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— Michael's PoV—
"Vais me deixar entrar ou tenho que pedir por favor?" Não via a Maya desde a festa, ela mandou-me embora e depois do que lhe fiz tem todo o direito. Não pensei voltar a vê-la, achei que me odiava. Ela parece chateada e calma ao mesmo tempo eu não sei como reagir, afastei-me da porta sem dizer uma palavra e ela entrou, consigo vê-la a olhar à sua volta, provavelmente a reparar nas garrafas espalhadas pela casa.

"É isto que tens feito durante duas semanas?" A ruiva revira os olhos ao fazer tal pergunta mas acaba por dar um sorriso e deixar-me mais descansado, retribui o sorriso apesar de ela estar de costas e fechei a porta. Ela andava pelo corredor e pela cozinha até chegar à sala.

"Maya vais te sentar ou não?" Tentei ao máximo não parecer rude mas não consegui evitar, este silêncio e o andar às voltas estavam a deixar-me nervoso.

"Nao falas assim comigo ruivo" as palavras saiam da boca dela com tanta determinação quase me assustou e apesar de estar nervoso, quase a fazer necessidades nas cuecas de tão nervoso, não consigo deixar de reparar que ela fica adorável com aquela cara de chateada. Solto um riso e vejo-a revirar os olhos.

"Os teus amiguinhos não paravam de me chatear para ver se estavas bem, por isso estás bem?"

"Não vês que sim? Estou vivo não estou?" Se me pedissem para explicar o porquê de está rapariga me deixar tão nervoso e tão irritado ao mesmo tempo eu não saberia responder. Ela falava comigo como se não quisesse saber e talvez não quisesse.

"Não precisas de ficar assim ruivo, só perguntei o que me pediram" pega numa garrafa ao sentar-se no sofá e bebe um pouco como se fosse habitual vir aqui e apenas beber no sofá, não era uma ideia a que me opusesse mas não era realidade.

"Vais ficar em pé?" -Diz entre pequeno goles, sento-me na outra ponta observando a ruiva a beber.

"Pronto já fiz o que tinha a fazer. Continua vivo ruivo"

"Só isto? Dizes para bazar e depois vens aqui e é só isto?"

"Estavas a espera que chorasse? Tas bem só estás fechado em casa porque queres" ela levanta-se mas fica parada à minha frente, irritada mas distraída. Pegou num cigarro mas roubo-lho e começo a fumar fazendo com que ela se irrite ainda mais e mo roube de volta antes de eu lhe dirigir a palavra.

"Se foi só por eles nem precisavas de vir para ser sincero"

"Mas vim, ouvi dizer que mataste o gajo"

"Ouvi dizer que finalmente queimaste a roupa mas não te vou atirar isso à cara pois não?" Assim que disse isto arrependi-me e ainda mais quando a vejo completamente imóvel. Ela volta a sentar-se sem dizer nada, apenas fuma. Se ela já me odiava imagina agora. "Cabrão do caralho" oiço-a sussurrar, imagino que seja a mim a pessoa a que se refere. Sou tão estupido. Vejo-a levantar-se de novo do sofá e a aproximar-se da porta. Tento impedi-la segurando o seu braço.

"Não me agarres caralho" os seus olhos estão em lágrimas mas a sua voz continuava firme. "O Lucas não tinha direito de te contar"

"Desculpa Maya. Não te estou a tentar magoar"

"É mais forte que tu ruivo." As palavras dela magoaram-me imenso e acabei por largar o seu braço, para minha surpresa não se foi embora. Pelo contrário voltou a sala, pôs o seu cigarro no cinzeiro e bebeu mais um pouco antes de continuar. "Eu vim aqui porque merecias saber que me ajudaste, deste-me um final para aquela história."

"Porque não disseste isso? Gostas de me ver mal? Ou achas que estás garrafas todas vem de festas? É que se achas estás errada. Estou a beber para ver se me esqueço daquela noite"

"Ainda tens a camisola?" Aceno que não com a cabeça e ela da um pequeno sorriso. Eu prometi que a queimava e assim o fiz.

