nós ficámos todos afetados com o que aconteceu e ele falou em descontrair e depois tava ali todo sensual e lindo e eu não aguentei..."
"Tá bem Scott mas vais dizer como foi ou vou ter que lhe perguntar a ele?"
"Foi tão bom... eu acho que estou apaixonado"
"Apaixonado pela piroca... e depois ainda dizem que o romance está morto" ele ri, parece aliviado, como se eu fosse ficar chateada. Ele conta-me mais pormenores como lhe pedi e rapidamente me arrependi. Não lhe perguntei se ia dizer ao Lucas, aliás só me lembrei disso no fim da nossa conversa, no entanto, foi preocupação de pouca dura pois momentos a seguir recebo uma sms do Lucas que apenas dizia "sinceramente ver-te de pernas abertas é a melhor obra de arte que alguém pode ter a sorte de ver" visto que estava ao meu lado a minha resposta foi apenas um pano encharcado na cara... o que levou a uma luta enorme e mais 3 horas de limpeza.
"Cal, passa-me o pacote das batatas por favor" estamos todos no sofá mortos de cansaço a ver "A banca dos beijos" pela milésima vez. Cass e Kevin estão no chão a dormir como sempre, parceiros de bebida e parceiros de sesta. O Ash está muito mais entretido com o rabo do Scott e eu o Lucas e o Calum estamos encostados uns aos outros a comer um batalhão de batatas fritas. "Não te faz impressão?" Calum pergunta a Lucas apontando para o Ash e o Scott
"Não, o Ash falou comigo antes da festa... O Scott já me saiu do sistema"
"Não vai haver mau ambiente?"
"Cal, o Scott foi o primeiro rapaz que me interessou quando finalmente tive coragem de me assumir... não foi nada demais ao olhar agora para trás. Está tudo óptimo" eles sorriem um para o outro e logo a seguir quase em simultâneo roubam-me as minhas precisas batatas.
"Nós estamos normais né?" Lucas pergunta-me parece preocupado.
"Claro! Nada muda"
"Graças a Deus. Não queria perder-te" com isto toda a estranheza que nos rodeava desapareceu. Ele explicou que embora seja verdade a sua sms foi apenas para me picar. Na verdade ele diz saber alguém que gosta de mim como ninguém, pensei que fosse o Calum. Porém as suas últimas palavras antes de voltarmos para casa provaram que estava errada "Só tens de admitir que foi útil e perdoar"