"Bem ruivo é bom ver que ainda tens energia para discutir" é a minha vez de sorrir com as suas palavras. Ela tenta sair mas rapidamente bloqueio a porta. Acho que nunca estive tão perto dela. Não deve estar mais de 5 centímetros  de distancia entre nós. Nenhum de nós quebra o contacto visual, os olhos negros dela mantém-me como se estivesse preso a eles apenas me deixando olhar os seus lábios por poucos segundos. Consigo sentir a sua respiração e com ela posso dizer que nunca tive este tipo de atracção por nenhuma rapariga. Era tudo tão intenso, a minha vontade era beija-la ali e agora mas consigo controlar-me... até ela morder o lábio. É quase automático quebrar a pouca distancia que havia entre nós. Sinto os seus lábios suaves nos meus e parecia estar no céu. Depois de um longo beijo separamos-nos. Nao a consigo decifrar, não parece chateada mas ao mesmo temo também não tem o mesmo sorriso de parvo que eu tenho. 

"À quanto tempo estavas a conter isto ruivo?" o que é que isso quer dizer? Depois desta frase tão confusa ela sorri e volta a ir para a sala, bebendo mais um pouco e agora consigo ver as feridas nas suas mãos de tanto murro que mandou naquele nojento. "Michael estava a brincar calma"

"estou calmo boneca, estava a ver até quando te aguentavas sem me saltar para cima"

"Não deve demorar muito" O seu sorriso era como  um iman, quando reparei estava ao lado dela e a sua mão movimentava-se pela minha perna. Arrepios corriam pela minha espinha e sabia que ela conseguia ver o que me estava a fazer pelo seu sorriso. 

"então ruivo, que fraquinho"  as suas palavras soltaram-me um riso. Pego na garrafa que ela segurava com a sua outra mão bebendo um pouco e pousando-a na mesa à nossa frente em seguida. Ela seguia os meus movimentos com o olhar enquanto eu só rezava para que ela quisesse tanto como eu. Movimentei-me para ainda mais perto dela, não havia quase espaço nenhum entre os nossos corpos. Vejo um sorriso nos seus lábios que me deixa com ainda mais vontade. Beijo-a mais uma vez, desta vez mais curto. Pego nas suas pernas fazendo-a deitar-se no sofá ficando em cima dela. Não consigo para de beija-la, beijos rápidos e ofegantes enquanto ambos movem a cintura em uníssono, começo a descer beijando-lhe o pescoço sem para de me movimentar.  Oiço os seus suspiros quase se transformarem em gemidos. 

"posso?"

"por favor" com a sua permissão beijei mais uma vez os seus lábios e pescoço antes de lhe retirar o top que revela a parte de cima de um bikini preto que retirei logo a seguir. Quando ia descer mais um pouco ela manda-me parar e antes que pudesse dizer qualquer coisa ela levanta-se segurando ainda a parte de cima do bikini. Não consigo dizer nada apenas vejo a rapariga de costas para mim, imóvel. Esta ainda de costas começa a puxa o bikini para o lado deixando-o cair no chão. Quando se vira para mim, estou completamente imóvel, especado ao vê-la. Tudo o que consigo fazer é olhá-la e sigo a sua dica começando a despir-me. Sinto-a a observar-me e estou completamente nu, volto a sentar-me olhando-a com desejo. Maya olha-me se continua a tirar os seus calções e a parte de baixo do bikini. Estou vidrado nela, e no seu corpo. Nunca quis tanto ninguém. Ela aproxima-se ficando ao meu colo. Beijo-a mais uma vez nos lábios desta vez lentamente apreciando devidamente. As minhas mãos passam por todo o seu corpo assim como as dela no meu. Não aguentava mais. Depois de vários beijos e apalpões quando o que queríamos estava a um deslize de distância, não demorou a acontecer. Foram duas horas de sentir e dar prazer, gemidos e gritos. Assim que acabamos, mostro-lhe onde é a casa de banho porque como ela diz "é uma regra ok?" dou-lhe um beijo e volto para a sala. Não acredito que isto acabou de acontecer. Por minha vontade não iria ser a ultima vez.

"Alô, terra chama ruivo"

"desculpa" puxo-a deixando-a no meu colo e passo-lhe a garrafa que ainda estava na mesa. "doí-te o punho ainda?" 

"Não, mataste-o?"

"Sim" 

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⏰ Última atualização: Sep 20, 2018 ⏰

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